Pothomorphe umbellata
Descrição : Planta da família das piperaceae. Arbusto de 1 a 2 metros de altura, com ramos estriados e com pelos. Folhas ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. As flores são minúsculas e distribuídas em espigas de até 10 cm de comprimento. Nativa brasileira, ocorre desde a Amazônia até o Rio de Janeiro, em solos estercados e úmidos, próximos ou em bosques, também conhecida como caena, paiparoba e aguascina.
Habitat: Ocorre em São Paulo, Minas Espírito Santo e sul da Bahia.
História: Muito popular no Brasil como planta medicinal após a introdução no país pelos escravos africanos, tornou-se invasora.
Partes utilizadas : Raízes.
Propriedades medicinais: antirreumática, antianêmica, antiespasmódica, antigonorréica, anti-inflamatória, colagogo, desobstruente, desopilante do fígado, diurética, emoliente, estomáquica, febrífuga, hemorróidas, laxativa, sudorífera, tônica, vermífuga.
Indicações : Diurética e desopilante do fígado, combate a febre e regula a menstruação. Usada contra a insuficiência hepática.
Princípios ativos : Óleo essencial, compostos fenólicos, esteróides, mucilagens, chavicina, pariparobina, jamborandina, piperatina, piperina.
Modo de Usar
- Infusão ou decocção de 30 grs de folhas em 750 ml de água. Tomar 3 xícaras, das de chá, diariamente: insuficiência hepática, atonias do estômago, hepatite, diurético (no caso de anúria), gonorreia;
- Pó das folhas, Tomar até 2 g por dose, duas vezes ao dia.
- Decocção das raízes: estimulante digestivo;
- Folhas cozidas como cataplasmas: lavagem de feridas, diminuir o inchaço de erisipelas, furúnculos, tumores, feridas, hemorróidas, filárias, machucaduras;
- Infusão ou decocção de folhas e raízes: malária, afecções do baço, fraqueza estomacal, gases, fermentação intestinal, prisão de ventre, resfriados, febres, anemia, escrofulose (tumores ganglionares de origem tuberculosas);
- infusão ou suco: 1 colher das de sopa das folhas em ½ litro de água: insuficiência hepática;
- vinho: macerar 2 colheres das de sopa de raiz em 1 garrafa de vinho branco por 15 dias. Tomar 1 cálice antes das principais refeições como estimulante da digestão;
- Alimento: sementes trituradas com óleo de linhaça. Fazer aplicações tópicas sobre furúnculos e abscessos;
- Decocção de casca do tronco: afecções respiratórias;
- decocção de raízes: febres, distúrbios gástricos, debilidade orgânica e afecções urinárias;
- Suco: uso tópico sobre queimaduras.
- Folha: preparar "charutos" recheados com carne, cenoura e temperos.
Uso pediátrico: Hepatites virais e síndrome pós hepatite.
Uso na gestação e na amamentação: Não há relatos de contraindicação. Mas devido à falta de testes conclusivos, deve-se evitar seu uso nos 3 primeiros meses de gestação e na amamentação.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia: Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia, às refeições: De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia, às refeições; De 8 a 12 anos: 4 ml 3 vezes ao dia, às refeições.
Superdosagem: Não há relatos de intoxicação por superdosagem. Caso ocorra deverá ser feito o esvaziamento gástrico por lavagem com soro fisiológico. Uso de sonda gástrica em sifonagem. Recomenda-se hidratação endovenosa para promover diurese abundante.
Toxicologia : Em dose acima da indicada pode provocar náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, pequena elevação de temperatura, cefaleia, tremores nos membros que podem evoluir até a paralisia, erupções urticosas na pele, aumento da diurese.
Doses muito acima do normal pode causar inflamação colecistica e pielorenal, dores nas regiões, hepato-vesicular, lombar e vesical, ematuria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.
Farmacologia: Os óleos essenciais, especialmente o carquejol, atuam sobre o hepatócito, aumentando a produção dabile e protegendo contra a peroxidação lipídica da membrana celular.
Os princípios amargos estimulam as papilas gustativas, aumento o apetite e a produção de suco gástrico.
Os flavonoides aumentam o débito urinário.
Sua farmacologia ainda é pouco pesquisada.
Alguns estudos sobre o fígado revelam que seu extraio provoca o aumento da Bile e tem ação em hepatites virais, mas não há estudos clínicos.
Impede a absorção de glicose no tubo digestivo, reduzindo a glicemia e causando efeito laxativo por osmose.
Farmacodinâmica: Possui ação colagoga e reduz a mortalidade e a incidência de lesões celulares do hepatócito submetido a agressões químicas e biológicas.
Usada como tônica digestiva, estomáquica, vermífuga, colagoga, litogoga, hipoglicemiante, diurética, laxativa discreta e antigripal; Usada na indústria de bebidas, substitui o lúpulo na fabricação de cerveja.
Toxicologia: Não apresenta, nas doses recomendadas. A dose tóxica é acima de 5 ml/kg