Jojoba | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Simmondsia chinensis |
A jojoba (Simmondsia chinensis) é uma espécie de arbusto nativo dos desertos de Mojave e Sonora (Arizona, Califórnia e México). É a única espécie da família Simmondsiaceae.
Simmondsiaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales.
A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída na classe Magnoliopsida (Dicotiledóneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones. O óleo dessa planta é usado na fabricação de cosméticos.
A jojoba tem crescido selvagem nos desertos do Sudoeste dos Estados Unidos por centenas de anos sem ter sido notada pela maior parte do mundo. Apenas as tribos nativas estavam interessadas em colher o grão e usar seu precioso óleo no tratamento dos cabelos e disfunções da pele. Era prática comum usá-lo também no tratamento de ferimentos. Devido a sua tolerância a temperaturas extremamente elevadas, ele era um óleo ideal para cozinha. Outras utilidades eram extraídas de seu grão, que era moído para preparar uma bebida similar ao café e prover farinha para fazer o pão.
Hoje os cientistas têm pesquisado as aparentemente ilimitadas possibilidades desta fonte natural. Sua versatilidade está refletida na produção de uma vasta linha de produtos: cosméticos, velas, lubrificantes, pneus e redutores de apetite. Continuam as pesquisas sobre sua aplicação para fins farmacêuticos.
Desde que os grãos da jojoba provêm, em sua quase totalidade, de áreas agrestes e são colhidos à mão, o seu custo torna-se elevado. Apenas a indústria de cosméticos está decidida a pagar tal preço por este ingrediente extremamente puro e de alta qualidade. Sendo não tóxico, não irritante e quimicamente estável, o óleo de jojoba vale o seu preço.
O óleo de jojoba tem a tendência de criar condições ideais no couro cabeludo, nas quais, novos folículos capilares podem crescer e se regenerar no passo mais saudável possível." J. S. Hatcherata
Como a jojoba atua contra a queda de cabelo[editar | editar código-fonte]
As glândulas sebáceas do couro cabeludo segregam um hormônio gorduroso chamado sebo. A principal função do sebo é agir como um escudo que evita que a umidade se evapore da superfície da pele.
A função normal das glândulas é alterada quando resíduos se acumulam no couro cabeludo. Isso geralmente é devido a limpeza imprópria, condicionamento ou resíduos de produtos inferiores. Córneas películas permanecem juntas uma às outras na superfície da pele, retardando a maturação de novas células e o sebo torna-se engastado no couro cabeludo.
As glândulas sebáceas continuam a segregar o sebo e a película se torna ainda mais engastada pelas secreções. O ciclo de crescimento do cabelo é retardado por esta atividade glandular anormal. Enquanto este ciclo se retarda, o cabelo cai. O crescimento de novo cabelo é demorado. Os folículos de cabelo endurecem e tronam-se inativos resultando em uma excessiva diminuição da quantidade de cabelo ou até mesmo calvície.
O óleo de jojoba, quando massageado diretamente no couro cabeludo, dissolve o sebo engastado, os folículos do cabelo ficam livres das partículas estimulando a germinação das células na epiderme e um renovado crescimento dos cabelos. O óleo de jojoba também torna o couro cabeludo menos ácido, regulando, portanto, as secreções glandulares.
O que a jojoba pode fazer pela sua pele[editar | editar código-fonte]
A pele é composta de 50 a 75% de umidade e ela pode manter este nível pela segregação de sebo que cobre a última camada da epiderme para reduzir a evaporação da umidade. Quando o óleo natural ou sebo é insuficiente, esta proteção é perdida. A pele não pode evitar que suas células tornem-se secas e escamosas. Uma exposição prolongada aos elementos resulta em rachaduras e sangramento.
Os óleos perdidos devem ser recolocados a fim de preservar a umidade contida na pele para evitar a irritação. Uma proteção inadequada, se revela de muitos modos, sendo o mais comum o envelhecimento precoce, o aparecimentos de finas linhas de expressão e, a seguir uma superfície seca e abatida.
O óleo de jojoba é um umedecedor puro e natural que tem as qualidades de penetração e cicatrização. Quando massageado na pele, o óleo de jojoba é conhecido por ser eficaz contra várias disfunções epidérmicas.
Ecologia[editar | editar código-fonte]
Há uma grande semelhança entre o óleo de jojoba e o óleo de cachalote. Não há outro óleo no reino animal como o óleo de cachalote, e por essa razão, ele tem sido usado por dezenas de anos pela indústria cosmética. Porém, há um outro óleo equivalente, encontrado no reino vegetal: o óleo de jojoba. Os dois óleos são praticamente idênticos, quimicamente falando. De fato, o óleo de jojoba tem se mostrado até superior em diversos aspectos. A esperança é a que o uso do óleo de jojoba possa, em alguns anos, eliminar o uso do óleo de cachalote, evitando assim sua matança e ajudando na preservação da espécie.
Dados sobre pesquisas relacionadas a jojoba[editar | editar código-fonte]
Lavijero, um antigo explorador espanhol, relatou sobre o uso da jojoba por volta de 1789, afirmando que ela era utilizada para vários fins medicinais e para cozinhar.
O Dr. T. K. Miwa, do laboratório de pesquisas regionais do Nordeste e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, relatou, em 1977, que o Óleo de Jojoba era quimicamente mais puro que a maioria dos produtos naturais.
Rita Sanders, jornalista, fez menção às pesquisas de vários escritores que discorreram sobre as propriedades da Jojoba, na restauração capilar (Sanders, 1930; Escobar, 1935; Marinez, 1959; Warth, 1956; Balls, 1962).
O uso da Jojoba no tratamento de várias disfunções é claramente instituído entre várias tribos, incluindo os Yaquis, Papagos, Apaches, Pimas, Seris, Kilawas, Coras e Yavapais. Os jornais particulares de T. D. Thurmon, enquanto lidando principalmente com as lendas sobre a planta Aloe Vera, prova o uso da Jojoba entre os Astecas e os Maias. Suas notas indicam o uso de jojoba como óleo cerimonial.
O Dr. D. M. y Ermanos, da Universidade da Califórnia disse: "O folclore da jojoba nos diz que os antigos mexicanos e índios a usavam para rejuvenescer os cabelos e tratar de problemas de pele, tal como acne."