sábado, 30 de novembro de 2019

Dendrobium

Dendrobium


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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDendrobium
Flor de Dendrobium anosmum
Flor de Dendrobium anosmum
Classificação científica
Domínio:Eukaryota
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Liliopsida
Ordem:Asparagales
Família:Orchidaceae
Subfamília:Epidendroideae
Tribo:Dendrobieae
Género:Dendrobium
Espécies
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Dendrobium (em portuguêsDendróbio) um importante gênero de orquídeas do sudeste asiático formado por grande número de espécies vistosas, geralmente de fácil cultivo. Sejam suas espécies naturais ou híbridos produzidos pelo homem, estão entre as orquídeas mais difundidas e comuns em cultura.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome deste gênero (Den.) deriva da união de duas palavras gregasδένδρον (dendron), que significa "árvore", e βιος (bios), que significa "vida"; referindo-se à maneira como vivem as espécies deste gênero, ou seja a sua natureza epífita.
  • Orquídea olhos de boneca

Habitat[editar | editar código-fonte]

A maioria das espécies cultivadas é oriunda da Índia, Sudeste Asiático, Austrália e Nova Guiné. Encontram-se espalhadas, naturalmente, desde a Índia até a Nova Zelândia.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A maioria das espécies produz altos pseudobulbos roliços que lembram a cana-de-açúcar, com folhas por toda sua extensão, e florescem em cores variadas. As flores agrupam-se em talos curtos ao longo dos pseudobulbos por toda a primavera até o verão, dependendo da região geográfica onde se encontrar. Há mais de mil espécies de Dendrobia, todas epífitas (razão de seu nome) embora, ocasionalmente, possam ser encontradas sobre rochas ou no solo.
As flores têm largas pétalas e sépalas, com o labelo geralmente apresentando um tom diferente, geralmente mais escuro, o que dá origem ao nome popular de "olhos de boneca".
Dendrobium fimbriatum

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Até o final do século passado o gênero Dendrobium foi tratado como um gênero ao qual muitas espécies de difícil classificação entre os gêneros próximos eram subordinadas. Por este motivo chegou a conter mais de mil e cem espécies. Apesar de ainda não existir consenso entre os taxonomistas, com o advento da análise molecular, pôde-se entender melhor a evolução destas plantas e muitas propostas de divisão deste gênero têm sido apresentadas. Um dos trabalhos mais completos é o dos pesquisadores Mark Alwin Clements e David Lloyd Jones. Publicado em uma série de artigos que apareceram a partir de 2002, atende tanto a filogenia como a morfologia, e é o trabalho usado como referência na Wikipédia para classificação dessas espécies.
Sabe-se hoje que o gênero Dendrobium divide-se em dois grandes grupos, um formado pelas plantas do continente asiático e outro pelas espécies proveniente das ilhas do sudeste asiático, sudoeste do Pacífico e Austrália. Ambos os grupos foram divididos em muitos gêneros mais manejáveis, com características morfológicas similares. Restam hoje em Dendrobium apenas cerca de 450 espécies, portanto ainda um grande gênero.

Gêneros removidos de Dendrobium[editar | editar código-fonte]

A classificação de Dendrobium tem sido complicada desde o ínício. O primeiro nome utilizado para as espécies deste gênero foi Callista, proposto pelo jesuíta e botânico português João de Loureiro, em 1790. Na mesma ocasião, Loureiro propôs o gênero Ceraia para algumas espécies morfologicamente diferentes. Somente em 1799, Olof Peter Swartz sugeriu o nome Dendrobium. Pelas regras de prioridade o primeiro gênero descrito por Loureiro deveria ter sido adotado para este gênero, mas excepcionalmente, optou-se por consolidar o nome de Swarts devido ao grande número de espécies logo descritas com base em sua proposta, então muito mais bem conhecida que a de Loureiro.
Em 1825, o botânico Carl Ludwig Blume apresentou outros cinco novos gêneros, AporumGrastidiumMacrostomiumOnychium e Pedilonum para divisão destas espécies. Nos anos seguintes, tanto Loureiro como Blume, além de outros taxonomistas sugeriram mais alguns nomes, entre eles Constantine Samuel Rafinesque que, em 1837 e 1838, propôs seis novos gêneros. De 1850 até 1981, foram propostos outros nove gêneros, no entanto, até 1981, a tendência éra de se classificar todas estas espécies como Dendrobium.
Em 1981, Friedrich Gustav Brieger, de volta à Alemanha, após longa estadia no Brasil. Dedicou-se à primeira grande revisão deste gênero. Além de organizar e dividir todas as espécies então conhecidas por diversos dos gêneros propostos pelos seus antecessores, propõs catorze novos para a classificação de outros grupos. O trabalho de Brieger não foi inteiramente aceito pelos taxonomistas que alegavam problemas técnicos na descrição dos gêneros e posteriormente divergência de algumas de suas propostas com relação aos resultados moleculares.
Finalmente, a partir de 1998, mas principalmente em 2002, Clements e Jones, publicaram sua revisão completa deste gênero. Finalmente todos os gêneros anteriores assumiram claras delimitações; porém, vinte dois outros gêneros foram sugeridos. Cerca de 450 espécies permaneceram em Dendrobium. Enquanto o debate sobre a melhor maneira de classificar os Dendrobium prossegue, apresentamos os gêneros em que Dendrobium foi dividido, segundo Clements e Jones: AbaxianthusAnisopetalaAporumAustralorchisBolbidiumBouletiaCadetiaCallistaCannaeorchisCepobaculumCeraiaCeratobiumChromatotriccumCoelandriaConostalixDavejonesiaDendrobatesDichopusDiplocaulobiumDistichorchisDockrilliaDurabaculumEleutheroglossumEriopexisEuphlebiumEurycaulisExochanthusFlickingeriaGrastidiumHerpethophytumIchthyostomumInobulbumKinetochilusLeioanthumMaccraitheaMicrophytantheMonanthosOxyglossellumPedilonumSarcocadetiaSayeriaStelbophyllumTetrabaculumTetrodonThelychitonThicuaniaTrachyrhizumTropilisVappodes, e Winika.

Cultivo[editar | editar código-fonte]

Há espécies de climas quentes e moderados, florescendo até mesmo no inverno em algumas regiões. Podem ser amarradas em troncos de superfície irregular, onde podem se desenvolver até formar floradas imensas, com centenas de flores, quando bem tratadas.
Em vasos, devem ser cultivadas em estufa com boa luminosidade; no inverno, só aguar se os pseudobulbos murcharem e recomeçar a regar depois que se formarem os botões de flor.

Lista de espécies[editar | editar código-fonte]

Cerca de 450 espécies são universalmente aceitas como verdadeiros membros de Dendrobium, as restantes podem estar classificadas em acordo com a mais moderna divisão sugerida por Clements e Jones, ou ainda seguir a classificação tradicional. Abaixo está uma lista traduzida da Wikipédia anglófona que relaciona todas as espécies como antigamente entendidas. As ligações para as espécies conforme vem classificadas na wikipédia em português não foram feitas. As espécies com artigos, quando houver, devem ser consultadas nos novos gêneros propostos por Clements e Jones citados acima.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Datura

Datura


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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDatura
Datura stramonium
Datura stramonium
Classificação científica
Reino:Plantae
Clado:angiospérmicas
Clado:eudicotiledóneas
Clado:asterídeas
Ordem:Solanales
Família:Solanaceae
Género:Datura
Espécies
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Datura L. é um género botânico pertencente à família Solanaceae. É constituído por cerca de catorze espécies de plantas anuais ou perenes de vida curta. Sua taxonomia é complexa e difícil, sendo constante e erroneamente chamadas de "Lírio" devido à sua grande semelhança nas flores com as plantas do gênero Lilium, pois, para leigos, é difícil a distinção. É comum dividir-se o gênero em 4 seções: BrugmansiaStramoniumDatura e Ceratocaulis. Muitas discussões tem havido sobre esse e outros critérios. Hoje, os especialistas estão de acordo em que se deve separar ao menos Brugmansia, pelo que em novos sistemas de classificação se tornou em um gênero distinto, restando oito espécies para o gênero Datura.

Descrição geral[editar | editar código-fonte]

Datura na Sibéria Oriental
A origem do nome vem do hindu "dhát", um veneno preparado com plantas, e "tatorah", entorpecente. Plantas desse gênero e de alguns outros gêneros de Solanáceas apresentam compostos com propriedades alucinógenas, o que é conhecido desde tempos imemoriais. Povos primitivos, tanto da Eurásia como do Novo Mundo, fizeram intenso uso dessas propriedades em rituais místicos e religiosos, bem como para fins medicinais; outros usos tinham intuito criminoso, visando entorpecer as vítimas para as roubar ou matar.
Os efeitos alucinógenos incluem visões e sensações que eram tidas como formas de comunicação com os deuses. Curandeiros e adivinhos buscavam inspiração nessas visões. Ritos de iniciação, bem como de passagem de condições de crianças para adultos, envolviam o uso de preparados dessas plantas. Na região de Bogotá as viúvas e os escravos dos guerreiros mortos recebiam uma bebida com extratos dessas plantas, que as colocava em estado de torpor, de modo a serem enterrados vivos com os seus senhores[carece de fontes].
Datura Stramonium é uma planta herbácea anual de porte poderoso, com caule ramificado suportando folhas alternas, ovais, dentadas e malcheirosas. Na axila das ramificações ou na extremidade dos caules, formam-se grandes flores tubulosas, brancas ou violáceas. O fruto é uma cápsula que encerra sementes pretas (em baixo). Toda a planta é extremamente venenosa. Diversas espécies de Datura são originárias do Novo Mundo, mas a Datura stramonium é originária de uma região à volta da Cordilheira do Himalaia, na Ásia Menor e de regiões a volta do Mediterrâneo, foi levada para as mais diversas regiões do mundo, sendo hoje de distribuição universal. Apresenta ampla ocorrência no Continente Americano, sendo que no Brasil pode ser encontrada em grande parte do território, mas raramente forma grandes concentrações. Cultiva-se em grande escala para fins medicinais.
São colhidas as folhas e as sementes. As folhas devem ser cortadas de manhã cedo, no princípio da floração. São primeiro secadas estendidas ao lado umas das outras, em seguida podem ser amontoadas. Num secador, a temperatura não deve ultrapassar os 45 °C. As sementes são retiradas após a secagem das cápsulas. Os dois produtos contêm alcalóides derivados do tropano (0,4%), a hiosciamina, a atropina e a escopolamina. Estas substâncias são espasmolíticas (aliviam as contrações musculares), diminuem as secreções glandulares e dilatam os brônquios. São apenas tratadas no âmbito da indústria farmacêutica, e os remédios à base destas substâncias só podem ser prescritos por um médico. É uma planta tóxica para os animais e para o homem. Os envenenamentos de crianças pelas sementes de estramônio são relativamente freqüentes, sendo a dose letal, aproximadamente, 20 sementes.
São igualmente cultivadas outras espécies de Datura: Datura inoxia e Datura metel, originárias da América do Sul, e Datura inermis, originária da Abissínia, todas ainda mais ricas em alcalóides.

Na literatura[editar | editar código-fonte]

Don Juan, no livro A Erva do Diabo, de Carlos Castañeda, refere-se nestes termos a esta espécie:

Datura inoxia

Datura inoxia


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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDatura inoxia
toloatzinnacazcul
Datura inoxia (flor).
Datura inoxia (flor).
Classificação científica
Reino:Plantae
Filo:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Solanales
Família:Solanaceae
Género:Datura
Espécie:D. inoxia
Nome binomial
Datura inoxia
Mill.
Sinónimos
Flor em Hyderabad (Índia).
Fruto verde.
Fruta seca.
Datura inoxia Mill. é uma espécie da família das solanáceas. A espécie é originária da América do Sul e América Central, mas é actualmente sub-cosmopolita, tendo sido introduzida em todas as regiões tropicais e subtropicais e em algumas regiões temperadas onde a ocorrência de geadas tardias é rara. A planta é rica em alcalóides e o seu uso fitoterapêutico, com origem nas civilizações mesoamericanas, levou à sua popularização sob o nome comercial de toloatzin. A espécie é conhecido pelos nomes comuns de origem centro-americana toloatzin e nacazcultoloache e tártago.[2][3] O nome científico é frequentemente citado como Datura innoxia

Descrição[editar | editar código-fonte]

A espécie Datura inoxia é uma planta anual, arbustiva, erecta, que alcança um porte de 0,6 m até 1,5 m.[5][6] Apresenta os caules e as folhas recobertos por uma densa camada de tricomas curtos e muito flexíveis, que dão à planta aspecto aveludado e coloração verde-acinzentada, conferindo uma tonalidade glauca ao conjunto da planta. Os caules são frequentemente de coloração arroxeada. As raízes são aprumadas, napiformes (rizomatozas), com algumas raízes laterais centrífugas.
As folhas são inteiras e elípticas, assimétricas na base, com nervação pinada, por vezes ligeiramente dentadas.[7] As folhas, e o resto da planta, emitem quando esmagadas um cheiro desagradável, semelhante a manteiga rançosa.
As flores, que surgem desde o princípio do verão até ao final do outono, são brancas, com 5 pétalas unidas, em forma de trombeta, com 12 a 19 cm de comprimento,[8] com 10 dentes bem marcados na sua margem distal. Aquando da ântese surgem erectas, erguidas a princípio, e depois vão lentamente rodando e ficando voltadas para o solo. O cálice é tubular, de 5 lóbulos, e parcialmente caduco, rasgando-se pela base quando se inicia a frutificação. A flor emite uma fragrância suave e agradável.[9]
fruto é uma cápsula ovóide, com cerca de 5 cm de diâmetro, deiscente por 4 válvulas, que, por ser espinhoso, pode ficar preso no pelo ou na plumagem dos animais, facilitando assim a dispersão por zoocoria. As abundantes sementes são discoidais a reniformes, de coloração castanho-alaranjado, com 3-5 mm de diâmetro, comprimidas, foveoladas, com uma espécie de cordão periférico. As sementes podem permanecer no solo sem germinar durante anos se as condições não forem favoráveis.

Etnobotânica[editar | editar código-fonte]

A espécie é facilmente cultivada com recurso às sementes, que germinam sem dificuldade. Pode também ser propagada com recurso à raiz rizomatosa, que se pode armazenar durante o inverno.[7]
Francisco Hernández de Toledo escreveu que os aztecas designavam a planta pelo nome toloatzin (em espanhol: toloache) e que desde muito antes da Conquista do México já a utilizavam como planta medicinal, especialmente para a confecção de cataplasmas de efeito analgésico para as feridas. Apesar do aztecas prevenirem contra a loucura que podia produzir o seu abuso, muitos ameríndios a empregavam como enteógeno em mitotes, sessões alucinatórias e ritos iniciáticos e de passagem.
Os alcalóides que esta planta contém, bem como aqueles que ocorrem em geral nas espécies do género Datura, entre os que se encontram a atropina, a escopolamina e a hiosciamina, todos alcalóides tropânicos, são similares aos da mandrágora, da beladona e do meimendro, que também se usavam com prudência como analgésicos na Antiguidade.[10]
Como é comum nas espécies do géneros Datura, ocorre uma grande variação na concentração de toxinas de um exemplar para outro (podendo variar de 5:1) e o grau de toxicidade de diferentes plantas depende do lugar em que cresçam, do solo e do clima, mas também da idade da planta, o que torna muito perigoso o uso destas espécies como droga. Nas culturas antigas era necessário um conhecimento minucioso dos vegetais e muita experiência no seu uso para poder fazer emprego delas sem risco de morte ou dano.[7] Esse conhecimento não está disponível nas sociedades modernas, o que tem resultado em múltiplos acidentes em resultado da ingestão de Datura. Nas décadas de 1990 e de 2000, foram publicadas nos Estados Unidos diversas notícias sobre adolescentes e jovens adultos que morreram ou ficaram seriamente doentes em resultado da ingestão intencional de Datura.[11]
As sementes, bem como o resto da planta, agem como alucinogénico capazes de induzir delirium, mas apresentam um forte risco de overdose. Todas as partes de Datura apresentam níveis perigosos de alcalóides tóxicos que podem ser fatais se ingeridas por humanos ou outros animais, incluindo gado e animais de companhia. Em alguns países é proibido comprar, vender e cultivar plantas do género Datura.[7]
A intoxicação do Datura tipicamente produz uma completa inabilidade para diferenciar a realidade da fantasia (delirium, em contraste com alucinação), hipertermiataquicardia, comportamento bizarro e possivelmente violento e severa midríase com a resultante dolorosa fotofobia que pode durar vários dias. Severa amnésia é outro efeito frequentemente reportado.[12]
A espécie é empregada em muitas regiões como planta ornamental, ainda que tenda a ser cada vez menos usada dada a sua toxicidade e por ser em muitas áreas fora da sua região de distribuição natural considerada como uma espécie invasora. Por apresentar um ciclo de vida similar ao algodoeiro (Gossypium) é considerada uma praga na regiões onde o algodão é cultivado. Em resultado da toxicidade das suas numerosas sementes, que têm dimensões que facilitam a mistura com as sementes de várias culturas, é considerada um contaminante de sementes.

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie Datura inoxia foi descrita em 1768 pelo botânico britânico Philip Miller e publicada em The Gardeners Dictionary: . . . eighth edition no. 5. 1768.[13]
nome genérico Datura tem como etimologia a latinização do termo hindi dhatūrā, "maçã espinhosa", atribuído devido ao aspecto dos frutos. O nome já era utilizado em sânscrito.
epíteto específico inoxia deriva do latim innoxius, "inofensivo" ou "não nóxio", um qualificativo difícil de entender, já que a totalidade da planta, mas em particular as sementes, é altamente tóxica. Aparentemente o autor referia-se aos espinhos, já que estes são macios, em contraste com os das outras espécies de Datura.[14]
Na publicação original o nome aparece grafado como D. inoxia, com um único n sendo um erro ortográfico, já que o termo latino se escreve como innoxia (duplo n), razão pela qual algumas autoridades taxonómicas preferem a forma D. innoxia, corrigindo o erro cometido no século XVIII por Philip Miller.[15][16]
A espécie tem uma rica sinonímica taxonómica, resultado da sua variabilidade e do seu cultivo em múltiplas regiões da América Central. Algumas variedades de D. inoxia foram durante algum tempo erroneamente designadas por Datura meteloides, mas foi entretanto abandonado.[7]

Espécies similares[editar | editar código-fonte]

A espécie Datura inoxia apresenta grandes semelhanças com outras espécies do género Datura:
  • Datura metel — com folhas quase glabras, frutos com protuberâncias arredondadas em vez de espinhosos. Esta espécie do Velho Mundo é muito parecida com D. inoxia, a ponto de ter sido confundidas nos primeiros escritos científicos sobre aquela espécie. Já Avicena, na Pérsia do século XI, descrevera os efeitos psicotrópicos de D. metel, similares aos de D. inoxia;
  • Datura stramonium — apresenta folhas com margem dentada e flores mais pequenas;
  • Datura discolor ou Datura meteloides — com folhagem verde-claro, caules com tiras roxas e flores que apenas abrem durante uma noite. As flores desta espécie são as maiores do género Datura, com a cor do interior da parte inferior da corola muito distinta do resto da flor (o que deu origem ao epíteto específico);
  • Datura wrightii — esta espécie do sudoeste da América do Norte apresenta flores mais largas e de 5 dentes em lugar dos 10 dentes presentes na corola de D. inoxia.
Datura innoxia difere de D. stramonium, de D. metel e de D. fastuosa por apresentar de 7 a 10 venações secundárias de cada lado da nervura central da sua folha com anastomoses foliares formando arcos de 1 a 3 mm da margem. As restantes quatro espécies não apresentam anastomose das nervuras secundárias.

Chrysopogon zizanioides , comumente conhecido como vetiver e khus , é um capim pereneda família Poaceae

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