Alpinia speciosa
Descrição : Da família das Zingiberaceae, também conhecida como alpínia, cana-do-brejo, cana-do-mato, cardamomo, cardamomo-do-mato, cardamomo-falso, colônia, falso-cardamomo, flor-do-paraíso, lírio-de-santo-antônio, jardineira, macaçá, macassá, noz-moscada, pacová, paco-seroca, vindi-caá helicondia. Herbácea rizomatosa, bem robusta, sempre agrupada em touceiras. As folhas são lanceoladas, oblongas, bem compridas, pontudas, de margens ciliadas, de coloração verde-brilhante e invaginantes. As flores, de cor alaranjada, nascem nas axilas das folhas e são dispostas em cachos terminais pendentes. A planta toda é ligeiramente aromática.
Plantio : Reproduz-se por pedaços de rizomas em solos úmidos e permeáveis, de preferência em locais de climas quentes. É uma planta extremamente invasora. A colheita deve ser feita no início da floração.
Partes utilizadas : Rizomas, flores e sementes.
Habitat: É dada como nativa do Brasil e outros autores dão-na como nativa da Índia, de onde muitas espécies hoje endêmicas no país também vieram.
História: Tem tradição de uso medicinal pelos tupis-guaranis. E cultivada também como planta ornamental.
Origem : Índia oriental. No brasil é encontrada como planta ornamental.
Princípios Ativos: alcaloides, flavonoides (cardamonin, isalpinin etc.), catequina, epicatequina, óleos essenciais (canfeno, cânfora etc.), rutina e dois derivados glicosídicos do kaempferol, taninos .
Propriedades medicinais: Abortiva, antibacteriana (em conjuntivites), antiedematosa, anti-hipertensiva, anti-histérica, antiulcerogênica, anti-stress, bloqueador neuromuscular, calmante, depressora do sistema nervoso central, digestiva, diurética, estomacal, estimulante da motilidade intestinal, hipotensor, inibidora da musculatura lisa, inibidora da secreção gástrica, purificador sanguíneo, relaxadora vascular, inibidora da atividade da proteína kinase e da fosfodiesterase nucleotídeo cíclica (controla a patofisiologia das doenças coronarianas, que envolve fluxo sanguíneo e vasoconstrição), sedativa, tônica, vermífuga.
Indicações: Afecção da pele, artrite, asma, catarro, cistite, diarreia, dor de cabeça, febre, gastralgia; hipertensão, micose de pele, pelos e unhas; taquicardia, tosse, úlcera.
Contraindicações/cuidados: É abortiva . Reduz os movimentos peristálticos.
Modo de usar: Digestivo; estado de excitação nervosa; dores em geral : Em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de chá de rizoma fatiado e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, de 1 a 2 vezes ao dia.
Afecções respiratórias; amigdalite; rouquidão : Coloque 1 colher de sopa de rizoma fatiado em 1 xícara de café de água em fervura. Desligue o fogo e coe. Adicione 1 xícara de café de açúcar cristal e leve novamente ao fogo, até dissolver o açúcar. Tome uma colher de sopa de 1 a 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente meia dose.
Afecções estomacais, intestinais e renais; reumatismo : Coloque 2 colheres de sopa de rizoma e flores fatiados em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 8 dia e coe. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água renais e a, 15 minutos antes das principais refeições.
Cólicas intestinais; reumatismos; nevralgia; dores lombares e musculares : Coloque 3 colheres de sopa de rizomas, folhas e flores fatiados em 1 litro de água em fervura. Desligue o fogo, abafe, espere amornar e coe. Adicione à água do banho morna, e faça banho de imersão, por 15 minutos.
Farmacologia: Planta ainda não estudada convenientemente, atribui-se sua atividade vermicida aos óleos voláteis. Sabe-se que possui atividade antiespasmódica, reduzindo os movimentos peristálticos, e relaxante muscular, anti-inflamatória, diurética, antifúngica e anti-hipertensiva, não estando claros os mecanismos. Seu repertório de princípios ativos da margem a estas indicações.