segunda-feira, 23 de setembro de 2019

cavalinha


Como ler uma infocaixa de taxonomiaEquisetum
cavalinha
Ocorrência: Devoniano Superior - presente
375–0 Ma
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Equisetum hyemale
Equisetum hyemale
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Monilophyta
Classe:Polypodiopsida
Subclasse:Equisetidae
Ordem:Equisetales
Família:Equisetaceae
Género:Equisetum
L., 1753
Espécies
Ver texto
Equisetum L., 1753 é um género de pteridófitos da família Pteridopsida, da qual constitui o único taxa extante, que agrupa as espécies conhecidas pelo nome comum de cavalinhas. Seu nome é de origem latina, composto por "equi" (cavalo) e "setum" (cauda), ou seja, rabo de cavalo. Esta género também incui as espécies conhecidas como milho de cobraerva-carnudarabo-de-ratocauda-de-raposarabo-de-cobracana-de-jacaréerva-canudolixa-vegetalcola-de-cavalo, entre outras.

Descrição[editar | editar código-fonte]

As cavalinhas são plantas vasculares, perfazendo cerca de 16 espécies de plantas do gênero Equisetum. Este gênero é o único na família Equisetaceae, a qual por sua vez é a única família da ordem Equisetales e da classe Equisetopsida (também conhecida como Arthrophyta em livros antigos), embora algumas análises moleculares recentes coloquem este gênero dentro das Pteridophytas, relacionando-as aos Marattiales. Estes dados moleculares, contudo, são ainda ambíguos. Outras classes e ordens de Equisetophyta são conhecidas a partir de informação fóssil, pois eles foram importantes membros da flora durante o período Carbonífero
O gênero é comum nas cidades e está presente em todos continentes exceto Austrália e Antártida. Elas são plantas perenes e herbáceas, secando no inverno (para a maioria das espécies temperadas) ou sempre verde (para algumas espécies tropicais, e a espécie temperada Equisetum hyemale). A maioria delas cresce 0,2 – 1,5 m de altura, embora a E. telmateia possa exce(p)cionalmente alcançar 2,5 m, e a espécie tropical E. giganteum 5 m, e E. myriochaetum 8 m.
Nestas plantas, as folhas são muito reduzidas, mostrando-se inicialmente como pequenas inflorescências translúcidas. Os caules são verdes e fotossensíveis, apresentando como características distintas o fato de serem ocos, com juntas e estrias.
Considera-se que esta planta tem mais de 300 milhões de anos sendo assim, comparativamente, uma das formas de vida vegetal mais antigas do mundo.

Características[editar | editar código-fonte]

A cavalinha é uma planta perene. Não possui flores e, consequentemente, nem sementes; algumas espécies possuem folhas verticiladas, mas reduzidas a tamanho insignificante.
caule é de cor verde, oco, fotossintético, com textura áspera ao tacto por causa da presença de silício e pode ser encontrado de duas maneiras:
  • caule fértil, geralmente curto, surge no início da primavera. Apresenta na extremidade a espiga produtora de esporos, que serve para a sua reprodução, que, porém, também pode ocorrer através de rizomas.
  • caule estéril, geralmente longo, surge depois que o caule fértil murcha.
Os esporos estão contidos em estróbilos apicais.
Sua composição química é formada por grande quantidade de silício e quantidades menores de cálcioferromagnésiotaninosódio, entre outros. ácido caféico, ácido fenol-carboxílico, ácido gálico, ácido palmítico, ácido silícico, apigenina, equisetonina, espermidina, glicosídeos flavônicos, luteolina, nicotina, sacarídeos, sais de potássio, saponinas, taninos, tiaminase. É adaptada a solos húmidos e por ser agressiva e persistente, deve–se cuidar para que não se torne uma erva daninha.

Restrições de uso[editar | editar código-fonte]

A cavalinha pode ser considerada tóxica para os animais monogástricos, que são afetados pela tiaminase, enzima que destrói a vitamina B1 (tiamina) e causa sintomatologia nervosa. Doses excessivas podem provocar: torpor, distensão abdominal, diarréia, hipotensão arterial, taquicardia, coma e até morte.

Espécies[editar | editar código-fonte]

De entre as espécies de Equisetum, algumas são de origem europeia, como o E. arvensis, outras de origem americana, porém, todas têm características e usos semelhantes.
No Brasil se encontra o Equisetum giganteum, nativa de áreas pantanosas de todo o país. É usada como medicinal no sul e sudeste, mas praticamente desconhecida no nordeste. Doses excessivas podem causar disfunções cardíacas e renais. Quando ingeridas pelo gado causam intoxicações.
Outras espécies das Américas são o E. hyemale e o E. martii.
Subgénero Equisetum
Subgénero Hippochaete

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