Mikania amara
Descrição : Da família das Compostas. Trepadeira de caule cilíndrico e ramos lenhosos, castanho pubescentes, folhas pecioladas, opostas, largo-oval--triangulares, acuminadas, até 10 cm de comprimento e 6cm de largura, peninervadas, coriáceas, glabras e luzidias na página superior e pubescentes na inferior; flores brancas dispostas em capítulos longo pedunculados, 4-floros, corimboso paniculados; brácteas foliáceas espessas, mais ou menos oblongas; fruto aquênio cilíndrico, glabro, de 4mm; papo composto de 40 cerdas avermelhadas. Abunda nos jardins e quintais de todo o Brasil, mais para efeito medicinal do que ornamental. Diz-se que o extrato "administrado a animais, provoca vômitos, diarreia, aceleração da respiração, diminuição da frequência do pulso, abaixamento da pressão sanguínea, albuminúria, abaixamento da temperatura e morte". (Dr. A. J. de Sampaio.) Entretanto, a infusão teiforme das folhas é comprovadamente tônica e não causa a mínima perturbação ao homem. As folhas e os ramos novos são muito aromáticos e, no estado fresco, aumentam seu aroma, mas após a secagem perdem quase todo o aroma. Depois de perderem o aroma, tornam-se amargas. Há a variedade do Guaco (M. argyrostigma, Miq., M. cuneata Schultz-Bip, M. guaco HBK., M. guaco De Rieux, M. tallafana HBK.), de folhas maiores, membranosas, com a base dilatada em pecíolo decorrente alado. Extremamente disseminado por todo o país; contudo a Amazônia e as Guianas são o seu habitat natural.
Propriedades medicinais: Febrífuga, estimulante, tônica, expectorante e anti-helmíntica; entra na composição de vários xaropes peitorais nacionais e estrangeiros e foi experimentada na Europa como antirreumática e febrífuga.
Indicações: Como planta medicinal têm sido objeto de longos estudos e embora apenas se conheça a presença, no caule e nas folhas, de um alcaloide febrífugo, suas virtudes medicinais não são contestadas embora sejam exageradas por uns e depreciadas por outros; constituindo-se "um recurso para combater as febres intermitentes, as tosses, a coqueluche, a gota, o reumatismo, a sífilis e até a hidrofobia, sendo ainda reputada útil contra o cólera-morbo e a mordedura de cobras e escorpiões.