terça-feira, 13 de junho de 2017

CACAU

CACAU MEDICINAL

Theobroma sphaerocarpum

Descrição : Também conhecido como cacau-da-bahia, cacau-do-brasil, cacau-verdadeiro, chocolate, massaroca, vagem de cacau.
Parte utilizada : Sementes e folhas.
Origem : Florestas tropicais das Américas Central e Sul, incluindo a Amazônia brasileira.
Habitat: Nativa da América tropical. Ha diversas variedades de cacau, mas a variedade "forasteiro" que é considerada como o verdadeiro cacau brasileiro: caracteriza-se por frutos ovoides, como superfície lisa, imperceptivelmente sulcada ou enrugada. A variedade "forasteiro" e responsável por mais de 90% da produção de cacau mundial.
Historia: Quando os primeiros colonizadores espanhóis chegaram a América, o cacau já era cultivado pelos índios, principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central. Cortez descreve a preparação e o uso de uma bebida chamada "cacahualf, que era feita com sementes de Theobroma cacao, entre os membros da corte Asteca.
A palavra Maia 'cacao' foi incorporada na nomenclatura cientifica em 1753, enquanto as palavras 'theo e 'broma' sao derivadas do Grego - "deus" e "nectar"; No seculo 15 discutiu-se se o chocolate deveria ser considerado como remédio por sua capacidade de alterar a saúde dos pacientes; As sementes de Cacahuatl (cacau) assemelham-se a amendoa e foram usados como moeda pelos índios astecas.
Chacah (chocolate medicinal) misturado com 2 pimentas, mel e suco de tabaco eram ingeridos para tratar uma variedade de doenças, tais como erupções de pele, febre e convulsões; Os 3 produtos comerciais principal obtidos das sementes do cacau são: o pó de cacau, manteiga de cacau e extratos de cacau. Seguido do processo de cura e a fermentação, as sementes são secadas e torradas para produzir o sabor, a cor, e o aroma desejados.
Propriedades : Adstringente, amarga, desinfetante, emoliente, nutriente, tônico.
Indicações : afecção pulmonar, anemia, diarreia, disenteria, dor de ouvido, febre, inflamação, malária, malária, otite, sapinho da boca de criança, terçol.
Emprega-se particularmente no fabrico de cacau e de chocolate. O cacau e o chocolate são utilizados nas convalescenças como alimentos energéticos. Na farmácia utilizam-se como corretivos de cheiro e do sabor em certas fórmulas medicamentosas.
As propriedades farmacológicas e terapêuticas relacionam-se com as quantidades respectivas de teobromina e de cafeína, produzem ações diurética e vasodilatadora, que devem principalmente à teobromina; estimulante nervosa e cardiocinética pela cafeína. A ação vasodilatadora da teobromina (alcaloide cristalino) sobre os vasos coronários e renais justifica o emprego como diurético e preventivo, mais que curativo, dos ataques anginosos.
Sua prescrição contudo é de competência médica. A teobromina é um diurético, do tipo direto, muito enérgico. Dose diária: 1 a 3g. A polpa serve para preparar doces e geleias e as sementes para fabricar o vinho de cacau e diversos licores, alguns medicinais. Tônico e adoçante, o cacau estimula as funções do aparelho urinário e combate as nefrites, as bronquites e certas doenças do coração.
É empregado nas fraquezas orgânicas e no esgotamento físico. A popular manteiga de cacau, obtida na indústria farmacêutica pela moagem das sementes da planta, produz bons resultados quando empregadas nas asperezas da pele causadas pelo frio e nas rachaduras dos lábios e dos bicos dos seios. Ou seja empregada em aplicações comuns aos tópicos lenitivos.
Princípios Ativo : Gordura (50 a 57%), Teobromina (1 a 3% - bases púricas), Cafeína (0,16 a 0,4%), Esteróis Substâncias proteicas, Vitaminas do grupo B (tiamina, lactoflavina, piridoxina, biotina, pantotenato de cálcio, nicotinamida, ácido fólico, vitamina B12), Traços de vitamina D, Açúcares (glucose, sacarose, rafinose, estaquiose), Mucilagens, Pectinas, Amido, Esteróis Óleo essencial ( 0,001%), Ácidos livres (valérico, caprílico, cáprico), Ésteres de ácidos gordos inferiores, Substâncias proteicas ( 11,18 a 12,65%), Epicatequina, Flavonoides, Procianidinas, Aminas, Adenina (0,055%), Guanina (0,01%), Teofilina, porém em quantidade muito pequena, taninos ( 5 e 8,48%), Vermelho de cacau. A gordura conhecida como manteiga de cacau é constituída principalmente dos glicerídeos dos ácidos esteáricos, palmíticos, mirístico, oleico e linoleico.
Modo de Usar : Além de ser um fruto comestível muito apreciado para sorvete, doces e ao natural.
Contraindicações/cuidados: Embora o cacau não seja considerado tóxico em doses típicas de doces e chocolates, pelo menos 1 relatório de toxicidade animal foi publicado. Um cão quem comeu 1 kilo de pepitas de chocolate sofreu hiperexcitabilidade e convulsões. O cão desmaiou e morreu, provavelmente por falência circulatória aguda secundaria a toxicidade pela teobromina e/ou cafeína. Relata-se que o cacaueiro contém pequenas quantidades de safrole, um carcinogeno proibido pelo FDA.
Efeitos colaterais: A cafeina ingerida por consume de grandes quantidades de chocolate, acompanhada de 2 a 4 bebidas cafeinadas, foi correlacionada com o desenvolvimento de tiques nervosos em 2 crianças; A manteiga de cacau pode ser alergênica e pode ter propriedades comedogênicas em animais; Os pacientes diagnosticados com síndrome do cólon irritável, que tenham de refluxo esofágico, devem eliminar de sua dieta alimentos que reduzem a pressão do esfíncter esofágico inferior, tal como o chocolate e produtos contendo cacau; O cacau causou asma ocupacional em pessoas que trabalham em uma fábrica de chocolates.
Uma predominância elevada de sintomas respiratórios crônicos também foi observada em trabalhadores expostos ao cacau; Os resultados contraditórios foram observados quando o chocolate foi testado como um iniciador de enxaquecas. Flavonoides fenólicos, que estão presentes no vinho tinto e no chocolate, podem exercer uma ação na precipitação de enxaquecas.
Posologia: Os flavonoides e as procianidinas do cacau foram administrados em doses de 150 a 250 mg diariamente em estudos de função das plaquetas e síntese de eicosanoides. O farelo de cacau foi usado em uma dose de 25 g/ dia para manter o cólon do intestine saudável.
cacau
Farmacologia: O alcaloide principal presente no cacau tem uma ação similar a cafeina. A ingestão do chocolate, seguida de uma dieta de baixo colesterol, esta sendo investigada para determinar o efeito do cacau nos níveis de colesterol. O cacau tem um efeito estimulante ao sistema cardiorrespiratório, pode ser usado com um antioxidante e um agente na redução do colesterol.
O chocolate também é usado como tratamento de distúrbios emocionais, como a depressão; O cerne limpo da semente de cacau, chamado de nib é moído até se obter uma massa pastosa liquida - o licor de chocolate. Cerca de 55% do licor e composto de gordura - manteiga de cacau que é extraída do licor por pressão hidráulica, e, diferentemente dos óleos vegetais mais conhecidos, permanece no estado sólido em temperatura ambiente.
Após a prensa, a massa restante do cacau e seca e moída a um pó fino, que irá produzir o cacau em pó, com um índice de 22% de gordura ou mais. O pó de cacau especialmente tratado, chamado cacau alcalinizado, tem cor, sabor e dispersabilidade mais desejadas comparado com o pó não alcalinizado. A manteiga de cacau (também conhecida como o óleo de teobroma) pode ter um odor fraco de chocolate que pode ser removido com purificações adicionais; O cacau contém mais de 300 compostos voláteis. Os componentes importantes ao sabor são esteres alifáticos, polifenóis, carbonilos aromáticos e a teobromina.
Estes fenólicos também impedem a gordura do chocolate de se tornar rangosa. O cacau contém os alcaloides teobromina (0,5% a 2,7%), cafeína (0,25%) e trigonelina, entre outros. Uma barra de chocolate padrão (40 a 50 g) contém de 86 a 240 mg de teobromina e de 9 a 31 mg de cafeína. O gosto amargo caraterístico do cacau e gerado pela reação das dicetopiperazinas com a teobromina durante a torrefação.
A teobromina e produzida para uso comercial a partir da casca do cacau; A manteiga de cacau contém triglicerídios que consistem principalmente de ácidos oleico, esteárico, láurico e palmítico. Aproximadamente 75% das gorduras estão presentes como compostos monoinsaturados. A manteiga de cacau tem uma digestibilidade elevada, similar aquela do óleo de milho, com um valor digestível de energia de aproximadamente 37 k/g nos seres humanos. Consequentemente, não se pode considerar o chocolate um alimento de teor calórico baixo.
Entretanto, um ensaio randômico demonstrou que a suplementação do chocolate com 0,9% de cálcio (0,9 g/dia) reduziu a absorção da manteiga de cacau, assim diminuindo o valor digestível de energia; Uma quantidade substancial de polifenóis do chocolate estão sob a forma de oligomeros de procianidina (como por exemplo, a epicatequina e catequina). Demonstrou-se que a epicatequina e capaz sequestrar radicais livres e inibir a peroxidação de lipídios; A teobromina, o alcaloide principal do cacau, tem a atividade similar aquela da cafeína (como por exemplo: aumentos de energia, motivação para trabalhar e estado alerta).
A preparação do cacau : Assim que os frutos do cacaueiro são colhidos, são enviados para o armazém onde os partem e privam as sementes da maior parte da polpa que os envolve. Para preparar as "favas" utiliza-se, em geral, o processo da fermentação, mas as técnicas variam de local para local. Usa-se lançar as sementes em telhas de madeira apropriadas, com o fundo perfurado, onde sofrem fermentações provocadas por microrganismos (leveduras, bactérias e fungos) e durante as quais a polpa aderente se liquefaz e escoa pelos orifícios existentes no fundo dos fermentadores.
De início atuam as leveduras (Saccharomyces theobromae e outras) que produzem uma fermentação alcoólica. Por fim operam as bactérias, as quais, as mais importantes, podem provocar uma fermentação acética que deve evitar-se ou limitar-se. Identificaram-se também vários fungos, mas não prejudicam o produto final. Esta operação é muito delicada e dela depende a qualidade do cacau. Diz-se que nem sempre decorre da mesma forma, consequentemente, da mesma roça saem cacaus com qualidades variáveis. As favas secam-se por fim em secadores. Durante a liquefação da polpa realizam-se transformações químicas nas sementes.
O sabor torna-se menos acre e desenvolve-se um aroma especial devido a uma essência contendo linalol e seus ésteres, mas cujo precursor se desconhece. Também as metilxantinas se libertam das suas combinações naturais com os compostos tânicos e devido à atividade de oxidases estes transformam-se no "vermelho de cacau" insolúvel. Conhecem-se outros métodos de preparação do cacau que conduzem a resultados diferentes. Utilizou-se também um processo no qual se fermentavam as sementes em pequenas poças cavadas em solos argilosos permeáveis, em circunstâncias particulares.
Obtinham-se assim os chamados cacaus terrosos. Recomendou-se também estabilizar as sementes pelo vapor de água sobreaquecido, designava-se o produto de cacau verde. Por fim submete-se o cacau a um outro tratamento, a uma ligeira torrefação mas contínua: as circunstâncias podem variar e delas dependem as qualidades do produto. Este tratamento modifica o aroma, melhorando-o, eliminam-se em particular os ácidos voláteis formados durante o processo fermentativo, decompõem-se os princípios adstringentes, etc.
Ainda, destaca-se o tegumento e por tal motivo separam-se com maior facilidade, os cotilédones, utilizados na preparação do cacau. O tratamento pelo calor modifica em particular os glúcidos e tanoides, pois promove o aumento das quantidades das substâncias solúveis e dos flobabenos insolúveis. Se porém, for moderado o aquecimento, conserva-se o conteúdo de bases púricas e alteram-se as gorduras apenas no seu aroma. Assim depois de torradas as sementes destacam-se em aparelhos especiais os tegumentos friáveis e depois os germes, ficando portanto, reduzidas só aos cotilédones, que são moídos em moinhos especiais (os germes só se empregam em cacaus de qualidades inferiores).
Submete-se o pó em seguida a pressão em prensas hidráulicas aquecidas e de modo a desengordurá-lo parcialmente. Depois de moído e tamisado obtém-se o pó de cacau. Os chamados cacaus solúveis ou simplesmente cacau, resultam de produtos desengordurados que sofreram tratamentos químicos especiais. Deste modo operam-se transformações como a peptonização das proteínas, tornando-a solúveis, solubiliza-se o vermelho de cola, formam-se sabões que tornam mais estável a suspensão do pó na água quente, enfim alterou-se também a sua cor, tornada mais escura. O chocolate é uma mistura de cacau com açúcar, manteiga de cacau, substâncias aromáticas (baunilha, canela, etc), leite em pó e outros constituintes.

Chrysopogon zizanioides , comumente conhecido como vetiver e khus , é um capim pereneda família Poaceae

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