Mandrágora | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||
Mandragora autumnalis L. |
A mandrágora é uma planta da família das Solanaceae, de origem eurasiana, herbácea, acaule, dotada de flores campanuliformes (forma de sino) e frutos bacáceos[1] [2]. Seus frutos amarelos, carnosos, aromáticos e tóxicos eram chamados de "as maçãs do diabo" pelos árabes devido a supostos efeitos afrodisíacos[3]. As várias crendices e lendas ao redor desta planta provavelmente se originaram do fato de ela possuir uma raiz principal bifurcada bastante ramificada, muitas vezes assemelhando-se à forma humana
Espécies[editar | editar código-fonte]
- Mandragora autumnalis
- Mandragora officinarum
- Mandragora turcomanica
- Mandragora caulescens
- Lista completa
Utilização[editar | editar código-fonte]
São-lhe atribuídas propriedades tóxicas[4] e medicinais: afrodisíaca, alucinógena, analgésica e narcótica.
O uso da raiz da planta é muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos em Gênesis 30:14 e Cantares 7:13. Segundo lendas medievais, as raízes da mandrágora deveriam ser colhidas em noite de lua cheia, puxadas para fora da terra por uma corda presa a um cão preto; e se outro animal ou pessoa fizesse esta tarefa, a raiz "gritaria" tão alto que o mataria[3]. Outra lenda refere que a mandrágora tinha como semente o Sêmen de um homem enforcado[5].
Apesar do grande interesse demonstrado nessa planta ao longo dos tempos e do uso secular das raízes na medicina tradicional, surpreendentemente poucos trabalhos foram publicados sobre seus componentes químicos. Entre os alcaloides referidos na sua constituição, possivelmente em mais de uma espécie, encontram-se a hiosciamina, hioscina, apoatropina.[6]
Na ficção[editar | editar código-fonte]
- esa planta também foi citada por Shakespeare em Romeu e Julieta, e acredita-se que o remédio que Julieta tomou para fingir estar morta tenha sido extraído dela.
- O livro A Mandrágora, de Nicolau Maquiavel, conta histórias de manipulações políticas.
- Em Doctor Who, a Mandrágora é referenciada na 14a temporada da série clássica, no episódio The Masque of Mandragora.
- Em Harry Potter e a Câmara Secreta, uma versão bruxa da Mandrágora aparece, nessa história, ela grita de verdade quando extraída da terra.
- Em O Labirinto do Fauno, a Mandrágora é utilizada para fazer com que as dores de uma gravidez de risco sejam amenizadas.
- Em Merlin a seiva das Mandrágoras era usada para causar alucinações.
- Mandrágoras aparecem como inimigos em Castlevania: Aria of Sorrow, onde saem da terra e gritam caso o jogador não as mate rapidamente ao entrar na sala.
- No anime Little Witch Academia, a Mandrágora é uma planta da floresta de Arcturus, com uma aparência física muito parecida às plantas carnívoras.
- No game Ragnarök Online, a Mandrágora é um monstro temível, vulnerável ao fogo.
- No jogo The Witcher 3: Wild Hunt, as raízes de Mandrágora são usadas na criação de poções.
- No jogo Don't Starve, as Mandrágoras aparecem como raros personagens, morrendo se colhidas durante o dia, porém, seguindo o jogador e o ajudando se colhidas durante a noite, até o amanhecer, quando se plantam novamente; No jogo, a Mandrágora morta pode consumida ou cozida, ambos os atos fazem a planta gritar, colocando o jogador e qualquer outro personagem próximo para dormir.
- No Jogo Monster Hunter World, Mandragora e um cogumelo raro usado para fazer poções.
- No anime Saint Seiya, existe um espectro de Hades que usa uma surplice (armadura) de Mandrágora.
- No anime Kobayashi san Chi no Maid Dragon[7], existe uma planta mágica usada por Tohru para fazer uma poção do amor.