quarta-feira, 20 de maio de 2015

cebolinha-de-jardim


bulbine, cebolinha-de-jardim
Bulbine frutescens
Fico sempre atento à origem das plantas. Só assim consigo obter os melhores resultados nos meus projetos. No caso desta espécie, usada principalmente para forração, é importante destacar que ela cresce espontaneamente nos vales secos da província do Eastern Cape (Cabo Oriental) na África do Sul, onde os verões são muito quentes e o invernos frios, mas sem ocorrências de geadas. São de lá uma grande parte das 20 mil espécies que esse país possui, colocando-o entre os dezessete megadiversos do planeta com aproximadamente 10% de todas as plantas conhecidas pelos botânicos. Agapantos, várias espécies de áloes, aspargos, clorofitos e o cheiroso alho-social são também sul-africanas e da mesma família que o bulbine. Todas dependentes de sol e solos muito bem drenados, características típicas de regiões áridas. 
Suas flores são melíferas e as folhas suculentas produzem um suco gelatinoso, parecido com o da babosa, que é fantástico no caso de picadas de insetos, minimizando os efeitos de queimaduras e rachaduras da pele, especialmente nos lábios – inclusive, segundo me falaram, nos casos de herpes labial.
Perene e entouceirada, a usei pela primeira vez em 1980, quando ainda era uma planta rara. Aconselhado pelo meu amigo Nuto, da floricultura Campineira, ele a recomendou para um jardim que eu estava projetando na península do Rio Vermelho, em Salvador-BA. Segundo ele, desenvolveria bem, beneficiando-se dos ventos marítimos e do sol intenso do lugar. Não deu outra, foi um sucesso!
E é bom lembrar que, na época, todos ficaram receosos com as poucas possibilidades que o local oferecia. Ventos constantes e salinos, solo rochoso e muito sol não pareciam favoráveis a um jardim bacana e sustentável. Bobagem! O mudo vegetal oferece, generosamente, opções para cada situação e meu cliente baiano ficou feliz com o paisagismo de sua casa, colorido e de manutenção simples.
Por isto, não insista em cultivar plantas que não sejam exatamente sintonizadas com o espaço, tanto se tratando de clima como também do solo.
  • Sinônimos estrangeiros: snake flower, cat’s tail, burn jelly plant (em inglês); balsem kopieva, geelkatstert (em africaner) flor-de-cobra, rabo-de-gato (em espanhol).
  • Família: Liliaceae.
  • Características: Herbácea usada como forração.
  • Porte: 25 cm.
  • Fenologia: Ano todo.
  • Cor da flor: Amarela ou alaranjada.
  • Cor da folhagem: Verde-acinzentado (suculentas).
  • Origem: Sudeste da África do Sul.
  • Clima: Subtropical/ tropical (não tolera geadas).
  • Luminosidade: Sol pleno.

Chrysopogon zizanioides , comumente conhecido como vetiver e khus , é um capim pereneda família Poaceae

  Chrysopogon zizanioides  , comumente conhecido como  vetiver  e  khus , é um  capim  perene da  família  Poaceae Chrysopogon zizanio...