quinta-feira, 27 de julho de 2017

Reprodução de cactos - sementes.

Os cactos produzem inúmeras sementes. E é a partir daí que vou desenrolar as dicas de como obter um novo cacto.
Algumas espécies de cactos vão produzir muitas sementes outros bem poucas; daí a importância de não errar no cultivo. Por ex: Um único fruto de cereus poderá produzir centenas de sementes viáveis.
A primeira etapa é: Saber a hora de retirar o fruto. Antes talvez as sementes não germinem...depois pode ser que você não encontre mais, pois o fruto já eclodiu.


Bem...fruto pronto para colheita; retire com cuidado para não machucar suas mãos e o cacto.
Extraia a polpa do fruto...esprema num papel toalha para uma melhor absorção da mucilagem “gosma”. Não precisa colocar as sementes no sol para secar. Apenas deixe a sombra e em um lugar ventilado.
Você pode também lavar as sementes, pois o resíduo da mucilagem poderá ser berço para desenvolvimento de fungos.
Existem muitas maneiras de praticar a semeadura.
Através de “estufinhas” ou de bandejas de semeadura (estas podem ser adquiridas em lojas especializadas), entretando...pode-se usar “N” recipientes como garrafas pet, bacias plásticas, caixas de frutas forradas no fundo com furos para drenagem...etc.
Estas estufas cobertas com filme plástico são minhas.



Para uma melhor distribuição das sementes...peneire o substrato que for utilizar nas estufas.
Distribua as sementes no substrato, não as cubra.
A germinação ocorre geralmente entre 5 e 7 dias para a maioria dos gêneros, mas existem espécies que podem levar mais tempo.
A melhor época de semeadura para os cactos é no verão(dezembro, janeiro, fevereiro e meados de março), isso no hemisfério sul, onde estamos.
Evite regar a sementeira, sempre que sentir que o substrato estiver secando borrife água moderadamente. Nas primeiras vezes que borrifar, acrescente algumas gotas de água sanitária na água, para evitar que fungos proliferem.
Você também pode colocar a estufa de cultivo dentro de outra com uma lâmina de água, esta subirá por capilaridade não sendo necessário molhar.
Fotos da estufa na água

Parece estranho manter esta umidade, mas as plântulas dos cactos não têm tecidos para armazenar água como nas plantas já desenvolvidas.
Não deixar a estufa mergulhada na água, retirando após alguns minutos, evitando assim a proliferação de fungos.
Uma estufa assim umedecida mas não encharcada poderá manter-se por muito tempo sem outras regas.
A observação da umidade do substrato, portanto, é fundamental.
Após a emergência das plântulas, retirar esta cobertura e manter o vaso em local ventilado, mas à sombra, ir colocando no sol aos poucos....primeiro dia = meia hora de sol pela manhã, segundo...terceiro dia = 40 min. E assim sucessivamente, até que eles se acostume ao sol pleno.
Outra dica é sempre semear as mesmas espécies... pois cada uma tem necessidades diferentes de luz, temperatura, água...etc. Utilize sempre plaquinhas e escreva o nome da semente e a data em que foi semeada.
As plantas oriundas de sementes são mais rústicas e de melhor aclimatação.


O tempo de ficar no substrato de semadura é de 3 a 4 semanas.
Após a quarta semana pode ser feita adubação de cobertura com adubo dissolvido em água numa fertirrigação, cuidando com a quantidade aplicada bem como a intensidade da rega, para não desplantar as frágeis mudinhas.
Após 4 a 5 meses poderá ser feito o transplante para vasos, que poderão ser grandes vasos de boca larga, tipo bacias para cultivo em comunidade.
Quando estiverem crescidas, já envasadas ou em canteiros, a luz direta do sol é absolutamente necessária e poderão então ficar expostas ao sol o dia inteiro.


Depois de 7 meses...volto aqui para postar as fotos dos babys ai de cima, rsrsrs...
Estão lindos! E já em sol pleno.

































segunda-feira, 17 de julho de 2017

TANACETO

Tanacetum vulgare

Descrição : Da família das Compostas, também conhecida como atanásia, atanásia das boticas, erva contra vermes, erva de são marcos, erva dos vermes, erva lombrigueira, palma, tanásia, tasneira e catinga de mulata. Planta vivaz de caule ereto, folhas divididas em folíolos dentados e aromáticos.
Os capítulos florais com flores amarelas e sem lígulas, pode atingir até 70 centímetros de altura, as folhas alternas, possuem corte semelhante a samambaia e tem 15 centímetros de comprimento, flores achatadas, redondas, de um dourado opaco. Essa planta é facilmente conhecida por causa de sua fragrância acre, mais agradável. Dizem que seu odor afasta formigas e moscas. É uma planta invasora de locais abandonados e é geralmente encontrada nas bordas de estrada e em áreas baldias por todas as regiões de clima temperado na América.
A catinga de mulata é citada como uma erva daninha nociva em várias regiões dos Estados Unidos; A catinga de mulata é uma planta resistente, aromática e perene, que cresce ereta em grandes conjuntos de plantas, e geralmente chegam a 1,5 m de altura, mas ocasionalmente podem chegar até 2m. Suas hastes são lisas e na maior parte sem pelos, frequentemente possui uma cor vermelho púrpura e se ramifica extensivamente na parte superior. As folhas não possuem pecíolos e crescem alternadamente em torno da haste, com uma forma estreita, em formato de lança e dividida em filículas delicadas, dando uma aparência similar àquela da samambaia.
De julho a outubro as plantas maduras carregam cachos densos de flores pequenas, que são amarelas, assemelham-se a botões e medem aproximadamente 3,5 cm de largura. As sementes são marrons-amareíadas com 5 coroas dentadas curtas. A planta emite um odor forte quando esmagada, que foi descrito como desagradável. A erva de São Tiago (Senecio jacobea) pode ser distinta da catinga de mulata por suas flores de raio (pétalas), pela ausência de folhas dentadas, e pela longa franja de pelos macios e brancos que reveste as sementes.
Partes Utilizadas - Flores e sementes.
História: A catinga de mulata é usada extensivamente na medicina tradicional por séculos, apesar de seu conhecido potencial de toxicidade; Registros do século VIII sobre o uso da erva por Charlemagne e pelos monges Beneditinos suíços para o tratamento de parasitas intestinais, reumatismo, febres, e distúrbios digestivos; Grandes doses eram usadas para induzir o aborto e inversamente, doses menores para melhorar a fertilidade e prevenir o aborto; Registros medievais também descrevem o tanaceto como um agente culinário usado para substituir a noz-moscada e a canela, e usado também para fazer um chá de gosto amargo. O pudim de tanaceto era uma iguaria geralmente associada à quaresma; Registros históricos americanos descrevem o uso do tanaceto em sudários e grinaldas fúnebres. Em 1688, o primeiro presidente da Universidade dê Harvard foi enterrado usando uma coroa da erva, em um caixão revestido com mesma.
Quando o cemitério de harvard foi realocado em 1846, a catinga de mulata no caixão ainda possuía sua forma original e fragrância. Os americanos coloniais exploraram as propriedades reservativas da erva, usando-a para embalar a carne e outros produtos perecíveis. Um governador dos estado de Massachusetts do século XVII, listou o tanaceto como uma planta necessária em jardins coloniais de ervas.
Os índios americanos supostamente usavam-na como um repelente de insetos; O tanaceto tinha um papel nos rituais fúnebres regos. O nome tanásia (um dos nomes comuns da anacetum vulgare) é derivado da palavra grega athanon que significa imortal, talvez devido da natureza duradoura flor ou por causa da sua habilidade de preservar cadáver contra a decomposição.
Plantio : É encontrada em abundância em locais desabitados, em solo secos e pobre. Existe uma variedade de jardim, cuja as folhas são cortadas em segmentos mais finos e reservados.
Origem: É nativa da Europa e foi introduzida na América do Norte, provavelmente para o uso em remédios populares ou como uma planta decorativa.
Propriedades : Vermífuga, emenagoga, anti-helmítica, estomáquicae anti-inflamatória.
Indicações : Indicado no combate a lombrigas e oxiúros. Provoca e regulariza a menstruação.
Uso pediátrico: Esta erva não é considerada segura para o consumo ou uso humano.
Uso na gestação e na lactação: contraindicação absoluta. Efeitos emenagogos e abortivos foram relatados
Princípios Ativos : Ácido tanásico e essência tanacetona, óleo essencial: mais de 30 quimiotipos - terpenos, beta-jona, tujona, cânfora, isopinocamtona, transcrisantenil-etato, sabineno, acetato de bornil, germacreno D-ictonas sesquiterpénicas: partenolídeo; Flavonas: ipatorina, jaceosidina, apigenina, díosmetina, jaceidina, sosidina e quercetina.
Contraindicações/cuidados: Gestantes, lactantes, crianças. O ácido tanásico e a tanacetona são tóxicos. Doses excessivas podem causar intoxicações. As doses devem ser determinadas com grande prudência, pois todo o excesso de consumo provoca uma congestão da região da bacia (órgãos abdominais), com lesões renais e nervosas, inflamação dos órgãos nutricionais e sexuais, vômitos, convulsões, ação vasodilatadora em gestantes, fica presente no leite das lactantes.
A essência da planta, injetada na veia de animais, provoca convulsões semelhantes às da hidrofobia, inflamação no tubo digestivo, podendo resultar em espasmos violentos, paralisia do coração e morte. O óleo pode causar dermatite de contato. Aborto.
Efeitos colaterais: A ingestão da catinga de mulata e seus extratos foi relatada por causar uma toxicidade sistêmica séria em animais e seres humanos. Fatalidades ocorreram. A exposição prolongada a catinga de mulata pode causar a dermatite de contato. Um extrato da erva é rotineiramente incluído em uma mistura padrão para o teste de alergia a plantas da família Asteraceae. Uma sensibilidade cruzada forte entre o crisântemo e a catinga de mulata existe.
A presença de partenolídeos em ambas as espécies pode ser uma causa possível, enquanto a arbusculina-A e a tanacetina também foram indicadas como agentes de sensibilização. A prevalência da hipersensibilidade a catinga de mulata foi relatada em 60,6% e 77% em pacientes sensíveis a Asteraceae (aproximadamente 2% da população de pacientes europeus testados).
Os pacientes que apresentam a dermatite de contato podem estar expostos à planta de forma ocupacional (comércio da flor), expostos em seus jardins particulares, ou por meio de cosméticos, sabonetes ou shampoos naturais. Clinicamente, as lesões ocorrem mais frequentemente no rosto, dedos, mãos, e antebraço.
Precauções: Esta erva não é considerada segura para o consumo ou uso humano.
Toxicologia: Uma pequena quantidade, como apenas 10 gotas do óleo podem ser letais, mas uma recuperação foi relatada após a ingestão de 15 ml (5Ogotas). O chá também é igualmente fatal.
Os sintomas de envenenamento interno da erva incluem o pulso rápido e fraco, gastrite severa, espasmos violentos, convulsões e o sangramento uterino. Medidas de tratamento após a apresentação de sinais de intoxicação incluem lavagem gástrica ou emese.
A tujona é provavelmente responsável pela maior parte da toxicidade associada com a planta. O envenenamento crônico pelo uso prolongado também pode ocorrer.
Modo de preparo :
- Infusão de 2 g de folhas secas em 200 ml de água. Tomar 2 a 3 xícaras (chá) ao dia;
- Infusão de 20 g de flores em meio litro de água fervente. Filtrar quando estiver morno e tomar 2 xícaras ao dia: dismenorreia; Como vermicida é necessário usar purgante depois de usar o cravo-de-defunto pois ele paralisa os vermes intestinais (lombrigas e oxiúros), e não chega a matá-los, mas facilita a sua expulsão.
Posologia: Não há nenhuma evidência clínica para guiar uma dosagem específica da catinga de mulata. O uso clássico do óleo como um vermífugo indica o uso de uma dose de 0,1 g/dia.
Farmacologia: Tanaceto fresco rende entre 0,2% e 0,6% de óleos láteis de composição extremamente variável. A variilidade é maior, ambos em termos de quantidade e alidade, dependendo do método de extração usado terpenos compõem a maior parte do óleo volátil.
As plantas cultivadas nos Estados Unidos, Canadá, e Inglaterra, o componente principal é a beta-tujona. Alguns genótipos contêm até 95% de tujona, enquanto trás variedades possuem quantidades quase insignificantes de tujona. Os componentes principais de genótipos incluem a cânfora, isopilocarpina, ns-crisantenil acetato, sabineno, acetato de bornil, ermacreno D. Lactonas sesquiterpênicas, principalmente partenolídeo, são os componentes principais em lagens desprovidas de tujona.
A presença das wias eupatorina, jaceosidina, apigenina, dioscoreaceae-t, jaceidina, jaeosidina, e quercetína também foram conservadas; A associação entre atributos morfológicos planta e sua composição química foi investigada no aceto finlandês. A linhagem com os talos mais foram associados com um grande rendimento de fora e 1,8-cineol. Plantas com quimiotipos mistura- possuíam talos mais curtos; Evidência que suposto uso do tanaceto para qualquer indicação farmacológica litada ou não existente.
Embora parasitas anelídeos sejam usados pela tujona e então expelidos pela atividade stáltica do intestino, o risco de toxicidade é muito elevada rara justificar seu uso como um vermífugo. Similarmente, seu uso como um emenagogo á perigoso; anti-inflamatório; Partenolídeo, o componente principal de alguns genótipos do tanaceto, interrompe a ativação das plaqueta, induz a expressão da ciclo-oxigenase-2 nos macrófagos e ativa a NF-7B; Resultados de estudos em animais - O edema da orelha de camundongos foi inibido em 93% por uma fração de um extraio de tanaceto enriquecido com partenolídeos.
Uma inibição similar ocorreu usando a indometacina (85%) e uma fração enriquecida com jaceosidina (80%). Os efeitos contra o edema da pata induzido por Caricaceae foram mais modestos (25% e 8% com f rações de partenolídeo e de jaceosidina, respectivamente);
Resultados de estudos clínicos : Pesquisa da literatura não revela nenhum dado clínico a respeito do uso do tanaceto para indicações anti-inflamatórias; Antiúlcera; As lactonas sesquiterpênicas possuem um efeito cito protetor contra as úlceras gástricas, possivelmente causadas por interações entre o grupo alfa-metileno-gama-lactona e os componentes tiolatos na mucosa gástrica. flavonoides isolados do tanaceto podem também exercer um efeito tópico em úlceras.
Resultados de estudos em animais - Uma redução dependente da dose nas lesões gástricas induzidas por álcool em ratos foi observada com o uso de um extraio olorofórmico de um genótipo de Tanacetum vulgare rico em partenolídeos. Inibição de úlceras foi similar nos animais administrados o mesmo extrato (inibição de 71 % nas lesões gástricas e 91 % de úlceras, em uma dose de 40 mg/kg); Resultados de estudos clínicos - Pesquisa da literatura não revela nenhum dado clínico a respeito do uso da catinga de mulata como um agente do antiúlcera; Antimicrobial; O tanaceto possui algum grau de atividade antimicrobiais in vitro contra as bactérias gram-positivas e Graphics-negatívas.
Organismos suscetíveis a um extrato hidroalcoólico da Tanacetum vulgare incluem o Bacillus subtilis, Escherichia Coli, e Pseudomonas aeruginosa. Alguma atividade contra a Cândida krusei a Cândida tropicalis foi igualmente observada; Resultados de estudos em animais. Os extratos aquosos da planta inativaram parcialmente o vírus da encefalite in vitro mas induziram a resistência ao vírus em ratos contaminados; Resultados de estudos clínicos Pesquisa da literatura não revela nenhum dado clínico a respeito do uso da catinga de mulata como um agente antimicrobiano; Inseticida; O óleo de tanaceto tem uma atividade repelente de insetos forte, mas esta atividade inseticida é afetada pelo método de extração do óleo.
Análises biológicas associaram a presença do 1,8-cineol, acetato de bomil, e da cânfora com a atividade repelente mais forte, e a presença de tujona com propriedades inseticidas. Os besouros da batata do Colorado (Leptinotarea decemlineata) foram fortemente repelidos por um óleo comerciai de tanaceto e por um produto de destilação a vapor das folhas e flores frescas da erva.
Uma preparação de lactona sesquiterpênicas isoladas do Tanacetum vulgare inibiu da atividade de alimentação do afídio do repolho (Brevicoryne brassioae) com uma eficiência de 80% a 100%. Uma atividade elevada contra o besouro da farinha (Tenebrio molitor), a mosca-branca de casa de vegetação (Trialerodes vaporariorium) e a Teranychus urtiae Koch também foi observada; O processo de extração afetou a mortalidade dos ácaros rajados, tratados com um extrato de 4% de tanaceto. As taxas de mortalidade para os extratos obtidos pela destilação na água ou a vapor foram 60% e 75%, respectivamente, comparados com 16% obtido com um processo de extração usando um forno micro-ondas. O DL50 foi 0,054 e 0,046 mg/ cm2 para processos de extração com água e destilação a vapor, respectivamente. O DL50 do processo que utiliza o forno de micro-ondas foi inconclusivo. O agente ativo neste estudo era provavelmente a tujona, o componente principal em todos os 3 extratos testados (87% a 92% em composição).
Caatinga de Mulata

CATARIA

Polygonum punctatum

Descrição : Planta da família das Polygonaceae, também conhecida como capetiçoba, catária, pimenta-do-brejo, pimenta-d’água, catala, capiçoba, percicária-do-brasil, petincobe, potincoba, erva-pulgueira; Water smartweed. Planta herbácea anual, de até 1 m de altura, raízes fasciculadas, caule fino, com anéis nodosos riscados de vermelho.
Folhas oblongas lanceoladas, alternas, inteiras, peninervadas, verde, brilhante, às vezes com manchas vermelhas; Flores miúdas em espigas finas, flexíveis e longas, axilares ou terminais, de corbranca ou rosada. O fruto semente é um aquênio pequeno.
Plantio : Reprodução por sementes ou estaquia de galhos em brejos e beiras-de­rio. Toda a planta tem um forte sabor à pimenta.
Partes utilizadas : Partes Aéreas.
Habitat: É natural da Ásia, mas é encontrada em todo o mundo em regiões com muita água; Vegeta espontaneamente em lugares úmidos e brejos de água corrente, em terras secas de transição.
História: Tem tradição na medicina caseira mundial no tratamento de hemorragias; Faz parte da farmacopeia chinesa e homeopática.
Propriedades medicinais: adstringente, antisséptica, cicatrizante, diurética, hipotensora, reumatismo.
Indicações: artrite, erisipela, hemorroida, inflamação, úlcera, vermicida.
Princípios ativos: flavonoides: ramazina, bissultato de ramazina, persicarina (sulfito de isorametina), quercetrina e hiperosideo; Glicosídeo p-cumariólico: hidropiperosideo; Sesquiter­penas: aldeídos sesquiterpénicos (substância pungente), poligoidal (tadeonal) e warburganal; taninos .
Uso na gestação e na amamentação: Contra indicada, emenagoga e abortiva.
Contraindicações: Crianças, na gestação e lactação e também durante o período menstrual. contraindicada, embora seja comum na medicina popular, o uso externo em pruridos e eczemas.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água como tônico circulatório e depurativo das vias urinárias; 2g de planta seca ou 4g de planta fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de partes aéreas em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs em uso interno, para todas as indicações; 6g de planta seca ou 12g de planta verde ( 3 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso para compressas em úlceras varicosa, fissuras anais, hemorroidas, eczemas e erisipelas; 30g de planta fresca (15g seca) para 11 de água em banhos contra pruridos e erisipela ou banhos de assento 2 vezes ao dia; 20g de planta fresca (10g seca) para 11 de água para clisteres em hemorroidas e congestão cerebral; Suco das folhas: 3 gotas em água (para febres perniciosas), somadas a disteres.
Precauções: Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.
Efeitos colaterais: Pode ser emenagoga e abortiva.
Superdosagem: Em provas de toxidade, mesmo com o triplo da dose terapêutica indicada, não apareceram sintomas de intoxicação aguda ou subaguda.
Farmacologia: Só foram encontradas referências aos princípios ativos isolados na planta. Não há relatos de estudos clínicas que validem seu uso empírico. Toxicologia: Sem toxidade nas doses recomendadas. Nem em provas específicas.
Cataria

CATALEPTICA

Physostegia virginiana

Descrição : Família das Labiadas.
Subarbusto de caule eretos, até l,20m de altura; folhas inferiores ou radicais pecioladas, formando roseta, oval oblongas, dentadas, avermelhadas na página inferior, folhas superiores ou caulinares sésseis, opostas, lanceolado agudas, serradas, flores numerosas, róseas, de 2cm ou mais, corolas bilabiadas e com punctuações purpúreas no lobo médio do lábio inferior ,dispostas em espigas terminais simples de 20-30cm, cálice tubuloso — campanulado, oval intumescido na maturação.
Origem : Originária dos Estados Unidos da América do Norte e do Canadá, é hoje muito cultivada nos nossos jardins, principalmente no Estado de São Paulo.
Propriedades Medicinais : É planta aromática de reputação como antispasmódica; foi antigamente empregada para combater a histeria e a catalepsia. Tem a variedade alba, de por: e muito menor e flores brancas e bem maiores.
Os franceses denominam-na Cataléptique e Fausse Digitale e nos Estados Unidos, de onde ela é originária, dão-lhe o nome de False Dragon Head.
Cataleptica

CASTANHA DO PARÁ

Bertholletia excelsa

Descrição : Da família das Lecythidaceae,  também conhecida como castanha-do-Brasil, juviá, touca, tucá, tocari, amendoeira-da-américa, castanheira-do-Brasil, castanha, castanheira-do-pará,sapucaia. Árvore de porte majestoso, cascas grossas, folhas médias mais ou menos ovais, de cor castanha quando novas. Flores brancas arroxeadas e fruto com amêndoas comestíveis, muito apreciada.
Parte utilizada: Castanha, óleo extraído das sementes, ouriço, casca.
Plantio : Multiplicação: por sementes (para formação de mudas);
Cultivo: Planta brasileira da região Norte. Árvore que atinge 50m de altura. Leva 25 anos para produzir os primeiros frutos. Exige solos férteis em climas quentes e úmidos. O espaçamento é de 16m entre plantas;
Colheita: os frutos quando maduros caem ao solo onde serão recolhidos, abertos e retiradas as sementes, grandes e oleaginosas.
Princípios Ativos: Ácido alfa-linoleico, ácido linoleico, ácido oleico, ácido palmítico, ácido esteárico, antimônio, cálcio, cério, césio, escândio, esteróis, európio, éter estearina, excelsina, ferro, fósforo, iodo, itérbio, lantânio, lutécio, oleina, proteínas, samário, selênio, tântalo, tungstênio e vitamina B.
Propriedades medicinais: Antioxidante, emoliente, energizante, hidratante, inseticida, nutritiva.
Indicações: Evitar a formação de radicais livres (o selênio de uma castanha é maior que a necessidade diária do organismo), fígado, anemia, hepatite, desnutrição.
Efeitos colaterais: Não encontrados na literatura consultada. Porém nenhuma planta deve ser consumida em excesso.
Modo de usar:
- Castanhas consumidas frescas ou assadas (as proteínas de duas castanhas equivalem a de um ovo de galinha) e como ingrediente de inúmeras receitas de doces e salgados;
- Óleo e o extrato de castanha-do-pará como matéria-prima na fabricação de produtos farmacêuticos, cremes de limpeza, hidratantes, batons, sabonetes finos, xampus e condicionadores;
- Decocção da casca : moléstia crônica do fígado;
- A água colocada dentro do ouriço, ou a água do umbigo do ouriço: anemia, hepatite, desnutrição, energizante;
- Sementes esmagadas: cauterizar feridas.
Castanha do Pará

CASTANHA DA ÍNDIA

Aesculus hippocastanus

Originário do sudeste da Europa e Ásia, o castanheiro-da-índia é conhecido em grande parte do mundo, mas os seus benefícios para a saúde são menos reconhecidos. As sementes castanho brilhantes venenosas se ingeridas são usadas para fazer um remédio para as veias.
Descrição : Planta da família das Fagáceas. Árvore de grande porte, com caule ereto, cilíndrico e ramificado, de copagem densa e regular. Cresce e se desenvolve rapidamente, chegando a atingir até 25 metros de altura e 80 centímetros de diâmetro na base. As folhas são opostas, com longos pecíolos e se compõem de 5 a 7 folíolos de tamanho variável, que se alargam para o ápice e terminam em ponta obtusa. As flores são brancas e amarelas, com manchas róseas ou vermelha. O fruto é uma cápsula esverdeada, espessa, eriçada de espinhos curtos, com sementes alvas e carnosas, revestidas de tegumento vermelho castanho. Devido ao seu porte majestoso e beleza, é cultivada nos parques e jardins das cidades europeias, onde há exemplares com mais de 250 anos. O seu plantio é feito por sementes e adapta-se a qualquer tipo de solo e clima. As sementes são colhidas quando da abertura espontânea das cápsulas.
Partes utilizadas : Sementes.
Origem : Acredita-se que é oriunda da Índia e da Pérsia, mas na verdade é originária dos Bálcãs, e foi levada à Europa no século XVI.
Modo de Conservar : As sementes devem ser secas ao sol, em local ventilado e sem umidade. Guardar em recipiente de vidro ou de porcelana. Após a secagem, pode ser transformada em pó.
Princípios Ativos : Saponinas triterpênicas; flavonoides; cumarinas; vitaminas; ácidos graxos; taninos ; fitosterol; açúcares.
Modo de Usar :
- Fragilidade capilar; circulação venosa deficiente; fragilidade venosa, em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de café do pó e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá , 2 vezes ao dia.
- Fragilidade capilar; circulação venosa deficiente; fragilidade venosa, hemorróidas externas e internas. fissuras e fístulas anais, coloque 1 colher de sopa de pó em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 60%. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia.
- Hemorróidas externas e internas; fissuras ou fístulas anais; oxiúros, coloque 1 colher de sopa de pó e 3 colheres de sopa de folha da carrapateira fatiadas em 1/2 litro de água em fervura. Desligue o fogo, espere amornar e coe. Faça banhos de assento, 2 vezes ao dia.
Problemas de circulação venosa : O castanheiro-da-índia é um dos principais remédios para veias e capilares.
Adstringente e anti-inflamatório, tem um efeito benéfico sobre as veias de todo o corpo, dando firmeza e tonicidade às paredes das veias danificadas e doridas.
Ao fazer retroceder o líquido que escapou das veias, o castanheiro-da-índia reduz o inchaço e a congestão das veias, bem como a inflamação, sendo a primeira opção para o tratamento de varizes e insuficiência venosa.
É tomado sobretudo em cápsulas ou comprimidos padronizados, embora também possa ser aplicado sobre a pele sobrejacente a varizes, sob a forma de loção, pomada ou gel. Não deve ser aplicado sobre pele aberta ou ulcerada.
A sua eficácia está razoavelmente demonstrada, mas geralmente tem de ser tomada durante vários meses para resultados visíveis, pois tratar a circulação venosa pode ser uma tarefa difícil.
Um teste clínico no Barts Hospital, em Londres, em 1996, mostrou que o extracto de castanheiro-da-índia era tão eficaz como as meias de descanso no tratamento das varizes das pernas.
O castanheiro-da-índia pode ser usado para tratar outros problemas que afetam as veias, por exemplo, hemorróidas e derrames, e pode ser útil para tratar cãibras nas pernas, bem como inchaço e retenção de líquidos nas pernas.
Pode ser tomado para tratar problemas como flebites, frieiras e úlceras nas pernas, mas só mediante conselho de um profissional.
Como remédio preventivo, ajuda a reduzir os riscos de debites, por exemplo, em voos de longo curso. Em França, usou-se um óleo extraído do castanheiro-da-índia para aplicação tópica no reumatismo e, nos EUA, uma decocção das folhas para tosse convulsa.
Castanha da Índia
Efeitos colaterais: Não há relatos, nas doses terapêuticas indicadas. Pacientes sensíveis podem apresentar irritação da mucosa gastrointestinal, náuseas; diminuição da função renal em portadores de insuficiência renal preexistente. A administração de aescina isolada hintra-venosa pode causar reação anafilática.

CÁSCARA SAGRADA

PARA QUE SERVE A CÁSCARA SAGRADA

Rhamnus purshiana

Descrição : Da família das rhamnaceae. Arbusto frondoso, de ate 6m de altura. Os ramos são cinza tomentosos quando jovens. As folhas são oblongo ovadas, verdes, margens denteadas. As folhas jovens são tomentosas, mas não se tomam coriáceas nem no inverno; redondas na base e ás vezes mais estreitas no pecíolo; Flores branco amareladas reunidas em inflorescências paniculadas, axilares. O fruto é púrpura escuro. As sementes são ovadas e pretas
Parte utilizada: Casca seca do tronco e dos ramos.
Habitat: Nativa do oeste dos EE.UU. - Montanhas Rochosas, e cultivada da costa do Pacífico ao Canadá, região andina e leste da África.
História : Seu nome, de origem espanhola, é usado no mundo inteiro; após os colonizadores terem-na descobertos com indígenas norte-americanos que já a utilizavam com finalidades medicinais.
Partes utilizadas : Casca.
Propriedades : Purgante, colagogo e eupéptico.
Indicações : É muito útil em casos de prisão de ventre crônica. Facilita o funcionamento da vesícula e a digestão.
Princípios Ativos : Ácidos graxos, glicosídeos, antraquinonas, glicosídeo (shesterina) e o ramnicosideo.
Toxicologia : Mulheres grávidas, nutrizes e pessoas que sofrem de dor de estômago, colite, obstrução intestinal, doenças inflamatórias agudas dos intestinos e apendicite, úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, diverticulite.
Efeitos colaterais: Pode induzir diarreia. Se usada por mais de dois meses seguidos, provoca inflamações crônicas no intestino, cólicas intestinais, dores espasmódicas gastrintestinais e perda excessiva de líquidos e sais minerais. A casca fresca, sem secagem prévia, pode provocar vômitos, cólicas violentas, diarreia, queda de pulsação e aumento do fluxo menstrual, devido a ramnotoxina e a presença de antraquinonas reduzidas. Acima de 8 gr./dia pode causar diminuição da pulsação, queda de temperatura e hipopotassemia.
POSOLOGIA DA CÁSCARA SAGRADA.
Infuso ou decocto: 25g/litro de água. Laxativo: 50 a 100 ml ao dia. Purgativo: 200 ml ao dia. - Deixar ferver ½ litro de água, despejar o equivalente a 1 colher de sopa do chá. Desligar o fogo, abafar, deixar esfriar e coar. Tomar 1 copo 1 x ao dia.
Pó da casca: laxativo: 0.25 a 1 gr./dia; purgativo: 3 a 5 gr./dia. Seus efeitos são percebidos de 8 a 12 horas após a ingestão, conforme a sensibilidade individual.

Rhamnus purshiana
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CARVALHO EUROPEU

Quercus alba

Descrição : Dentre as várias espécies de carvalho, destacamos esta, que é essencialmente medicinal. Seus frutos, constituem ótimo alimento para os suínos assim como também para o homem. É árvore de crescimento lento e de grande longevidade, atribuindo-se-lhe até 1.500 anos de existência.
É muito atacada pela taturana, ou seja a lagarta cujo nome científico é Podalia chrysocoma, Herr.—Schaff e pelo coleóptero Loxopyga flavo-lienata, Mann. Fornece madeira de alburno branco bem delimitado e cerne castanho com diversos tons, o qual, com o passar dos anos, torna-se escuro, quase preto.
Muito apreciada para a confecção de móveis de estilo antigo, sendo considerada madeira de primeira qualidade para construção civil e naval, dormentes, vasilhame, soalho, marcenaria, escultura, instrumentos agrícolas, ferramentas, lenha e carvão e toda espécie de obras internas.
Foi usada nas grandes catedrais góticas da Alemanha, França e Inglaterra. Também Notre-Dame, de Paris, e Sainte-Chapelle têm seus arcabouços desta madeira. Sua casca é também usada na indústria de curtume.
História : Foi também muito usada contra as febres intermitentes e ainda hoje em dia é usada, depois de reduzida a pó, para pulverizar e lavar as úlceras atônicas. .
Origem : Originária da Europa, da Ásia Menor e de Marrocos, foi introduzida no Brasil há muitos anos, principalmente nas regiões elevadas dos Estados do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
Princípios Ativos: tanino (9 a 12%), ácido gálico, açúcar não cristalizável, tânatos de cálcio, potássio e magnésio, pectina, amido, celulose, goma, resina, óleo graxo, tanino, matéria extrativa amarga.
Propriedades medicinais: adstringente e febrífuga (casca); antidiarreico e antidiabético (frutos).
Indicações: Atrofia mesentérica das crianças, febres intermitentes, hemorragia passiva e úlceras atônicas. Já foram muito empregados na medicina europeia, sendo que, depois de torrados e moídos conjuntamente com a cúpula, servem para combater o diabete, a diarreia.
Carvalho Europeu

CARVALHINHA

Teucrium chamaedrys

Descrição : da família das Lamiaceae, também conhecida como camédrio, carvalho pequeno, chamedris, têucrio. Herbácea que apresenta rizoma horizontal, sobre o qual desenvolvem verticalmente dois tipos de caules aéreos, os férteis e os estéreis, que são ocos, e podem atingir até 30 cm de altura.
Os caules férteis surgem na primavera. São curtos, de cor branco amarelado na base e vermelhor-escuro na ponta, onde fica a espiga. Contêm esporângios que emitem numerosos esporos.
Os caules estéreis, que alcançam até 50 cm de altura, de coloração esverdeada, são fistulosos, estriados com nós compostos de tabiques de separação, e externamente de uma bainha os caules são verticilados, com longos ramos delgados de igual conformação do caule.
Possui pequenas folhas e forma de agulhas emendadas. É uma planta que não possui flores e, consequentemente, sementes.
Tem sabor e odor fracos, levemente salgado e quando mastigada range entre os dentes. Nasce espontaneamente e na colheita cortam-se somente os caules estéreis. A melhor época para o corte é o verão.
Parte utilizada: Folhas, flores.
Origem : Europa, ocorrendo espontaneamente em todos os continentes, com exceção da Antártida
Modo de Conservar : Devem ser cortadas somente as partes aéreas. Secas ao sol e em local seco. Guardar em sacos de papel ou pano.
Propriedades medicinais: Adstringente, antiescrofuloso, antipirético, antisséptico, aromático, carminativo, depurativo, digestivo, diurético, estimulante, estomacal, sudorífico, tônico, vermífugo.
Indicações: Dispepsias, aerofagias, distúrbios digestivos, afecções do estômago, gengivites, piorreia.
Modo de usar:
- Infusão : misturar 50 g de folhas de camédrio, 40 g de folhas de alecrim e 10 g de sementes de coentro. Colocar uma colher (de sopa) dessa mistura numa xícara de água fervente: dispepsia, aerofagia;
- Tintura: macerar 5 g de sumidades floridas e folhas de camédrio em 50 g de álcool a 70º, por oito dias, filtrar e guardar o líquido em um recipiente com conta-gotas. Tomar 20 gotas antes das refeições: inapetência;
- Infusão : em um litro de água quente colocar 15 g de folhas e de sumidades florais. Coar e adoçar, tomar quatro calicezinho ao dia: inapetência, constipação intestinal. Uso externo: piorreia, gengivite.
Diurético; afecções dos rins e da bexiga; eliminador do ácido úrico: coloque 1 colher de sopa de caule bem picado, em 1 xícara de chá de água em fervura. Ferva por 10 minutos. Abafe, deixe descansando por 15 minutos. Tome 1 xícara de chá, 2 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose. Observar que não deve ser tomados após ás 17:00 horas.
Hemorragias nasais : Coloque 1 colher de sopa do caule fatiado em 1 copo de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos e coe. Tome a metade do copo. Com o restante do líquido faça lavagens locais, aspirando e assoando o nariz. Até desaparecer o derramamento de sangue.
Calcificante nas fraturas : coloque 4 colheres de sopa do caule fatiado em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos e coe. Tome aos goles durante o dia.
Anemia : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de caule fatiado e adicione água fervente. Abafe, espere esfriar e coe. Tome 1 xícara de chá, 2 vezes ao dia.
Carvalhinha

CARURÚ DA ANGOLA

Amaranthus flavus.

Descrição : Planta da família das Amaranthaceae, também conhecida como bredo, bredo-rabaça, carurú-crista-de-galo, carurú-do-mato, crista-de-galo.
Planta rasteira, silvestre, considerada invasora e combatida tenazmente, com raízes muito profundas, de caules finos arroxeados e folhas ovais verdes ou verde-violaceas com sabor semelhante ao do espinafre.
As flores verde-palido são espigas axilares que se concentram no ápice da planta. O fruto é uma cápsula pequena, com uma única semente de cor escura.
Há uma outra variedade com sementes Claras, o A. hypohcondriacus que desponta como campeã em valor nutricional.
Partes utilizadas : Folhas e talos.
Habitat: É natural da América Central e do Sul, ocorrendo espontaneamente do Amazonas ao estado do Rio de Janeiro.
História: Tendo sido cultivado pelos astecas, caiu em desuso e agora voltou a receber atenção, especialmente nos EE.UU, através das pesquisas do nutricionista John Robinson; Resultados de pesquisas na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) em Piracicaba-SP entenderam que a planta é uma opção para a produção de grãos, pela sua rusticidade, tolerância a secas, rendimento e elevado teor nutricional.
Propriedades medicinais: Hepático, estomático, diurética (raiz), febrífuga (raiz).
Parte utilizada: Folhas, raiz, talos.
Modo de usar:
- Suco: Tomar algumas colheres de sopa ao dia.
- Salada. Adultos e crianças: Usado cru em saladas, ad libidum. Não deve ser refogado para preservar seus sais minerais.
Caruru de Angola

CARQUEJA DOCE

Baccharis articulata

Descrição : Família das Compostas.
Subarbusto ramosíssimo, ramos lenhosos, articulados, bi-alados, sendo as alas rígidas, planas, de 25mm, ininterruptas e às vezes viscosas, glabras, folhas rudimentares quase nulas, capítulos de flores brancas, insignificantes (amareladas nos indivíduos masculinos), dispostos em espigas densas; fruto pequenino, glabro.
É planta um pouco resinosa, amarga e digestiva, rica em saponina e reputada tônica, febrífuga, diurética, útil na cura das dispepsias atônicas, da debilidade orgânica e da mesma, sendo que se lhe atribui a mais benéfica ação quando, em 1849, o cólera-morbo invadiu o Brasil.
Passa por ser sucedânea da losna (Artemísia absinthium, L.), entra na fórmula da "água inglesa" do Hospital de Misericórdia do Rio de Janeiro e também é utilizada na medicina veterinária para combater a diarreia do gado.
Esta espécie, e provavelmente outras do mesmo gênero, cortada em pedaços e estes logo enterrados, constitui bom adubo para certas plantas que exigem terra úmida.
Como já assinalamos para a B. glomeruloides, Pers., a população rural argentina acredita igualmente na eficácia desta espécie contra a impotência sexual do homem e a esterilidade da mulher.
Há a variedade gaudichaudiana (B. gaudichaudiana DC., B. diptera, Sgultz-Bip.), de alas mais largas.
Vegeta de preferência nos campos secos, mesmo pedregosos, onde constitui um elemento característico pela sua abundância, sendo que se desenvolve perfeitamente até mesmo nos gramados e nos currais, sob o piso constante dos animais (Lindman).
Sua maior produção no Brasil registra-se nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Aliás, no Rio Grande do Sul é conhecida como Carquejinha.
Parte utilizada: Ramos alados.
Nota: não utilizar a parte subterrânea. Extrato da planta inteira causou a morte de cobaias.
Princípios Ativos:
- Parte aérea: ácidos a e b-resínicos, resínico, oleanólico e crisosapônico; santonina, absintina, luteolina, quercetina, articulina, acetato de articulina, genkwanina, acacetina, 7,4'-dimetilapigenina, cirsimaritina, salvigenina, jaceidina, jaceosidina, lupeol, chondrillasterol;
- Flores: barticulidiol, diéster malonato acetato, bacchotricuneatina A; - óleo essenial: a-pineno, cis-cariofileno, g-elemeno, b-guaieno, d-cadineno, aroma dendreno.
Propriedades medicinais: Antianêmica, anticolesterolêmica, antidiabética, antidiarréica, antiespasmódica, antipirética, antirreumática, antisséptica, diurética, depurativa, digestiva, estimulante da fertilidade feminina, eupéptica, febrífuga, hepática, tônica.
Indicações: Afecção (fígado, estômago); controlar a impotência masculina e a esterilidade feminina, debilidade orgânica, dispepsias atônica; enfermidades do baço, da bexiga, do fígado; enjoos, febre, prisão de ventre.
Nota: A planta contém lactonas diterpênicas que apresentam atividades contra cercárias de Schistosoma mansoni, (causador da esquistossomose), ação letal sobre o molusco Biomplalaria glabrata (hospedeiro intermediário do S. mansoni), e inibem o crescimento do Trypanosoma cruzi (protozoário causador da doença de Chagas).
Contraindicações/cuidados: Abortiva, se ingerida por 10 a 15 dias seguidos.
Efeitos colaterais: Não encontrados na literatura consultada.
Modo de usar:
Maceração, tintura, extrato. Maceração de 6 g (verde ou 2 g seco) de ramos em um copo d´água fria. Deixar seis horas. Dividir em 3 doses e tomar depois das refeições principais. (preferencialmente colocar em maceração na hora de dormir, para começar a tomar na manhã seguinte. Manter na geladeira e não usar após 24hs.); Tintura: tomar até 60 gotas em uma xícara de água, após as refeições; Extrato: tomar 20 gotas em uma xícara de água, após as refeições.
Carqueja

Chrysopogon zizanioides , comumente conhecido como vetiver e khus , é um capim pereneda família Poaceae

  Chrysopogon zizanioides  , comumente conhecido como  vetiver  e  khus , é um  capim  perene da  família  Poaceae Chrysopogon zizanio...