papo-de-peru-grande, mil-homens, jarra-açu, orelha-de-elefante, jarrinha-monstro
O nome botânico desta trepadeira com folhagem densa vem do grego aristos = excelente e lochios = parto, por causa do poder de determinar contrações do útero. No “Dicionario Brasileiro De Plantas Medicinais”, de Meira Penna, editado em 1946, são relacionadas dezessete variedades destas Aristolochias, que chamavam a atenção dos botânicos desde a época em que Carl Von Martius viajou por diversas regiões do Brasil, quando veio junto com a comitiva da imperatriz Leopoldina, mulher de D. Pedro I. Muitas delas eram usadas pelos indígenas para picadas ou mordeduras de animais peçonhentos, como a A. classenii. A flor, com um lábio peltado muito grande e oval, chegando a ter 50 cm de comprimento e 30 cm de largura, é ornada de pregas e manchas avermelhadas, parecendo um tanto murcha e com o aspecto de carne dependurada. O cheiro, quando sentido de perto, não é muito agradável e atrai insetos miúdos, especialmente moscas. Ótima para caramanchões.
- Sinônimos estrangeiros: pipa del holandês (em espanhol); Giant pelican flower, Giant dutchman’s pipe (em inglês).
- Família: Aristolochiaceae.
- Características: trepadeira sarmentosa, lenhosa e fina. Crescimento rápido.
- Porte: até 6m, com suporte.
- Fenologia: primavera, verão, outono.
- Cor da flor: marrom avermelhada ou arroxeada, com impressões ou marcas cor-de-rosa ao longo de ‘veias’ brancas. Ao fundo do cálice a cor predominante é amarelo um pouco alaranjado.
- Cor da folhagem: verde claro.
- Origem: Costa Rica e Panamá, nativa do Brasil, comum na caatinga do Nordeste, especialmente na Bahia e é a região que margeia o rio São Francisco, nos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
- Clima: tropical (não tolera geadas).
- Luminosidade: sol pleno ou, preferencialmente, sombra parcial, já que em pleno verão suporta mal os raios solares entre meio dia e 15 h.