Chamomilla recutita
A camomila comum é uma das variedades do gênero chamomila, tendo como principal característica o forte aroma. Muito recomendada para problemas de pele e bucais.
Descrição : Da família das
Asteraceae, também conhecida como Camomila-alemã, camomila-comum, camomila-da-alemanha, camomila-dos-alemães, camomila-legítima, camomilinha, camomila-vulgar, macela, margaça-das-boticas, maçanilha, manssanilha, marcela-galega, matricária.
Herbácea anual, aromática, de caule ereto, de 20 a 50 cm de altura, muito ramificada e pouco resistente. As folhas são alternas, estreitas e divididas em segmentos numerosos. Os capítulos florais, que são um conjunto de flores tão estreitamente agrupadas, parecem constituir uma flor, têm a tonalidade amarela, sendo as centrais hermafroditas e as da periferia femininas, de cor branca.
O Fruto é um aquênio pequeno, esverdeado, liso e sem papilho. Nasce espontaneamente junto às estradas, campos desertos e zonas agrícolas.
O traço mais característico dessa planta é o intenso aroma que exala de todas as suas partes.
Parte utilizada: Capítulos florais secos.
Origem : Sul da Europa e ásia ocidental. Em São Paulo é cultivada como ornamental, mas já existe cultura em larga escala em algumas regiões.
O cultivo da camomila comum.
Plantio : Reproduz-se por semente e tem um bom desenvolvimento em clima temperado. Adapta-se a qualquer tipo de solo, mas tem preferência por solos ricos em matéria orgânica, férteis, frescos, bem drenados, leves e com boa exposição ao sol.
No Brasil o cultivo pode ser feito em março e setembro, desde que receba muito água. A semeadura, de preferência, deve ocorrer nos meses de março e abril. A colheita pode ser efetuada três meses após a semeadura.
Modo de Conservar : Os capítulos florais devem ser colhidos antes da sua abertura completa e secos à sombra, em ambiente arejado, com calor de 40C. Os melhores são aqueles que não vêm acompanhados de folhas ou pedúnculo floral. Quando secos devem ser conservados em recipientes de vidro semiabertos e longe da umidade.
Para que serve a camomila comum.
Propriedades medicinais: anti-inflamatória tópica, antinevrálgica, antiespasmódica, analgésica, aperiente, antisséptica, antiasmática, antirreumática, antigripal, anti-hemorroidária, antidispéptica, antialérgica, anti-histérica, calmante, carminativa, cicatrizante, desinfetante, emenagoga, emética, emoliente, estomáquica, eupéptica, maturativa, protetora solar, vermífuga, sedativa suave, sudorífica, tônica.
Indicações: Afecções de pele (pústulas e fístulas), afecções nervosas, afta, assaduras, cefalalgias, ciática, cistites, cólicas em geral, diarreia infantil, doenças do útero e do ovário, embaraços gástricos, enjoos, estomatite, enxaquecas, feridas, gengivite, gota, indigestões, inflamações oftálmicas, insônia, inapetência, lumbago, mialgias, náuseas, oftalmias, queimaduras de sol, úlceras.
Cuidados a serem tomados no uso da camomila.
Contraindicações/cuidados: Grávidas ou em lactação; compromete a eficácia de radiografia. Pode ocorrer rinite alérgica em pessoas sensíveis à camomila.
Efeitos colaterais: Reações alérgicas a camomila são geralmente relatadas. As reações de hipersensibilidade incluem a anafilaxia, dermatite, mal-estargastrintestinal, lacrimejação e espirros.
Em grandes quantidades, o miolo da flor seco pode ser emetogenico. A anafilaxia resultante de líquidos contendo camomila usados em enemas foi documentada, assim também como a conjuntivite alérgica causada por colírios contendo camomila; E suposto que as manifestações alérgicas sejam dependentes da rota da ingestão.
A asma, a cólica intestinal, a diarreia, e o vômito são relativos ao uso oral, através do chá, a alergia pela inalação do óleo essencial manifesta-se predominantente como asma. Uma reatividade cruzada e relatada entre os pessoas alérgicas a carpineira, ao gênero áster, aos crisântemos, e aos outros membros da família do Asteraceae.
Toxicologia: A toxicidade do bisabolol foi baixa após a administração oral em animais, com DL50 agudo de aproximadamente 15 mUkg em ratos e camundongos. Em um estudo de 4 semanas de toxicidade subaguda, a administração de bisabolol (1 a 2 ml/kg) aos ratos não causou nenhuma toxicidade. Nenhuma anomalia de desenvolvimento ou efeito teratogênico observada em ratos e coelhos apos a administração crônica de 1 ml/kg de bisabolol.
Modo de usar:
infusão : - 3%; 50 a 200ml/dia (uso interno); 5% (uso externo) - 5 g do pó por litro. - 10 a 15 g de flores em 1 litro de água fervente. Esfriar e coar. Tomar 3 a 4 xícaras de chá ao dia. Para combater afecções bucais, fazer bochechos com o infuso. Uma colher das de sopa de flores em 1 caneca de água quente. Abafar por 10 minutos. Tomar 3 xícaras das de chá ao dia (digestivo, sedativo e emenagogo).
Compressa ou ablução anal: para hemorróidas
Pó: 2 a 6g/dia. Tintura: 10 a 30ml/dia.
Elixir, vinho e xarope : 40 a 120ml/dia.
Vinho: macerar por 5 dias 3 xícaras das de chá de flores em 1 litro de vinho branco, agitando 1 vez ao dia. Coar e tomar 1 cálice 3 vezes ao dia, iniciando uma semana antes da data prevista para a menstruação (emenagogo).
Loção: deixar em banho-maria durante 3 horas 1 xícara das de café de flores em 1 copo de azeite. Coar e aplicar topicamente sobre assaduras e queimaduras do sol. Pode ser também usado topicamente em dores de ouvido e nevralgia.
Aromaterapia : Trabalha o desapego e a independência.