Echinacea purpurea.
Planta tradicional da medicina homeopática norte americana, foi introduzida pelo convívio dos nativos com os colonizadores, muito utilizada para dor de cabeça e combater doenças venéreas.
Descrição: Planta da família das Asteraceae (ALMEIDA,156), também conhecida como flor-de-borboleta, purpúrea, púrpura. Suas inflorescências tem forma de cone inflorescências, mas nem sempre roxo. É também cultivada como planta ornamental. Atinge 1,2 metros de altura e 0,5 metros de largura na maturidade.
O termo Equinácea vem do grego e significa ouriço, em alusão à forma pontiaguda das brácteas.
Cultivo e Plantio: Dependendo do clima, que começa a florescer no final de maio ou início de julho. Suas flores hermafroditas, com órgãos masculinos e femininos em cada flor. É polinizada por borboletas e abelhas. Seus habitats incluem mata seca e aberta, pradarias e barrens, bem como leitos cultivados. Embora a planta prefere a terra argilosa ou arenosa, solos bem drenados, é pouco afetado pelo solo de pH . Incapaz de crescer na sombra, prospera em uma ou em solo úmido e seco pode tolerar a seca , uma vez estabelecida.
E. purpurea pode ser propagado tanto vegetativamente ou por sementes. Vegetativo técnicas úteis incluem divisão, estacas raiz, estacas e basal. Grupos podem ser divididos em pequenos cachos, que normalmente é feito na primavera ou no outono. Estacas feitas de raízes, que só irá desenvolver em plantas, quando começou no final do outono ou no inverno adiantado. Cortes de brotos basais na primavera pode ser erradicado quando tratados com hormonas de enraizamento .
Parte utilizada: Raízes, rizomas.
Origem: Estados Unidos.(CAVALCANTI, 133)
Indicações: Abscesso, acne, erisipela, ferida de difícil cura, fungo, gangrena, infecção respiratória superior, psoríase, septicemia, resfriados, impurezas no sangue, hemorróidas, difteria, furúnculos, gangrena.
Estudos científicos confirmaram a ação imunoestimulante da planta durante o tempo de estresse.
Estudos realizados pelo professor Sílvio Borak, levantaram a evidência de que o uso da flor de cone pode aumentar a produção da substância chamada interferon, utilizada no combate e prevenção da aids. (CAVALCANTI, 133).
Pelo interferon ser uma substância antiviral, esse pode combater lesões hérpicas e doença venérea.
Propriedades medicinais: antibacteriana, antiviral (PEET, 288) , antibiótico, afrodisíaca, antisséptica, anti-inflamatória, antimicrobiana, imunoestimulante, depurativa, fortificante, anti-herpes.
Princípios Ativos: Polissacarídeos com alto peso molecular: heteroxilana, arabinogalactano, equinacina, O-metil-glucoroarabinoxilan (polissacarídeo I), arabinoramnogalactan (polissacarídeo II), inulina (5,8%); Derivados do ácido cafeico: ácidos fenólicos (fenóis totais-ácidos clorogênico e equinacosídeo 0,5-1,0%, cinarina, ácido quínico, ácido cafeoil-tartárico, glicosídeo-cafeoil, verbascosídeo; Alquilamidas: Cerca de 20 derivados de isobutilamina de ácidos graxos de cadeia plana (de C11-C16): quinaceina, neoerculina, a-sanshool, ácido chicórico (0,04%); flavonoides: rutina, rutosideo (0,48-0,38%); Óleos essenciais (0,6%): Humuleno, borneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno; alcaloides (saturados tipo pirrolizidina); Isotussilagina e tussilagina 0,006%; Outros constituintes: betaína (carotenóides), resinas (1,9%) ácidos graxos (oleico, linolêico, cerotínico, palmítico), fitosterois, poliacetilenos, glicosideos do ácido quínico, sais minerais, achinolona, açúcares reduzidos (glicose, frutose, outras pentoses);
Contraindicações/cuidados: Excesso de consumo causa irritação de garganta; Seguir a posologia recomendada; Em caso de hipersensibilidade ao produto, descontinuar o uso; Usar cuidadosamente em portadores de Diabetes Mellitus pois Echinácea é muito rica em glicídeos, podendo alterar a glicemia.
As reações adversas com o uso de Equinácea são brandas e raras, podendo ocorrer gosto desagradável na boca, náusea e vômito, dor abdominal, diarreia, ardência e desconforto na garganta ou ao engolir, aumento da salivação, tonteira e dor de cabeça. Possíveis reações a quem tem alergia a girassóis.
Tieraona Low Dog, médica e herbalista do Novo México, afirma que não deve ser ingerida em doses altas, por isso não deve ser usado por longos períodos sem indicação médica. Recomenda-se que o uso não ultrapasse oito semanas consecutivas.(PEET, 288)
A flor de Cone e os índios norte-americanos :
Era utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais, e também para neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. (GUEDES, 195)
Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na Equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur.
Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol.
Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaleias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los.
Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de Equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a Equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca.
A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas, servindo como uma espécie de creme dental.
Foi introduzida na Inglaterra em 1699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados. Em 1890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norte-americana a exportar a Equinácea para o mercado europeu.
No final daquele século, a Farmacopeia Norte-americana considerou a tintura de Equinácea um imunomodulador.
Bibliografia :
ALMEIDA, Edvaldo R., PLANTAS ADAPTOGENAS E COM ACAO NO SISTEMA NERVOSO., 1. Edição., biblioteca24horas - 2009.
CAVACANTI, Rogério., Fitodontologia., 1. Edição, Clube de Autores - 2009.
GUEDES,
PEET, Margareth Smith /Shoshana Zimmermam., Se o Meu Médico Diz Que Estou Bem... Por Que me sinto tão mal., Butterfly Editora - 2007