Ocimum basilicum
Uma das plantas medicinais de uso mais antigo, cercada de lendas e misticismo é considerada sagrada na índia, também conhecida como manjericão. Na Itália, o manjericão é oferecido à pessoa amada como uma prova de fidelidade, e, no campo, os jovens usam um raminho atrás da orelha quando vão cortejar uma moça.
Descrição : Planta da família Labiadas, também conhecida como manjericão, manjericã , manjericão da folha larga, manjericão grande, erva real, manjericão dos cozinheiros e basílica.
Cultivado nos jardins, com folhas numerosas, agudas e obtusas, flores pequenas, brancas , numerosas e disposta em racimos simples
Aromático, de folhas pecioladas, ovais, grosso serradas, aguadas, subcarnosas, , seu que seu fruto é glabro, como cápsula pequena contendo 4 sementes.
Sua produção é grande em São Paulo (O. fluminense Vell.).
Curiosidades : Na Itália, o manjericão é oferecido à pessoa amada como uma prova de fidelidade, e, no campo, os jovens usam um raminho atrás da orelha quando vão cortejar uma moça.
Ela pode responder dizendo "Baccio, caríssimo" ou seja "Beije-me, querido". Baccio é o nome do manjericão na Itália.
A alfavaca sempre foi uma planta popular na Grécia, onde se festeja o aniversário de São Basílio de Cesareia, no primeiro dia de Janeiro, é provável que não haja nenhuma ligação, mas Basílio, o Grande, nasceu em 327 na Cesareia da Capadócia, uma região ao leste da Ásia em que o manjericão crescia.
Partes utilizadas : folhas e flores frescas, sementes e óleo essencial.
Habitat: É nativo da Ásia tropical, tendo sido trazido para o Brasil pelos s. É mais difícil de encontrar que o manjericão comum. Na verdade são variedades diferentes da mesma espécie botânica.
Sua produção em maior escala dá-se no Rio Janeiro e no Estado do Ceará. Também na Bahia é cultiva, usada e tem o nome de Santa Maria, sendo que em Perra buço seu nome é alfavaca-de-cheiro.
É um condimento empregado no mundo inteiro e faz parte das farmacopeias chinesa e aiurvédica.
História: Uma das plantas medicinais de uso mais antigo, cercada de lendas e misticismo é considerada sagrada na índia. Tem uso em magia e em diversas religiões.
Seu nome é derivado da palavra grega basileus, que significa rei.
Na Índia, uma espécie de manjericão é consagrada a Krishna e a Vishnu, plantada nos túmulos, é o passaporte hindu para o paraíso.
O Ocimum basilicum entrou na literatura com o famoso conto de Decamerão, de Boccaccio, "Isabela, ou o vaso de basílico".
O poema de Keats com o mesmo título foi escrito quinhentos anos depois.
Uma carta datada de 27 de abril de 1818 informa que ele terminou as primeiras estrofes de "Isabela, ou o vaso de basilíco". mas deixou em seu manuscrito sobre Shakespeare, pedindo para serem enviadas a Teignmouth.
No poema, Isabella descobre os restos mortais do amante cruelmente assassinado por seus irmãos, e o enterram sob um vaso de manjericão, que era sempre regado com suas lágrimas.
As ervas e os planetas : Essa forte erva aromática recebe, muito apropriadamente, a influência de marte, planeta historicamente associado a grande energia.
Plantio
Multiplicação: reproduz-se por sementes ou estacas (ramos);
Cultivo: prefere clima quente e solos bem drenados. Planta-se o ano todo, de preferência na primavera. O espaçamento deve ser de 50 cm entre plantas. Responde bem a adubação orgânica. Não tolera solos úmidos. Irrigue somente em épocas de pouca chuva;
Colheita: colhem-se as folhas de ramos terminais no início da floração. Podem secá-las em local arejado e à sombra ou usá-las ainda verdes.
Propriedades : analgésica, antiemética, antifebril, antisséptico, aperiente, aromática, aromatizante, calmante, carminativa, digestivo, dispepsia nervosa, diurética, emenagoga, estimulante digestivo, estimulante, estomacal, expectorante, excitante, galactógeno, hidratante, relaxante, revigorante, sedativo, sudorífera, tônica.
Indicações: afta, amigdalite, angina, antraze, aumentar a lactação, bico do seio rachado, bronquite, catarro, cólica, debilidade de nervos, dispepsia, doença das vias respiratórias, dor de cabeça nervosa, dor de garganta, enxaqueca, espasmo, espinha, estagnar o sangue, febre, ferida, flatulência, fraqueza, frieiras, furúnculo, garganta, gases, gastrite, gripe, infecções intestinais, dos rins e do estômago, insônia, picada de inseto, problemas digestivos, resfriado, reumatismo, tosse, tuberculose pulmonar, vermes, vômito.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis. Porém o óleo essencial está contraindicado.
Uso na gestação e na amamentação: Contra indicado na gestação e amamentação por suas propriedades galactagogas. O óleo essencial é contraindicado em ambas as situações.
Modo de usar:
- infusão de 2 colheres de sopa de folhas e/ou sumidades floridas picadas em 1 L de água fervente. Tomar 3 xícaras do chá morno por dia;
- Uso externo: O chá infuso morno, usado em bochechos: aftas, estomatite, males da boca; em gargarejos: amidalite, faringite, laringite, etc.;
- cataplasma : folhas amassadas sobre a ferida;
- Chá das folhas ou sementes em maceração: compressas sobre o bico dos seios rachados durante a lactação;
- decocção das raízes: estagnar o sangue.
- Tintura: macerar 20g de folhas frescas em 80 ml de álcool de cereais por uma semana. Usar 30 gotas em 1 copo de água 2 ou 3 vezes ao dia.
- infusão de 10g de folhas em ½ litro de água fervente. Deixar 6 horas em repouso, coar e tomar 1 copo 3 vezes ao dia.
- infusão de 10 a 15g de folhas e/ou flores em 1 litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.
- decocção de 10 a 15g de folhas em 1 litro de água. Fazer bochechos ou gargarejos para afecções bucofaringeanas.
- brotos podem ser consumidos como salada;
- óleo essencial na culinária (em molhos, carnes, peixes, frangos, omeletes e saladas) e repelentes de insetos.
Toxicologia : O uso interno do óleo essencial pode causar hepatocarcinoma. O uso da planta em doses excessivas pode causar palpitações, sudorese intensa, hipoglicemia severa, confusão, tontura, cefaleia. Caso ocorra, o tratamento sintomático e o acompanhamento clínico pode ser necessário. Gestação e amamentação; Pessoas alérgicas; O óleo essencial é contraindicado para uso interno.
Posologia: Adultos: 2g de folhas e/ou flores frescas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso 2 vezes ao dia, antes das principais refeições para todas as afecções gastrointestinais. 4g de folhas e/ou flores frescas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso adoçadas com 1 colher de sopa de mel 2 vezes ao dia pela manhã e à noite, para afecções respiratórias; 8g de folhas frescas piladas ou vaporizadas em água quente para emplastros com compressas quentes nos mamilos, que deve permanecer no local entre as mamadas; 8g de folhas frescas maceradas em vinagre de maçã para lavagens vaginais nas leucorreias ou banhos de assento do infuso; Até a metade do século passado era muito popular o uso do unguento de basilicão, para furunculose; O suco do basílico pode ser pingado no pavilhão auditivo e abafado com algodão para mitiga" dores e combater inflamações do ouvido médio; Charcas tomam de 1/6 a 1/z dose, de acordo com a idade
Interação medicamentosa: Pode potencializar a ação de anti-hipertensivos. Pressão arterial deve ser monitorada. Pode reduzir a taxa de glicose de pacientes em uso de insulina e antidiabéticos. A glicemia deverá ser monitorada.
Farmacologia: O Manjericão é antimicrobiano in vitro; Tem ação antiespasmódica em toda a musculatura, lisa e estriada; Apesar de sua longa história, é ainda uma planta muito pouco investigada
Efeitos colaterais: o uso interno do óleo essencial pode causar hepatocarcinoma
Superdosagem: O uso da planta em doses excessivas pode causar palpitações, sudorese intensa, hipoglicemia severa, confusão, tontura, cefaleia. Caso ocorra, o tratamento sintomático e o acompanhamento clínico pode ser necessário .