língua-cervina Asplenium scolopendrium, | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Quase ameaçada | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Asplenium scolopendrium L. | |||||||||||||||
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Sinónimos | |||||||||||||||
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Asplenium scolopendrium, conhecida pelo nome comum de língua cervina, é uma espécie do género botânico Asplenium, da família da Aspleniaceae. A espécie aparece frequentemente incluída no género Phyllitis com a designação de Phyllitis scolopendrium (L.) Newman
Descrição e taxonomia[editar | editar código-fonte]
Feto com frondes longas, com até 50–60 cm de comprimento e 5–6 cm de largura, inteiras e sem lóbulos. A ráquis é de cor castanho escura, espessa, com brilho ceroso. Nervuras bem marcadas, especialmente na página inferior do limbo.
Os soros são lineares, com 12–15 mm de comprimento, localizados na página inferior da fronde, inserido paralelamente às nervuras na parte distal, mas sem se aproximarem da margem da fronde.
A espécie integra o complexo Asplenium, mas por ter frondes inteiras é por vezes inserido no género Phyllitis. Ainda assim, é um feto fácilmente identificável, pois as suas frondes não estão divididas e subdivididas em segmentos, como ocorre na quase totalidade das espécies deste tipo. O rizoma é alargado, recoberto de páleas de cor castanha.
Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]
Espécie com distribuição na Macaronésia e sudoeste da Europa. Presente em todas as ilhas dos Açores, embora raro na ilha do Corvo[4].
A. scolopendrium é uma espécie das áreas com elevada humidade atmosférica, preferindo habitats sombrios e abrigados, onde a humidade relativa do ar se aproxime frequentemente da saturação. Ocorre em geral acima dos 400 m de altitude (mais alto nas regiões com clima mediterrânico mais marcado), em ravinas ou em bosques densos. Quando a humidade do ar seja suficientemente elevada, apresenta comportamento epilítico, ocorrendo em fissuras de rochas, em especial nos recessos sombrios das escoadas de lava.
A dependência em relação ao ensombramento tornam a espécie vulnerável à desflorestação, mas permite a sua sobrevivência em associação com espécies invasoras, entre as quais o Pittosporum undulatum. O tamanho das suas frondes e a preferência por habitats hiper-húmidos leva a que seja frequente a presença de hepáticas epífilas sobre as plantas[3].
As populações de A. scolopendrium são em geral pouco numerosas e esparsas, aparecendo em geral associadas às formações mais densas da laurissilva ou dos matos higrófilos. É comum a associação da espécie com o pteridófito Trichomanes speciosum e com diversos briófitos[3].