A orelha-de-gato é uma planta suculenta, pertencente à família Crassulaceae e com origem na África.
Sua folhagem é muito curiosa e ornamental, que chama a atenção pela disposição e forma, mas principalmente pela cor e textura, que lembram a orelha de bichos fofinhos, e lhe renderam apelidos carinhosos como orelha-de-gato e planta-panda.
Suas folhas são espessas, de formato oblongo-lanceolado, côncavas em sua face superior. Elas são recobertas por pelos curtos e brancos, que lhe dão o aspecto de pelúcia.
Em suas grossas margens denteadas há manchas formadas por pelos escuros, de cor marrom, que delineam o formato das folhas e complementam o raro visual desta planta.
O caule é curto, ramificado e de crescimento lento, e as folhas se dispõem sobre ele em rosetas. Floresce na primavera, despontando inflorescências terminais, com flores tubulares na cor rosa ou salmão, de importância ornamental secundária.
Você pode obter um excelente contraste com a orelha-de-gato quando plantadas em canteiros bem drenáveis, assim como vasos e jardineiras plantadas. A cor cinza prateada desta planta chama a atenção por si só, além de enaltecer a cor das outras espécies.
Utilize-a em jardins desérticos ou do tipo “xeriscape”, com baixa necessidade de água, combinando com outras espécies que apreciem este habitat, como suculentas, cactos, agaves, etc. A textura macia e delicada a tornam uma planta de escolha também para jardins sensoriais, vistos não somente com os olhos, mas também com as mãos.
CultivoA orelha-de-gato é uma planta fácil de cultivar, própria para colecionadores ou jardineiros iniciantes. No entanto, ela é mais resistente à negligência do que ao excesso de cuidados, principalmente no que se refere à umidade.
Você pode esquecer-se de regá-la por bastante tempo e ainda assim ela ficará bem, mas se regar em demasia, logo perderá sua planta. Para um aspecto mais denso, cultive a orelha-de-gato sob mais luz, e para um crescimento mais solto, menos luz.
Deve ser cultivada sob meia sombra ou abundante luz indireta, em substrato arenoso, perfeitamente drenável e enriquecido com matéria orgânica, próprio para plantas suculentas e cactáceas.
As regas devem ser abundantes, porém espaçadas, permitindo que o substrato seque bem entre uma irrigação e outra. É importante evitar molhar o caule ou as folhas, pois a água empoçada entre os delicados pelinhos podem proporcionar o surgimento de doenças fúngicas e bacterianas.
Não tolera encharcamento, frio intenso (abaixo de 5°C) ou geadas. Em áreas de clima subtropical a temperado, convém levar as plantas para ambientes internos ou estufas no inverno, e assim protegê-las do frio.
Jamais utilizar pratos sob o vaso desta suculenta, sob pena de provocar o rápido apodrecimento de suas delicadas raízes. Adube com fertilizantes próprios para cactos e suculentas e troque o substrato a cada dois anos.
Sua multiplicação é facilmente feita por estaquia de folhas maduras, destacadas e deixadas a cicatrizar por pelo menos um dia antes de serem postas a enraizar em substrato próprio.