domingo, 12 de novembro de 2017

Indicações da Catuaba

Anemopaegma arvense

Descrição :
Da família das Bignoniáceas. Conhecidíssima, a Catuaba apresenta-se em 3 ou 4 espécies. Seu nome significa "folha boa" ou "árvore boa".
A primeira espécie: Anemopaigma glaucum, M. É um arbusto ereto, ramoso, glabro, com folhas longo-pecioladas, ternadas, sendo as inferiores às vezes conjugadas, com folíolos oblongo lanceolados ou espatulados, obtusos ou mucronados no ápice, estreitos na base, até 12cm de comprimento, densamente glandulosos, rígidos, coriáceos, 3-nervados, concolores, raramente pubescentes e glabros; suas flores são campanuladas, de 6cm ou mais, dispostas em racimos. Seu fruto é uma cápsula elíptica, obtusa, plana, amarela, medindo até l0cm de comprimento e 6cm de largura. É medicinal, sendo eficaz no combate à sífilis. Vegeta em Minas Gerais e na Bahia. Suas sementes são elípticas e medem 5cm de comprimento e 4cm de largura.
A segunda espécie : Phulanthus no bílis, Muell. Arg., da família das Euforbiáceas, é um arbusto ou árvore de 4 até 20m de altura, com folhas curto pecioladas, lanceolados, oblongas ou oblongo elípticas, agudas ou acuminadas, até 14cm de comprimento, estipulas inteiras; glabras. Suas flores de 4 estames e seu fruto, cápsula de 8mm de diâmetro. Subdivide-se em várias outras espécies como a brasiliensis (Cicca brasiliensis, Baill), guyanensis e Riedelianus, que têm propriedades tônicas, são estimulantes e até afrodisíacas. Existem muitas outras espécies de Catuaba, mas ao que parece não contêm propriedades tônicas, são estimulantes e até afrodisíacas. Existem muitas outras espécies de Catuaba, mas ao que parece não contêm propriedades terapêuticas, especialmente as que vegetam nas Antilhas, na América Central e no México. Conhecida também por pau-de-resposta.
A Terceira espécie : a catuaba-do-mato, Ilex conocarpa reiss, da família das Aquifoliáceas, é um arbusto ou árvore, com ramos ligeiramente sulcado pubescentes, com folhas pecioladas, até 8cm de comprimento, serradas, com pontos escuros na parte superior. Esta espécie é muito útil quanto ao aspecto terapêutico, pois é melífera, e suas folhas são tônicas, diuréticas e estomáquicas, substituindo até mesmo a erva-mate. Contém umidade, celulose, substâncias albuminoides, gomosas, sais inorgânicos, matéria extrativa, sacarina, ácido resinoso, ácido matetânico, cafeína pura, resina mole e princípio amargo. Fornece também material para o fabrico de tinta preta. Vegeta nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Quarta Espécie : Anemopaegma mirandum, da família das Bignoniáceas. Por se tratar de planta essencialmente medicinal, de largo emprego na terapêutica, vamos estudá-la. É um arbusto de rizoma lenhoso, branco e duro, medindo até 15mm de diâmetro; seu caule quadrangular ou sub-cilíndrico, pubescente ou aveludado, medindo até 40m de altura. Suas folhas são compostas, 3-folíolas, sésseis, folíolos (6-8) estreito lineares ou linear oblongos, agudos ou obtusos, estreitos na base e com as margens revolutas, ásperos e glabros; suas flores axilares, solitárias, grandes, pedunculadas, de corola infundibuliforme, amarelas com fauce branca ou sulfúrea; seu fruto é uma cápsula ocrácea, acuminada na base, valvas lenhosas e espessas, até 8cm de comprimento; suas sementes elípticas com ala hialina. É planta ornamental de grande efeito. Suas virtudes medicinais são comprovadas e é usada como estimulante, ótimo peitoral, antissifilítica e também afrodisíaca. Seu grande habitai é São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Há também outras variedades como a angustifolia, glabra, cujos ramos são glabros e folíolos linear oblongos; a nanceaefolis, latifolia, cujos ramos são pubescentes, aveludados e folíolos linear oblongos; a petiolata, de folhas longo pecioladas e folíolos estreito lanceolados, obtusos; a pubertula, de ramos pubescentes e folhas oblongas, obtusíssimas; sessilijolia (A. acutilolium, DC., A. sessili-jolium, M.); e a verticillata, de folhas sésseis e folíolos estreitíssimos, reticulados, glabros.
Princípios Ativos: alcaloide (semelhante à atropina e à ioimbina), substâncias amargas (catuabina), matérias aromáticas, taninos , resinas, lipídeos.
Propriedades medicinais: Ansiolítico, afrodisíaco, anti-sifílico, digestiva, diurético muito ativo, estimulante geral, estimulante e tonificante do sistema nervoso, expectorante, peitoral, tônico, vasodilatador.
Indicações: Afecção do sistema nervoso, bronquite crônica, concentração, convalescença de doença grave, doenças nervosas e emocionais, esgotamento, falta de memória, fraqueza, frigidez, hipocondria, impotência sexual, insônia nervosa, insuficiência mental, nervosismo, neurastenia, paralisia parcial, raciocínio.
Parte utilizada: Folhas, raiz, casca.
Contraindicações/cuidados: Portadores de glaucoma têm que conferir a pressão ocular e evitar o uso contínuo de catuaba pois ela pode aumentar o glaucoma; Paciente com pré-excitação ventricular, como no caso da síndrome de Wolf-Parkinson-Wite, podem desenvolver taquicardia; Pessoas sensíveis podem ter cefaleia por causa do ioimbina; Contra indicado para grávidas, recém-nascidos e crianças pequenas.
Modo de usar:
- 20 g no vinho branco (pode misturar marapuana). Deixar 7 dias e tomar um cálice nas refeições: estimulante geral, afrodisíaco;
- Infusão no álcool, para uso externo: paralisias parciais.
- Pó das folhas: 0,5 g três vezes ao dia: afrodisíaco e tonificante do sistema nervoso, doenças nervosas e emocionais, período de convalescença de doenças graves, dificuldade de raciocínio e concentração, impotência sexual;
- Extrato fluído das folhas: duas colheres das de sobremesa ao dia três vezes ao dia.
- Infusão das folhas. Tomar 2 colheres de sobremesas ao dia: afrodisíaco, tonificante do sistema nervoso, doenças nervosas e emocionais, período de convalescença de doenças graves, dificuldade de raciocínio, concentração, impotência sexual;
- Decocção da casca : afecções do sistema nervoso, falta de memória, nervosismo, anti-sinfílico, convalescença, digestão, esgotamento, estimulante, expectorante, frigidez, fraqueza, hipocondria, insônia (de origem nervosa), impotência sexual, insuficiência mental, neurastenia, neurastenia, peitoral, tônico e estimulante do sistema nervoso.
Farmacologia: A catuaba modifica as funções neuro vegetativas, a nível dos centres nervosos e dos impulses nervosos dos nervos motores. Os alcaloides atropínicos causam midríase por paralisação das fibras musculares da pupila; Verificou-se que a Catuaba tem atividade parassimpaticometica e adrenérgica. A iombina reduz a adesividade plaquetária, tem ação vasodilatadora e protetora do endotelio capilar; Dilata a artéria peniana e aumenta o tempo de ereção.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de rizomas em decocção até 3 vezes ao dia.
Superdosagem: Não há relatos, caso ocorra devera ser feito o esvaziamento gástrico, lavagem com soro fisiolágico e colocação de sonda nasogástrica. Em caso de sintomas apatropínicos intensos deve-se usar um colinérgico ou um B-bloqueador, com monitoramento e assistência ventilatória eventual.
Catuaba

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