Óleo de coco
O óleo de coco, azeite de coco ou manteiga de coco é um óleo vegetal que contém cerca de 90% de ácidos graxos extraídos mediante prensagem da polpa ou cerne dos cocos (Cocos nucifera).
Ele é muito empregado na indústria dos cosméticos (para elaboração de sabões e cremes) e também pode ser visto nas gastronomias de alguns países asiáticos.[carece de fontes]
O óleo de coco pode ter propriedade medicinal e não está provado que possa causar danos à saúde. Embora, muitos especialistas argumentem que possa ser prejudicial[1]. Há algumas evidências científicas de que o seu consumo por humanos e animais propicie melhoras na saúde e ajude a prevenir certas doenças.[2][3][4][5][6][7]
Corresponde 7% do total das exportações das Filipinas (maior exportador deste produto)
Emprego[editar | editar código-fonte]
Saúde[editar | editar código-fonte]
O óleo de coco virgem não é um medicamento, trata-se de um alimento e há muita evidência de que atue na prevenção de obesidade, devido a presença de triglicerideos de cadeia média (TCM)[2], que não são absorvidos pelo corpo, sendo prontamente disponibilizados ao organismo na forma de energia. As provas de que pode causar danos à saúde são anedóticas e baseadas em literatura jornalística.[1]
Nos testes em animais, o óleo de coco virgem reverteu a esteatose hepática restaurando a homeostase redox e o metabolismo lipídico em ratos Wistar machos[3]. Em ratos normais a suplementação dietética com óleo de coco virgem melhorou o perfil lipídico e o estado antioxidante hepático e possui benefícios potenciais nos índices de risco cardiovascular em ratos normais.[4]
Em outro estudo, com ratos Wistar, o óleo de coco reduziu o peso corporal, as concentrações de glicose no sangue, a pressão arterial sistólia e a rigidez diastólica. com estrutura e função melhoradas do coração e fígado. A nutrição de coco aumentou a massa magra do corpo total (tecido muscular)[6] .
Em seres humanos, o ácido láurico, presente no óleo de coco, presente no óleo de coco, teve efeito anti-proliferativo em células tumorais do cólon, mama e endométrio. Aumenta os níveis reativos de espécies de oxigênio, estimula a fosforilação de EGFR, ERK e c-Jun e induz a expressão de c-fos. Além disso, os dados evidenciam que o ácido láurico, através da via mediada por quinase associada a Rho, promove a formação de fibras de estresse, o que exerce um papel principal nas mudanças morfológicas associadas à morte celular apoptótica. Estudos adicionais foram considerados necessários.[5]
O Estudo Role of Diet and Nutritional Supplements in Parkinson’s Disease Progression, com 1053 indíviduos, associou o óleo de coco, dentre outros alimentos, a uma redução da doençã de Parkinson.[7]
Um estudo recente, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concluiu que o óleo de coco reduziu o IMC, melhorou o índice de adiposidade visceral, a pressão arterial diastólica e o nível dos triglicerídeos, bem como VLDL, em 136 pacientes. Os pacientes também fizeram a redução do consumo de óleo vegetal, chocolate e refrigerantes.[8]
É um alimento complementar. São encontradas diversas substâncias no óleo de coco, entre elas os ácidos graxos essenciais e o glicerol (com o qual o corpo produz ácidos graxos saturados e insaturados). O óleo de coco apresenta um alto índice de ácido láurico, ácido mirístico e ácido caprílico, entre outros. O ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano[carece de fontes].
Emprega-se fundamentalmente como humectante (em forma de sabões) e atua sobre a pele ajudando a reter a umidade. [carece de fontes]
Culinário[editar | editar código-fonte]
Quando submetido a altas temperaturas, o óleo de coco virgem não perde suas características nutricionais, sendo considerado um óleo estável. É também considerado o mais saudável para cozinhar, não apresentando gordura trans gerada pelo processo de hidrogenação, que está presente em todos os óleos de origem vegetal, como os de soja, canola, milho e oliva.[carece de fontes]
Industrial[editar | editar código-fonte]
O óleo de coco é um gerador de espuma e por esta razão se emprega na indústria de elaboração de sabão, além da industria alimentícia, na elaboração de coberturas de chocolate para sorvetes. Na produção de resinas para a indústria química, nos produtos de confeitaria e na elaboração de "snacks" junto com o óleo de palma (ou dendê).[carece de fontes]
É matéria-prima para a produção de dietanolamidas de ácido graxo de coco, derivados do álcool láurico como os lauril sulfato de sódio, inibidores de corrosão, óleo sulfonados e diversos outros produtos na indústria de matérias primas para cosméticos, produtos de limpeza e aditivos de diversos fins e como biodiesel.[carece de fontes]
Produção[editar | editar código-fonte]
Óleo virgem[editar | editar código-fonte]
O óleo de coco pode ser extraído através de processamento "seco" ou "molhado". O processamento a seco requer que a massa seja extraída da casca e seca usando fogo, luz solar, ou forno para criar copra.[9] A copra é processada ou dissolvida com solventes, produzindo óleo de coco e uma polpa com alto teor proteico e de fibras. A polpa geralmente é utilizada para alimentar ruminantes, visto que ela não tem qualidade suficiente para os padrões industriais. Não há nenhum processo para extrair a proteína da polpa.
O processo "molhado" usa coco cru ao invés de copra, e as proteínas presentes no coco criam uma emulsão de água e óleo.[10] Quebra-se então a emulsão por fervura prolongada, centrifugação ou pré-tratamentos incluindo frio, calor, ácidos, sais, enzimas, eletrólise, ondas de choque, destilação a vapor, ou alguma combinação.
Óleo refinado[editar | editar código-fonte]
O óleo refinado geralmente é feito a partir de grãos de coco secos, que são pressionados em uma prensa hidráulica aquecida para extrair o óleo. Isto produz praticamente todo o óleo presente, representando mais de 60% do peso seco do coco. Este óleo de coco "bruto" não é apropriado para o consumo porque contém contaminantes e deve ser refinado com mais aquecimento e filtragem.[11]
Um outro método para a extração de óleo de coco envolve a ação enzimática da alfa-amilase, poligalacturonase e proteases em uma pasta de coco diluída.[12]
Hidrogenação[editar | editar código-fonte]
O óleo refinado pode ser processado ainda mais em óleo parcialmente hidrogenado ou óleo hidrogenado, para aumentar seu ponto de fusão. Como óleos virgem e refinado derretem a uma temperatura de 24°C, alimentos contendo óleos de coco tendem a derreter em climas quentes. Por isso, um maior ponto de fusão é desejável nesses climas. O ponto de fusão do óleo de coco hidrogenado varia entre 36 e 40 °C.[carece de fontes]
Composição de ácidos graxos[editar | editar código-fonte]
- Ácido capróico C-6 = 0,0 – 0,8
- Ácido caprílico C-8 = 5,0 – 9,0
- Ácido cáprico C-10 = 6,0 – 10,0
- Ácido láurico C-12 = 44,0 – 52,0
- Ácido mirístico C-14 = 13,0 – 19,0
- Ácido palmítico C-16 = 8,0 – 11,0
- Ácido palmitoleico C-16:1 = 0,0 – 1,0
- Ácido esteárico C-18 = 1,0 – 3,0
- Ácido oleico C-18:1 = 5,0 – 8,0
- Ácido linoleico C-18:2 = Traços – 2,5
- Ácido araquídico C-20 = 0,0 – 0,4}}
O coco pode ser considerado um alimento funcional, pois é rico em proteínas, carboidratos, óleos e minerais e vários componentes benéficos à saúde, classificados como nutracêuticos, como os ácidos láurico, mirístico e palmítico.[13]
Cerca de 40% da gordura do coco é composta pelo ácido láurico.[14] No corpo humano, se transforma em monolaurina, um monoglicerídeo de ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária, usado pelo organismo para destruir a capa lipídica de vários microorganismos.