andirova, andiroba-suruba[1], angirova, carapa e purga-de-santo-inácio
Andiroba | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Carapa guianensis Aubl. |
A andiroba (Carapa guianensis Aubl. ), também conhecida como andirova, andiroba-suruba[1], angirova, carapa e purga-de-santo-inácio, é uma árvore da família Meliaceae. O nome deriva de ãdi'roba, termo tupi que significa "óleo amargo"[1], numa referência ao óleo extraído das sementes da planta. É reconhecida oficialmente pelo Ministério da Saúde do Brasil como possuidora de propriedades fitoterápicas.
Nomes científicos[editar | editar código-fonte]
Carapa guaianensis e Carapa procera (há pequenas diferenças entre as duas espécies). São ambas usadas medicinalmente.
Família[editar | editar código-fonte]
Meliáceas (mesma do cedro, canjerana, mogno e cinamomo).
Características[editar | editar código-fonte]
Árvore de grande porte, que chega a atingir 30 metros de altura. O fuste (parte que vai do solo aos primeiros galhos) é cilíndrico e reto. A casca é grossa, tem sabor amargo e desprende-se facilmente em grandes placas, possuindo aplicação na marcenaria, na carpintaria e na medicina popular[1]. Copa de tamanho médio e bastante ramosa. A inflorescência é uma panícula (espécie de cacho). As flores são pequenas, de cor amarela, creme ou vermelha.
O fruto é uma cápsula que se abre quando cai no chão, liberando de quatro a seis sementes. Floresce de agosto a outubro na Amazônia e frutifica de janeiro a maio. Porém, há muitas variações dependendo da região. É nativa da Amazônia. O óleo, conhecido como "azeite-de-andiroba"[1], é extraído das suas sementes e utilizado para a produção de: repelente de insetos, antissépticos, cicatrizantes e anti-inflamatório.
É muito utilizada pelas populações da Região Norte do Brasil. Utiliza-se também em animais que apresentam ferimentos. É aplicado o óleo de andiroba sobre as partes feridas e expostas, evitando a contaminação e aproximação de insetos nocivos.
Origem[editar | editar código-fonte]
É originária da América Central, América do Sul, Caribe e África tropical. No Brasil, ocorre em toda a Bacia Amazônica, principalmente em regiões de várzeas e áreas alagáveis ao longo dos igapós. Também é encontrada desde o Pará até a Paraíba.
Plantio[editar | editar código-fonte]
Em condições naturais, as sementes perdem o poder de germinação rapidamente. Para manter a viabilidade, a melhor forma de armazenamento é em câmara seca ou úmida, acondicionadas em sacos plásticos. As sementes são plantadas sem nenhum tratamento em recipientes individuais, contendo substrato rico em matéria orgânica e em ambiente semi-sombreado. A germinação acontece entre 25 e 35 dias depois da semeadura. Em seis ou sete meses, as mudas estão prontas para ir ao campo, onde o desenvolvimento é rápido. Entretanto, tal qual as outras meliaceas brasileiras, o seu fuste é constantemente atacado pela larva da lagarta Hypsipilla grandella, a exemplo do que ocorre nos plantios de Cedros e Mognos, o que atrapalha o plantio comercial da espécie.
Óleo de andiroba[editar | editar código-fonte]
O óleo contido na amêndoa da andiroba é amarelo-claro e extremamente amargo. Quando submetido a temperatura inferior a 25°C, solidifica-se, ficando com consistência parecida com a da vaselina. Contém substâncias como a oleína, a palmitina e a glicerina. Possui propriedades anti-sépticas, antiinflamatórias, cicatrizantes e inseticidas. O sabão produzido a partir do óleo da andiroba combate a doenças de pele e também é um bom repelente contra mosquitos. Além disso, o óleo tem um efeito tónico no cabelo e também pode ser utilizado como um óleo de massagem.[3].[4].[5].[6]
Dados físico-químicos do óleo de Andiroba | ||
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Indice | Unidades | Reference values |
Índices de refração (40 ºC) | - | 1,47 |
Índice de Iodo | gl2 | 65 - 75 |
Índice de Saponificação | mg KOH\g | 190 - 210 |
Densidade (15 ºC ) | gr\ltr | 0,9261 |
Ponto de fusão | ºC | 22,0 |
Materia insaponificavel | % | 3 - 5 |
Composição acidos-graxos do óleo de andiroba[7]
Ácidos graxos | Unidade | Composição |
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Ácido palmitico | % peso | 25 - 32 |
Ácido palmiotoleico | % | 0,8 - 1,5 |
Ácido esteárico | %peso | 6 - 13 |
Ácido oleico | % peso | 45 - 58 |
Ácido linoleico | % peso | 6 - 14 |
Saturado | % | 40 |
Insaturado | % | 60 |
Usos[editar | editar código-fonte]
Popularmente, o óleo é utilizado para contusões, inchaços, reumatismos e cicatrizações, esfregando-se sobre o local machucado. Como repelente, há quem passe o óleo sobre a pele e quem queime o bagaço. A vela que está no mercado é feita com o bagaço. Deve ser acesa de manhã e à tarde, na hora em que os mosquitos começam a atacar. Na indústria cosmética, usa-se o óleo em sabonetes, xampus e cremes. O óleo é tido como remédio para calvície. Também funciona bem como solvente natural. Usa-se também como reconstituinte celular da derme, eliminando inflamações e dores superficiais.tem ação purgativa na eliminação de vermes.
Causas de risco de extinção[editar | editar código-fonte]
Principalmente por não ser uma planta muito forte, as chuvas fortes e derrubadas estão pondo em risco a sua sobrevivência. Justamente pelo fato de ser uma planta medicinal, seu risco de extinção preocupa. Faz parte do módulo da vitrine de técnicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Floresta, num sistema agroflorestal multiestrato.