caneleira, canela-do-ceilão Cinnamomum verum | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Cinnamomum verum J.Presl | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Cinnamomum verum, conhecido pelo nome comum de caneleira-verdadeira e frequentemente designada pelo seu sinónimo taxonómico Cinnamomum zeylanicum, é uma espécie de pequenas árvores perenifólias da família Lauraceae,[1] nativa do Sri Lanka,[2] sendo uma das espécies de cuja casca se produz a canela.
Descrição[editar | editar código-fonte]
Cinnamomum verum é uma pequena árvore com 10–15 metros de altura, com folhas de forma ovado-oblonga, com 7–18 cm de comprimento. As flores, que ocorrem em inflorescências do tipo panículas, com coloração esverdeada e um odor distinto. O fruto é uma drupa com 1 cm de comprimento, de coloração púrpura quando madura, contendo uma única semente.
O antigo nome botânico da espécie, Cinnamomum zeylanicum, deriva de Ceilão, o antigo nome europeu do Sri Lanka.[4] O Sri Lanka continua a deter 80–90% da produção mundial de Cinnamomum verum, que é também comercialmente cultivado nas ilhas Seychelles e em Madagáscar.[5]
A canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco. É muito utilizada na culinária como condimento e aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. Na medicina, empregada como os óleos destilados, é conhecida por 'curar' resfriados. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.
Etnobotânica e usos[editar | editar código-fonte]
A canela é conhecida desde da Antiguidade Clássica e foi tão valorizada que era considerada um item a ser presenteado a monarcas e outros dignitários.
É mencionada em Êxodo 30:23, quando Deus ordenou a Moisés o uso da canela (em hebraico: קִנָּמוֹן qinnāmôn) e cássia, e em Provébios 7:17-18, quando é referido que o leito nupcial é perfumado com mirra, aloé e canela. Também se encontra mencionada por Heródoto e outros escritores clássicos europeus.
No início do século XVI era trazida por comerciantes portugueses directamente do Ceilão (atual Sri Lanka, no sul da Ásia), chegando um quilograma a valer dez gramas de ouro. O comércio português no Oriente foi perdido progressivamente para a Companhia das Índias Orientais, holandesa, que se assenhoreou dos entrepostos portugueses na região a partir de 1638. As margens da ilha estão repletas dessa planta, relatou um capitão holandês, e é a melhor de todo o Oriente: quando uma pessoa está no litoral, pode-se sentir o aroma a oito léguas de distância.
Sendo uma especiaria muito mais cara do que a cássia, nativa da China e da Birmânia, normalmente a substitui. A casca do tronco de ambas as especiarias é facilmente distinguível, especialmente pelas suas características microscópicas: quando moídas e tratadas com tintura de iodo (teste para verificar o amido), um pequeno efeito pode ser visto na canela pura de boa qualidade, enquanto que a cássia apresenta uma coloração azul intensa.
Estudos indicam que o uso de canela na quantidade de uma colher de chá diariamente reduz significativamente o açúcar no sangue e melhora a taxa de colesterol (LDL e triglicerídeos).[6][7] Os efeitos, que podem ser conseguidos ao utilizar canela em chás, beneficiam também diabéticos. Não se sabe ao certo se o consumo de canela é eficaz no combate à hipertensão arterial. Há três estudos em andamento avaliando a questão do efeito na pressão sanguínea.
Pesquisas realizadas por Saulo Capim, professor do Instituto Federal Baiano, descobriram que do óleo de canela se obtém uma substância analgésica, semelhante à morfina e sem efeitos colaterais, que serve para alívio da dor e diminuição de infecções em geral. Pesquisadores na UFBA e Universidade Federal de Santa Cruz também conseguiram sintetizar três substâncias analgésicas e anti-inflamatórias a partir daquele óleo