sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

FUNCHO

Foenicolum vulgare

De sabor e aroma agradáveis, a tisana de funcho é uma bebida reconfortante e muito benéfica para o sistema digestivo. Para as crianças, alivia cólicas, gases e dilatação do abdômen.
Descrição: Da família das Umbelíferas. Erva vivaz ou bienal que chega a atingir até 2 metros de altura, com caule estriado, de onde saem os ramos.
As folhas se desenvolvem na base da planta e apresentam bainhas muito entumecidas e largas, que se desenvolvem formando uma espécie de bulbo que é comestível. Apresenta na extremidade inúmeros recortes e forma fios alongados de coloração verde-amarela.
As flores, de cor amarelo-esverdeadas, reúnem-se em buquês no formato de umbelas, com um número variável de hastas florais. Produz pequenos frutos alongados, quase cilíndricos, permeados de minúsculos tubos que contêm óleo essencial, de cor amarelo esverdeado, muito aromático.
A raiz é fusiforme, da grossura de um dedo e deve ser coletada na primavera, logo no primeira ano, quando ainda não estão fibrosas. Vegeta bem em diversos climas, mas prefere os temperados, em locais bem iluminados e com luz solar direta.
Não resiste em locais com geadas muito fortes. Para que as bainhas das folhas se desenvolvam formando a cabeça comestível, junta-se terra em volta da planta.
Os frutos são colhidos quase secos e retirados dos buquês pro meio de debulha. As cabeças são retiradas depois de atingirem o desenvolvimento adequado, mais ainda tenras.
No Brasil, a variedade mais conhecida é a dulce, de sabor adocicado, cujas folhas cabeças são consumidas cruas, cozidas ou em saladas, e é encontrada em hortas e fundos de quintal.
Parte utilizada: Sementes.
Origem: Regiões próximas ao Mediterrâneo. (CAVALCANTE,143)
História: A erva já era conhecida pelas civilizações da China, Índia, Egito e Grécia, e Plínio a recomendava para melhorar a visão: O nome deriva do Latim - "feno perfumado."
A erva-doce teve uma grande demanda durante a Idade Média como condimento dos abastados e supressor do apetite dos pobres. Foi introduzida nas Américas por padres espanhóis e pelos ingleses na Virgínia.
Os usos medicinais populares incluem seu uso como um possível antídoto para venenos encontrados em ervas, cogumelos e mordidas de cobras venenosas. Seu uso também é encontrado para o tratamento da gastroenterite, indigestão, para estimular o fluxo do leite materno, como um expectorante e um emenagogo.
O chá feito de sementes de erva-doce esmagadas foi usado como solução para lavar os olhos. A erva-doce pulverizada é dita manter as pulgas longe dos canis e estábulos.
Funcho Planta
Modo de Conservar: As folhas devem ser consumidas frescas, os frutos e as raízes devem ser secos ao ar livre, longe da umidade. Guardar em sacos de papel, pano ou em vidros bem tampados
Propriedades: Aromático, carminativosedativoemenagogo e curativo.
Indicações
Indigestão, gases, dilatação do abdômen, cólicas - De sabor agradável, o funcho é um remédio popular para problemas do tubo digestivo alto. Alivia cólicas e inchaço abdominal, elimina gases retidos e melhora o apetite. A tisana diluída pode ser dada a crianças pequenas para aliviar cólicas e dores da dentição e também reduzir a insaciedade.
Garganta inflamada, tosse, catarro - A tisana de funcho é um gargarejo eficaz, que acalma as membranas mucosas e alivia a tosse.
Benefícios hormonais - Aumenta a produção de leite nas lactantes e pode ser tomado para iniciar ou preservar o fluxo de leite. Tomado durante alguns meses, pode ajudar a regularizar o ciclo menstrual e a reduzir as dores menstruais. As sementes têm fama de ajudar a perder peso e podem ser incluídas na alimentação.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis.
Uso na gestação e na lactação: A erva-doce não deve ser usada durante a gravidez, tem um efeito emenagogo conhecido: E galactagoga. Contraindicações: Não há relatos
Princípios ativos: Óleos essenciais (variedades doces e amargas): trans anetol, fencono, limoneno, cânfora, a-pineno e compostos voláteis adicionais menores: Sementes: óleo essencial e óleo fixo: ácido petroselínico, ácido oleico e de tocoferóis: A variedade doce contém derivados do ácido cafeico e do ácido hidroxibenzóico: Sementes e folhas: Flavonoides: quercetina-3-glucuronido isoquercetina, kaempferol-3-glucuronldeo e kaempferol-3-a rabinosídeo. ósideos de isoramnetina.
Modo de Usar :
Alimentação: Lave muito bem a base do pecíolo das folhas mais tenras, corte em tiras pequenas e coma antes das principais refeições, na forma de salada, de preferência sem tempero, acrescentando somente algumas gotas de limão.
Atonia gástrica e intestinal; espasmos; dispepsia putrefativa; dor de cabeças; gastralgia nervosa: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa de frutos e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, nas principais refeições.
Digestivo: coloque 1 colheres de sopa do fruto em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 8 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice, antes das principais refeições.
Diurético: coloque 1 colher de chá do pó da raiz em 1 xícara de chá de água em fervura. Desligue o fogo, espere amornar e coe. Tome 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia.
Funcho
Posologia: 5g de sementes secas ou 7g de sementes frescas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decoto ou infuso em uso interno para todas as indicações. Óleo: de 0,1 a O,6ml em uso interno. Todas as partes da planta são usadas para dar sabor a alimentos. e os caules são consumidos como verdura.
A erva-doce, especialmente seu óleo essencial. tem sido usada para dar sabor a balas, licores, medicamentos e alimentos, pães, conservas e peixes. O óleo pode ser usado para proteger frutas e verduras armazenadas contra infecções por fungos patogênicos.
Precauções: Um exame de amostras de erva-doce na Itália encontrou as bactérias aeróbicas variáveis, incluindo coliformes, estreptococcus fecais e espécie de Salmonelas. Sugerindo que a planta pode servir como um vetor de doenças gastrintestinais infecciosas
Efeitos colaterais: A ingestão do óleo volátil pode induzir a náusea, vômito, convulsões e edema pulmonar: Os efeitos mais comuns são a dermatite de contato e a fotodermatite (PIVA,126).
Alguns indivíduos exibem a reatividade cruzada a diversas espécies da Família Apiaceae ou seja síndrome do tempero de artemísia (COAN,102), todas estas plantas pertencem a Família Apiaceae. São raros os casos de reações alérgicas relatadas após a ingestão da erva-doce. Superdosagem: Seu uso terapêutico no Marrocos, ocasionalmente induz a um distúrbio mental epileptitorme e alucinações.
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Farmacologia: Como uma erva medicinal, a erva-doce é renomada por aumentar a secreção do leite, promover a menstruação (emenagogo), facilitar o trabalho de parto aliviar o climatério masculino (andropausa) e aumentar a libido.
Estas supostas propriedades da erva deram origem a pesquisas da erva-doce para o desenvolvimento de compostos estrogênicos sintéticos durante os anos 30. Originalmente, acreditava-se que o componente estrogênico principal da erva-doce era provavelmente o anetol , mas hoje em dia acredita-se que este componente é um polímero do anetol, o dianetol ou o fotoanetolo.
O óleo volátil da erva-doce aumenta a contração física do músculo liso ileal e traqueal em cobaias. O efeito foi geralmente maior no músculo ileal. A administração do óleo volátil aos ratos agravou um dano hepático induzido experimentalmente.
Um extrato (com base de acetona) das sementes de Foeniculurn vulgare mostrou ter efeitos estrogênicos nos órgãos genitais de ratos - machos e fêmeas.
O óleo de erva-doce foi encontrado ser genotóxico no teste de reparo de DNA na bactéria Bacillus subtilis. O estragol, presente no óleo volátil, foi capaz de causar tumores em animais.
Um sério perigo associado com a erva-doce é que a erva pode facilmente ser confundida com a cicuta-maior, uma erva nativa da América do Norte que é muito venenosa. A cicuta-maior contém o alcaloide conina, que é altamente narcótico, e uma pequena quantidade de suco da cicuta-maior pode causar vômito, paralisia e morte.
CAVALCANTE, Rogério., Fitodontologia - Clube dos Autores, 2009.
COAN, Luciana M Pollyanna C Kinupp1,3 & Ary G Silva., Rea ções de hipersensibilidade a temperos usuais na culinária - Natureza on line 6.
PIVA, Maria da Graça., O caminho das plantas medicinais: estudo etnobotânico - Mondrian, 2002.

FUMÁRIA

Fumaria offinalis

Planta conhecida históricamente pela medicina homeopática tradicional, como laxante e diurética e externamente no tratamento de problemas dermatológicos.
Descrição: Erva da família das papaveraceae, também conhecida com fel da terra, erva-mileirinha, fumo da terra, moleirinha, herbácea anual de 0,20 à 0,80 metros de altura, ramosa, haste delgada, angulosa, de ramos difusos; folhas alternas, pecioladas e profundamente recortadas em colmilhos.
Possui flores em cacho, fruto monospérmico, sementes sem estrofíolo (MOREIRA, 194).
Partes utilizadas: Folhas secas.
Plantio: Multiplicação: por sementes ou por estaquia; Cultivo: originária do Paraguai, em altitudes entre 1000m a 1500m e com temperaturas médias de 23o C.
Planta-se as mudas em solos arejados, secos e adubados com matéria orgânica, de preferência na primavera. O espaçamento deve ser de 30cm entre plantas e 50cm entre fileiras.
O cultivo econômico desta planta já vem sendo feito nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo; Colheita: entre 3 a 5 meses do plantio, colhem-se as folhas que contém glicosídeos. Podem ser secas à sombra para uso posterior.
Origem: Origem mediterrânea.
Indicações: Usada nas doenças do fígado e arteriosclerose, problemas de pele, diurética e depurativa.
História: A fumaria é conhecida desde a antiguidade e foi descrita em herbários da idade média tradicional envolve espremer o suco e evaporá-lo. Na medicina tradicional a planta foi usada para tratar o eczema e outras condições dermatológicas.
Foi usada também como um laxante e diurético. As espécies da Fumaria são usadas na medicina popular turca como um purificador do sangue e os extratos como um agente antialérgico.
Os extratos da fumaria podem ser úteis no controle de e do trato hepatobiliar. Pesquisas científicas estão concentradas em extratos de outras espécies do gênero Fumaria, devido a suas propriedades medicinais.
Fumária
PropriedadesDiuréticalaxantedepurativa, cardiotônica e escrofulante (TAVARES,40).
Uso na gestação e na lactação: Seu uso durante a gravidez e amamentação deve ser evitado devido à falta de informação sobre sua farmacodinâmica e sobre sua toxicidade nestas condições.
Princípios Ativo: alcaloides, silimarina, protopina e ácido fumárico.
Modo de Usar: infusão usar 10 gramas da planta por litro de água, ingerir 1 à 5 xícaras de chá ao dia. Compressa de 2 à 3 vezes ao dia, utilizando a infusão
Toxicologia : Deve ser usada durante poucos dias e em doses moderadas, pois o uso prolongado é prejudicial.
Posologia: 50g de planta fresca ou 25g planta seca (3 colheres de sopa para cada litro de água) em infuso ou decoto para compressas em todas as afecções da pele.
10g de planta verde ou 5g de planta seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decoto para uso interno em todas as indicações de 2 a 3 vezes ao dia
Efeitos colaterais: Em um estudo clínico, 69% dos pacientes relataram queixas gastrointestinais (56°C) e o flushing facial (sensação de queimação do rosto enquanto a pele se torna vermelha - 31°C). Em outro estudo clínico. nenhuma reação adversa foi relatada.
Fumária FLor
Farmacologia: A protopina inibiu a fase exudativa de inflamação por dextrano em uma dose de 100 mg/kg, também aquela da inflamação por serotonina em uma dose de 50 mg/kg: A fumoficinalina inibiu a inflamação por serotonina com uma dose de 50 mg kg.
Ambos os alcaloides diminuíram a permeabilidade vascular com um efeito similar em doses de 50 mg/kg: Mais investigações sobre a atividade anti-hepatotóxica das diversas espécies do gênero Fumaria são necessárias: O fumarato de metila encontrado na Fumaria indica, demonstrou uma atividade anti-hepatotóxica contra a tioacetamida in vitro e contra o tetracloreto de carbono, o acetaminofeno e a rifampina in vivo.
Esta atividade é comparável com aquela do composto silimarina, um agente anti-hepatotóxico conhecido. Os esteres do ácido fumárico têm sido usados como um tratamento para a psoríase por quase 30 anos.
Este tratamento está novamente sendo notado por dermatologistas conforme mais compostos e derivados ativos estão sendo desenvolvidos.
O fumarato de metila é o metabólico mais ativo de uma droga alemã anti-psoríase, o Fumaderm (GELLER,195): fumarato de metila foi isolado da Fumaria indica.
Este composto tem urna atividade antihepatotóxica importante in vitro e In vivo. As investigações em animais e seres humanos identificaram diversas ações farmacológicas dos extratos de fumária: A injeção intravenosa de 1 a 2 mg/kg do extrato em cães reduziu a Isquemia causada pela ligadura experimental da artéria circunflexa, Uma dose de 5.2 mg/kg impediu arritmias isquêmico-induzidas por até 87 minutos: A diabetes melito foi induzido em 20 de 25 ratos albinos machos e adultos usando uma injeção intraperitonial de aloxano.
Os ratos foram então divididos em 4 grupos: 3 dos 4 grupos foram alimentados uma dieta que 6,25 % do seu peso era composto de fumaria de semente de coentro por 15 dias.
O quarto grupo recebeu uma dieta normal. A concentração de glicose, colesterol, creatinina e os resultados de testes do fígado foram mais baixos (P< 0,05) no grupo que consumiu fumaria comparado com o grupo de controle: Em um estudo sobre o efeito da fumaria em distúrbios hepatobiliares, um extrato metanólico aquoso da espécie Fumaria parvifólia administrado profilaticamente contra danos hepáticos acetaminofeno induzidos protegeu o fígado ao prevenir o aumento de enzimas no sangue induzido por toxinas. Os extratos da fumaria foram capazes de melhorar o bloqueio colagogo em animais.
O extrato de fumária foi administrado tipicamente por nebulização e tem sido investigado em cálculos da vesícula biliar em ratos e camundongos: Os extratos da fumaria melhoraram o bloqueio colagogo em animais e é benéfico no controle de condições similares em seres humanos.
Quando investigada em 85 pacientes com coleclstopalias, uma preparação contendo Fumaria melhorou o estado do paciente em 70% dos casos em geral e mais de 80% em casos de discinesia biliar. Resultados mais marcantes foram obtidos depois de 10 dias de terapia e a diferença foi estatisticamente maior do que aquela observada com o placebo.
A Fumaria offlclnalis é aprovada na Alemanha para o uso contra a cólica que afeta a vesícula biliar e o sistema biliar e também o trato gastrointestinal. A fumaria não foi associada com nenhuma toxicidade clinicamente importante. O fumarato de metila foi encontrado ser um agente protetor a toxicidade hepática em doses até 1 mg/ml em estudos in vitro e até 50 mg/kg em estudos in vivo em ratos albinos.
Os alcaloides causam tremor, convulsões e a morte quando consumidos em grandes quantidades.
GELLER, Mario, ‎Morton Scheinberg., Diagnóstico e Tratamento das Doenças Imunológicas - 2. Edição, Elsevier Brasil, 2015.
MOREIRA, Frederico., As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza - Ryoki Inoue Produções, 1971.
TAVARES, Ana Cristina, Mónica R. Zuzarte, Lígia R. Salgueiro., Plantas aromáticas e medicinais: escola médica do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, 2ª Edição - Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 2010.

Fucus para Emagrecer

Fucus vesiculosus

Descrição: Planta da família das Algae, também conhecida como alga marinha, sargaço ou bodelha (BUNN,257), trombolho, estalos, esgalhota, bodelha, limo-bexiga, favado-mar (PEREIRA,40). Uma alga marinha pertencente ao grupo de algas multicelulares.
O fucus, um vegetal marinho de águas frias, absorve grandes quantidades de minerais da água do mar, com níveis significativos de iodo, o mineral mais responsável por estimular o funcionamento da tiroide, tem sido recomendada a sua integração em dietas para perder peso.
Parte utilizada: Talos secos. (CABRAL,155)
Origem: Encontrada nas costas do Mar do Norte, Mar Báltico e Oceanos Atlântico e Pacífico.
Princípios Ativos: Ácido algínico, polissacarídeos, polifenol, bromo, iodo, potássio, sódio, vitaminas, minerais, aminoácidos.
Propriedades medicinais: Laxativoantiácido.
Indicações: Bócio, escrófula, obesidade, soltar o intestino (GUEDES,205).
Contraindicações/cuidados: Não usar na gravidez e no aleitamento. Não associar a aspirina, tosse e frio.
Modo de usar: Extrato seco: 1-1,5 g/dia.
Perda de peso e hipotireoidismo
Ainda não há confirmação científica, mas a utilização da bodelha sugere que ela é um suplemento eficaz em dietas para perder peso em casos em que a tiroide é pouco ativa o que causa pouca vitalidade, estado de espírito depressivo, baixo funcionamento mental, aumento de peso e sensibilidade ao frio.
Favorece uma reversão rápida dos sintomas quando a atividade da tiroide está apenas um pouco abaixo do normal ou quando a falta de iodo é o problema principal. Tratar distúrbios da tiroide pode ser muito complicado, sendo aconselhável consultar um profissional.
Outros usos - Contendo minerais como o iodo, o silício, o zinco e o cobre, a bodelha está ligada à baixa atividade da tiroide e à carência de minerais.
Também favorece a elasticidade e a saúde global das artérias. Dado o seu sabor não muito agradável, é melhor tomá-la em cápsulas ou comprimidos.
A bodelha alivia sintomas artríticos e reumáticos quando estão ligados à baixa atividade da tiroide. Sendo segura na dose normal, pode ter efeitos negativos sobre a tiroide. Também pode estar contaminada por metais pesados, pelo que o controle da qualidade é essencial.
História :
Plínio descreveu o fucus com o nome Quecus marina que era então utilizada para as dores das articulações.
Muito utilizada no século XVIII para o tratamento da asma e das doenças de pele, sendo seu uso abandonado no início do século XIX quando Curfois descobre o iodo em 1811.
Fucus
Taxinomia do gênero :
Fucus atomarius (Woodward) Bertoloni
Fucus ceranoides L.
Fucus chalonii Feldmann
Fucus cottonii M. J. Wynne & Magne
Fucus crispus
Fucus distichus L.
Fucus evanescens C.Agardh
Fucus furcatus Stackhouse, 1801
Fucus guiryi G. I. Zardi, K. R. Nicastro, E. S. Serrão, G. A. Pearson
Fucus gardneri P. C. Silva
Fucus lagasca Clemente, 1807
Fucus mytili Nienburg
Fucus nereideus Lightfoot
Fucus radicans L. Bergström & L. Kautsky, 2005
Fucus serratus L. — com bordo serrado
Fucus spermophorus L.
Fucus spiralis L. — enrolada em espiral
Fucus tendo L.
Fucus vesiculosus L. — apresenta vesículas de gás
Fucus virsoides J. Agardh
BUNN, Karl., Glossário da Medicina Oculta de Samael Aun Weor., Editora Samael Aun Weor, 2012.
CABRAL, Célia, João Rui Pita, Lígia Salgueiro., Plantas medicinais: entre o passado e o presente: a colecção de fármacos vegetais da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (séculos XIX-XX) - Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 2014 .
GUEDES, Maria Helena., O Chimarrão Na Índia! - Clube de Autores, 2015.
PEREIRA, Leonel., Guia Ilustrado das Macroalgas - Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 2009

FUCUS CRESPO

Fucus crispus

Descrição: Planta da família das Algae, também conhecida como alga marinha, botelha, cuspelho, musgo, limo-folha.
É uma alga de cor pardacenta, muito encontrado à beira mar. (MOREIRA,193)
Parte utilizada: Talos secos.
Origem : Mares do Norte e Costa Portuguesa. (1,39)
Princípios Ativos: Azoto (21%), iodo, bromo, cloro, enxofre, ácido oxálico. (MOREIRA193)
Propriedades medicinais: Analéptica, expectoranteemoliente, calmante das afecções dos brônquios.
Indicações: Contra a bromquite emprega-se uma decocção de 10 a 15 gramas por litro de água.(MOREIRA,193)
Contraindicações/cuidados: Não usar na gravidez e no aleitamento. Não associar a aspirina, tosse e frio.
Fucus
Bibliografia :
1 - Pharmacopêa portugueza., Impr. Nacional, 1876.
MOREIRA, Frederico., As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza - Ryoki Inoue Produções, 1971.

PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS DA FRUTA DO CONDE

Annona squamosa

Descrição: Da família das Annonaceae, também conhecida como anona, araticum, ata, cabeça-de-negro, condessa, coração-de-boi, fruta-pinha (ALMEIDA,44).
Árvore pequena, de até 8 metros de altura, casca castanho acinzentada, folhas ovais verde escuras na parte superior com pelos, na inferior. Flores pequenas, brancas, de fruto globoso quase esférico, com protuberância e muitas sementes.
Parte utilizada: folhas, sementes, frutos, casca do tronco, raízes.
Indicações: anemia, colite, desnutrição, diarreia, espasmo, verminose, fortalece a imunidade.
Princípios Ativos: cálcio, carboidratos; ferro; fósforo; hidratos de carbono; proteínas; sais minerais; vitaminas A, B1, B2, B5 e C. (1,27)
Propriedades medicinais: adstringente, aperiente, anti-helmíntica, antirreumática, antiespasmódica, inseticida, purgante (enérgico).
Fruta de Conde
Modo de usar:
- Infusão das folhas: anemia, colite, desnutrição, acalmar espasmos e câimbras, verminose;
- folhas e sementes: vermicidas, inseticidas;
- Raízes: purgante enérgico.
- Decocção da fruta verde, folhas e casca do tronco (adstringentes): colite crônica, fortificar o estômago e intestino. Tomar várias xícaras por dia;
- Fruta madura: fraqueza, anemia, desnutrição;
- Sementes (emetocatárticas): produzir vômitos e soltar o intestino, diarreia;
- Macerado das sementes pulverizadas, em álcool: combater caspa.
Contra indicações e cuiddos : Não deve ser consumida por quem está de dieta de emagrecimento porque possui alto valor calórico. (1,27)
Bibliografia :
1 - Guia Minha Saúde – Tudo Sobre Frutas., On Line Editora.
ALMEIDA, Mara Zélia de., Plantas Medicinais., SciELO - EDUFBA - 2003

FREIXO

Fraxinus excelsior

Árvore de origem européia, utilizada na tradicionalmente na medicina natura, como em casos de retenção de líquidos.
Descrição: Planta da família das Oleaceae, pertence, como a oliveira, o lilás, o jasmineiro, o alfenheiro e o aderno, que é constituída por mais 400 espécies., que cresce em bosques e beiras de rio.(MOREIRA,193)
É uma bela árvore dos climas europeus, podendo atingir 25 metros de altura, seu tronco é esbelto, à sua casca branda e acinzentada, aos seus ramos frágeis e à sua folhagem graciosa.
As folhas são características, isto é, dividem-se num número ímpar de folíolos não peciolados, e surgem tardiamente, no mês de junho, muito depois das flores.
Sua madeira flexível e resistente serviu durante muito tempo de matéria-prima para o fábrico de esquis; atualmente, é ainda muito utilizada em trabalhos de marcenaria.
Indicações: colesterol, dor, envelhecimento, gota, hálito, litíase, nevralgia, reumatismo, ureia, estimla a produção de insulina.
Estimula a circulação venosa, utilizada em casos de edemas, celulite, retenção de líquidos, má circulação e varizes.
Outrora, atribuía-se à sua madeira, aplicada sobre as mordeduras de serpente, o poder de evitar o envenenamento.
Princípios Ativos: heterósidos cumáricos, açúcares, resina, áciálico, vitaminas C e P, tanino, sais minerais, pigmentos.
Propriedades: adstringente, febrífuga (casca), diuréticolaxativointi-inflamatório, sudorífico, tônico.
Freixo
Colheita : É necessário colhê-las jovens, ainda recobertas pelo revestimento ligeiramente aderente e açucarado, e retirar o pecíolo antes de as secar; com as folhas prepara-se um chá considerado uma verdadeira bebida de rejuvenescimento.
Bibliografias :
BELES, João., Plantas Medicinais que Emagrecem., Leya, 2014
MOREIRA, Frederico., As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza., Ryoki Inoue Produções, 1971

FREIXO ESPINHOSO

Zanthoxylum Clava-Herculis

O freixo-espinhoso, um apreciado remédio fitoterápico na América do Norte, tem sido usado para inúmeros problemas, inclussive dor de dente.
Descrição: Planta da família das Rutaceae, também conhecida como clave de Hércules ou espinheiro cinza do sul.
É uma árvore espinhosa e aromática, cresce de 10 à 17 metros de altura, sendo pequena de caule espinhoso(SIMONINI,62), as folhas são glabras e coriáceas, compostas pinadas, 20 à 30 centímetros de comprimento, com 7 à 19 folíolos, cada folheto tem 4 à 5 centímetros de comprimento.
As flores são dioicas , em panículas de até 20 centímetros de comprimento, cada flor pequena tem 6 à 8 milímetros de diâmetro, com 3 à 5 pétalas brancas.
O fruto é uma cápsula dual valvulada, com diâmetro de 6 milímetros com uma superfície áspera, e contendo vários pequenas sementes negras.
Origem: Nativo do sudeste dos Estados Unidos.
História: Usada junto com o americanum Zanthoxylum, é chamada de "árvore de dor de dente" ou "língua formigando" por causa do entorpecimento da boca, dentes e língua induzida pela mastigação em suas folhas ou casca, ou esfregado nas gengivas a fim de aliviar dor de dente.(ZEINES,259)
Propriedades medicinais: Analgésicoantirreumático, diaforético, anti-inflamatório, estimulante circulatório, antibacteriano e estimulante da transpiração.
Princípios ativos : furanocoumarina, queleritrina.
Indicações:
Problemas reumáticos e artríticos: Ao estimular o fluxo sanguíneo e a eliminação de produtos residuais, pode aliviar sintomas reumáticos resultantes de tensão muscular ou má circulação. Pode ser especialmente útil no alívio de problemas músculo esqueléticos crônicos, como a fibromialgia. Geralmente é preferível combiná-lo com remédios anti-inflamatórios ou antirreumáticos, como a ulmária (Filipêndula ulmaría).
Má circulação : freixo espinhoso, um dos melhores remédios para a má circulação, estimula o fluxo sanguíneo arterial. Tomado várias semanas ou meses, com remédios como o noveleiro (Viburnum opulus), pode melhorar bastante o afluxo de sangue às mãos e aos pés. Pode ser útil em problemas como síndrome do canal cárpico, claudicação intermitente, Síndrome de Raynaud, varizes e hemorroidas.
Bibliografia :
Árvores, Guia Prático., tradução Lúcia Simonini., Nobel, 1999.
ZEINES, Victor., Boca Saudavel,corpo Saudavel., Editora Ground., 2000.
Veja a taxonomia do gênero zanthoxylum ;
Zanthoxylum ailanthoides
Zanthoxylum alatum
Zanthoxylum americanum
Zanthoxylum beecheyanum
Zanthoxylum bifoliolatum
Zanthoxylum bungeanum
Zanthoxylum caribaeum
Zanthoxylum clava-herculis
Zanthoxylum coreanum
Zanthoxylum coriaceum
Zanthoxylum dipetalum
Zanthoxylum fagara
Zanthoxylum flavum
Zanthoxylum hawaiiense
Zanthoxylum hirsutum
Zanthoxylum kauaense
Zanthoxylum martinicense
Zanthoxylum monophyllum
Zanthoxylum nitidum
Zanthoxylum oahuense
Zanthoxylum parvum
Zanthoxylum piperitum
Zanthoxylum planispinum
Zanthoxylum punctatum
Zanthoxylum sancho
Zanthoxylum schinifolium
Zanthoxylum simulans
Zanthoxylum spinifex
Zanthoxylum subserratum
Zanthoxylum thomasianum

FORTUNÃO

Kalanchoe gastonis-bonnieri

Descrição: Planta da família das Crassulaceae, também conhecida como jarancim, fortunão, folha-de-costa, erva-da-costa, planta-da-vida, folha-grossa, orelha-de-monge.
Parte utilizada: folhas.
Origem : Africa, em Madagascar
Propriedades medicinais: vulnerária, resolutiva, cicatrizante, refrigerante, tônica pulmonar.
Indicações: cefaleia, engorgitamento linfático, inchaço erisipeloso das pernas, calo, frieira, queimadura.
Modo de usar:
Folhas secas e tostadas: cefaleia, engorgitamento linfático e inchações erisipelosas;
Suco da planta: calo, frieira, queimadura.
fortunão

FOLHA DA FORTUNA

Bryophyllum pinnatum ou Bryophyllum calycinum

Essa planta tem a pricipal característica do tratamento de doenças de pele que provoquem danos celulares.
Descrição: Planta da família das Crassulaceae,(FERRI, 141) folha da costa, coirama, coiraman branca, coirama brava, sempre viva, folha milagrosa, roda do fortuna, orelha de monge efolha grossa (LORENZI, 185).
É uma planta sublenhosa, perene, carnosa, 1,5 de altura; caule de cor mais clara e os demais avermelhados; flores hermafroditas, tubulosas, penduladas, verde pálidas ou amarelo avermelhadas.
É uma planta muito resistênte e necessita de pouca humidade.
Partes utilizadas: Folhas frescas.
Indicações: Coqueluche e demais afecções do aparelho respiratório. Tratamento de úlceras e gastrites.
Seu principal uso é no tratamento de enfermidades que provoquem danos celulares, como urúnculos, queimaduras, gangrenas e cancros. (BUNN, 108)
Habitat: Originária da África
História: É usada como uma panaceia pela população indígena e ribeirinha e na medicina tradicional de outras regiões brasileiras e de outros países ao longo do mundo há centenas de anos.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis
Uso na gestação e na amamentação: contraindicada. É estimulante uterina. Não há Informações sobre seu uso na lactação.
Princípios Ativo: Mucilagens, taninos , ácidos gástricos, sais minerais e glicosídios.
Modo de Usar :
cataplasma - aquecer a folha e colocar sobre o local afetado no caso de furúnculos, em queimaduras ou outros ferimentos fazer uma pasta com a folha e colocar sobre a região machucada.
Suco - bater no liquidificador 1 folha com 1 xícara de chá de água. Tomar 2 vezes ao dia, entre as refeições.
Contraindicações : Gravidez para pacientes com deficiência Imunológica.
Posologia: Adultos: Suco de 1 colher de sopa de folhas frescas centrifugado, 2 vezes ao dia em uso Interno para as principais indicações: 1 colher de sopa de folhas frescas amassadas em pilão e acrescentadas a 1 xícara de leite morno para tosses, até 3 vezes ao dia.
Para úlceras estomacais e corno cicatrizante do aparelho gastrointestinal tomar 1 xícara 2 vezes ao dia, entre as principais refeições: 1 colher de sopa de folhas frescas amassadas em pilão, filtradas e acrescentadas a 1 colher de sopa de glicerina, pingar 2 a 3 gotas no ouvido dolorido 2 vezes ao dia: ou aplique em uma compressa sobre as áreas doloridas, 3 vezes ao dia; 3 a 6 colheres de sopa de folhas frescas amassadas em pilão até formar uma pasta, aplicadas topicamente para afecções da pele, durante 15 minutos, 2 vezes ao dia: 1 colher de sopa de folhas frescas em infuso em 1 xícara de água em uso interno para afecções urinárias, ingurgitamento dos vasos linfáticos e edemas dos membros Inferiores.
Crianças tomam de 1./3 a I;, dose. de acordo com a idade
Interação medicamentosa: Pode potencializar o efeito de barbitúricos; Pode potencializar o efeito de glicosídeos cardiotônicos digoxina e digitoxina: Pode potencializar o efeito medicamentos imunossupressores. Pode potencializar o efeito dos depressores do SNC
Precauções: Evitar seu uso por longos penados por seu efeito imunossupressor.
Folha da Fortuna
Farmacologia: A planta é muito rica em princípios ativos: A folha contém um grupo de princípios ativos - bufadienólideos - que tem despertado grande interesse dos cientistas. São muito semelhantes e estruturam a atividade a outros dois cardiotônicos: digoxina e digitoxina que são usados no tratamento clínico da doença cardíaca congestiva e complicações.
Eles demonstraram atividade antibacteriana, antitumoral, câncer preventivo e inseticida: A maioria dos usos tradicionais têm sido confirmados por pesquisas.
O Uso tradicional para infecções internas e externas são comprovadas. As folhas são antibacterianas, antivirais e antifúngicas, comprovadamente in vitro contra staphylococcus, E. coli. shigella. bacillus e Pseudômonas. Inclusive uma linhagem multidroga resistente. Um extrato aquoso de folhas de Kalanchoe em uso tópico e interno, preveniu e tratou Leishmaniose em humanos e animais.
O suco das folhas tem potente ação antihistaminica e antialérgica. Justificando seu uso tradicional em afecções respiratórias superiores e tosses. Num estudo in vitro com cobaias o suco das folhas demonstrou capacidade de proteger de reações anafiláticas quimicamente induzidas e morte pelo bloqueio seletivo dos receptores de histamina do pulmão.
Outro estudo in vitro confirmou o uso do extrato da folha em úlceras gástricas, protegendo cobaias de indutores de úlceras como stress, aspirina, etanol e histamina. Houve confirmação de efeito diaforético e efeito analgésico, anti Inflamatório e relaxante muscular: A ação anti-inflamatória é atribuída em parte aos efeitos imuno-moduladores e imuno-supressores documentados em pesquisa científica o extratos e suco da fruta suprimem reações imunológicas tanto desencadeadoras de resposta inflamatória quanto histamínica.
Foram demonstrados efeitos sedativos e depressores do SNC em estudos com animais, o extrato das folhas aumenta os níveis do GABA (ácido gama-aminobutírico), neurotransmissor cerebral: Onde cresce a planta, há seu uso na medicina popular com seus principais efeitos confirmados em pesquisas com cobaias, não é difícil entender o porque.
Nas afecções respiratórias superiores, problemas gastrointestinais, infecções da pele, olhos e ouvidos é considerada uma "folha milagrosa".
As pesquisas conduzidas com ratos provaram que a folha não apresenta toxidade com dosagens superiores a 5g/Kg de peso corporal o que equivaleria a mais de 300g para um adulto com 60Kg.
Entretanto há alguns relatos de intoxicação e até morte de ruminantes (gado e caprinos) após a ingestão de grande quantidade de folhas e flores, cerca de 20Kg de peso corporal (em torno de 16Kg para urna vaca de 800Kg).
Bibliografia :
BUNN, Karl., Glossário da Medicina Oculta de Samael Aun Weor., Editora Samael Aun Weor, 2012.
FERRI, Mário Guimarães - Botânica: Morfologia externa das plantas: organografia., NBL Editora, 1981
LORENZI, Harri, Francisco José de Abreu Matos - Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas., Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2002
MOREIRA, Frederico., As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza., Ryoki Inoue Produções, 1971

FO TI

Fallopia multiflora

Pra que serve o Fo-ti, erva da medicina oriental com propriedades ligadas ao rejuvenescimento e a fertilidade.
Descrição: Planta da família das Polygonaceae, também conhecida como polígono, fleeceflower, he shou, renouée à fleurs, he shou wu, fo-ti.
Parte utilizada: Raízes.
Princípios Ativos: Ácido crisofânico, amido, antraquinonas, betacaroteno, crisofenol, d-catequina, d-epicatequina, emodina, lecitina, rapontina, reína, riboflavina, tiamina, vitamina C.
Propriedades medicinais: anti-inflamatóriaantioxidantecardiotônica, energizante, estimulante, fortalecedora, hipocolesterolêmica, hipotensona, laxante, rejuvenescedora, revigorante, tônica.
Benefícios: rejuvenescimento, fertilidade, constipação, fortalecer e desinflamar lesões nos joelhos, tendões e ligamentos de ossos, aumenta a resistência dos músculos, ativar funções cardiovasculares, colesterol, pressão sanguínea.
Contraindicações/cuidados: Pode causar brotoejas (erupção cutânea com vesículas e acompanhadas de prurido) em pessoas sensíveis.
Efeitos colaterais: A raiz pode causar diarreia, e o uso excessivo, o enfraquecimento dos membros.
Fo ti

Flor de Lis

Iris versicolor

A Flor de Lis é muito usada nas formulações homeopáticas, tendo seus efeitos pouco comprovados cientificamente, porém popularmente é muito usada para problemas de constipação
Descrição: Pertence a família das Iridaceae, também conhecida como iris selvagem.
O nome iris no francês significa arco íris, pois na medicina tradicional homeopática essa flor faz a ligação do céu coma aterra. (1, 150)
Partes Utilizadas: Rizomas secos.
Origem : Costa Leste dos EUA. (1 ,150)
Para que serve :
A planta é utilizada na medicina alternativa para tratar constipação, melhorar as condições da pele e ajudar a limpar o sangue.
A lavagem com as folhas e raízes é feita para tratamento de contusões, infecção por estafilococos e doenças de pele, como a psoríase, acne e eczema.
Usada para enxaqueca em forma de compressa. (BALCH, 174)
Flor de Lis
Propriedades Medicinai: anti-inflamatória, catártico, colagogo, diurético, emético, estimulante, laxante, purgante, tônico glandular.
Cuidados: a planta só é utilizada em pequenas quantidades e a sua raiz só é utilizada seca.
A planta fresca pode causar dermatite.
Doses grandes da raiz de Flor-de-Lis podem causar náuseas e neuralgia facial.
Bibliografia :
(1) Essencias Florais Francesas., Editora Ground.
BALCH, James F. , Tratamentos naturais: um guia completo para tratar problemas de saúde com terapias naturais., Gulf Professional Publishing, 2005

FLOR DE CONE

Echinacea purpurea.

Planta tradicional da medicina homeopática norte americana, foi introduzida pelo convívio dos nativos com os colonizadores, muito utilizada para dor de cabeça e combater doenças venéreas.
Descrição: Planta da família das Asteraceae (ALMEIDA,156), também conhecida como flor-de-borboleta, purpúrea, púrpura. Suas inflorescências tem forma de cone inflorescências, mas nem sempre roxo. É também cultivada como planta ornamental. Atinge 1,2 metros de altura e 0,5 metros de largura na maturidade.
O termo Equinácea vem do grego e significa ouriço, em alusão à forma pontiaguda das brácteas.
Cultivo e Plantio: Dependendo do clima, que começa a florescer no final de maio ou início de julho. Suas flores hermafroditas, com órgãos masculinos e femininos em cada flor. É polinizada por borboletas e abelhas. Seus habitats incluem mata seca e aberta, pradarias e barrens, bem como leitos cultivados. Embora a planta prefere a terra argilosa ou arenosa, solos bem drenados, é pouco afetado pelo solo de pH . Incapaz de crescer na sombra, prospera em uma ou em solo úmido e seco pode tolerar a seca , uma vez estabelecida.
E. purpurea pode ser propagado tanto vegetativamente ou por sementes. Vegetativo técnicas úteis incluem divisão, estacas raiz, estacas e basal. Grupos podem ser divididos em pequenos cachos, que normalmente é feito na primavera ou no outono. Estacas feitas de raízes, que só irá desenvolver em plantas, quando começou no final do outono ou no inverno adiantado. Cortes de brotos basais na primavera pode ser erradicado quando tratados com hormonas de enraizamento .
Parte utilizada: Raízes, rizomas.
Origem: Estados Unidos.(CAVALCANTI, 133)
Indicações: Abscesso, acne, erisipela, ferida de difícil cura, fungo, gangrena, infecção respiratória superior, psoríase, septicemia, resfriados, impurezas no sangue, hemorróidas, difteria, furúnculos, gangrena.
Estudos científicos confirmaram a ação imunoestimulante da planta durante o tempo de estresse.
Estudos realizados pelo professor Sílvio Borak, levantaram a evidência de que o uso da flor de cone pode aumentar a produção da substância chamada interferon, utilizada no combate e prevenção da aids. (CAVALCANTI, 133).
Pelo interferon ser uma substância antiviral, esse pode combater lesões hérpicas e doença venérea.
Propriedades medicinais: antibacteriana, antiviral (PEET, 288) , antibiótico, afrodisíaca, antisséptica, anti-inflamatória, antimicrobiana, imunoestimulante, depurativa, fortificante, anti-herpes.
Princípios Ativos: Polissacarídeos com alto peso molecular: heteroxilana, arabinogalactano, equinacina, O-metil-glucoroarabinoxilan (polissacarídeo I), arabinoramnogalactan (polissacarídeo II), inulina (5,8%); Derivados do ácido cafeico: ácidos fenólicos (fenóis totais-ácidos clorogênico e equinacosídeo 0,5-1,0%, cinarina, ácido quínico, ácido cafeoil-tartárico, glicosídeo-cafeoil, verbascosídeo; Alquilamidas: Cerca de 20 derivados de isobutilamina de ácidos graxos de cadeia plana (de C11-C16): quinaceina, neoerculina, a-sanshool, ácido chicórico (0,04%); flavonoides: rutina, rutosideo (0,48-0,38%); Óleos essenciais (0,6%): Humuleno, borneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno; alcaloides (saturados tipo pirrolizidina); Isotussilagina e tussilagina 0,006%; Outros constituintes: betaína (carotenóides), resinas (1,9%) ácidos graxos (oleico, linolêico, cerotínico, palmítico), fitosterois, poliacetilenos, glicosideos do ácido quínico, sais minerais, achinolona, açúcares reduzidos (glicose, frutose, outras pentoses);
Contraindicações/cuidados: Excesso de consumo causa irritação de garganta; Seguir a posologia recomendada; Em caso de hipersensibilidade ao produto, descontinuar o uso; Usar cuidadosamente em portadores de Diabetes Mellitus pois Echinácea é muito rica em glicídeos, podendo alterar a glicemia.
As reações adversas com o uso de Equinácea são brandas e raras, podendo ocorrer gosto desagradável na boca, náusea e vômito, dor abdominal, diarreia, ardência e desconforto na garganta ou ao engolir, aumento da salivação, tonteira e dor de cabeça. Possíveis reações a quem tem alergia a girassóis.
Tieraona Low Dog, médica e herbalista do Novo México, afirma que não deve ser ingerida em doses altas, por isso não deve ser usado por longos períodos sem indicação médica. Recomenda-se que o uso não ultrapasse oito semanas consecutivas.(PEET, 288)
A flor de Cone e os índios norte-americanos :
Era utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais, e também para neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. (GUEDES, 195)
Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na Equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur.
Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol.
Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaleias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los.
Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de Equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a Equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca.
A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas, servindo como uma espécie de creme dental.
Foi introduzida na Inglaterra em 1699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados. Em 1890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norte-americana a exportar a Equinácea para o mercado europeu.
No final daquele século, a Farmacopeia Norte-americana considerou a tintura de Equinácea um imunomodulador.
Bibliografia :
ALMEIDA, Edvaldo R., PLANTAS ADAPTOGENAS E COM ACAO NO SISTEMA NERVOSO., 1. Edição., biblioteca24horas - 2009.
CAVACANTI, Rogério., Fitodontologia., 1. Edição, Clube de Autores - 2009.
GUEDES,
PEET, Margareth Smith /Shoshana Zimmermam., Se o Meu Médico Diz Que Estou Bem... Por Que me sinto tão mal., Butterfly Editora - 2007

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