terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ANGICO VEMELHO

Anadenanthera colubrina

Essa arvore é fornecedora de boa madeira para construção civil e para lenha e carvão, possui grande potencial terapêutico.
Descrição : Planta da família das fabaceae, também conhecida como acácia angico, acácia virgem, angico bravo, angico de casca, angico fava, arapiraca, Cambuí, corupa é paricá.
Os Angicos vermelho e branco são plantas da mesma família botânica e do mesmo gênero, variando apenas a espécie, porém são alvo de muitas confusões.
Árvore de caule inerme, um pouco menor que o Angico-branco, até 12 m de altura, de madeira castanha avermelhada.
Ramos cilíndricosa-angulosos e folhas compostas, bipinadas, 3 a 6 jugas com grossa glândula no pecíolo, 10 a 12 pares de folíolos postos.
Flores amarelo-esverdeadas pequenas, dispostas em espigas axilares de 3 a 5 cm de comprimento.
O fruto é uma vagem coriácea muito achatada, de até 16cm de comprimento com muitas sementes pequenas, comprimidas e membranosas.
A goma de Angico, popular entre caboclos, é extraída através de incisões superficiais das cascas, deixa-se correr a goma que é posteriormente secada ao sol.
Partes utilizadas : casca e goma
Habitat: Caatinga, ocorrendo em outras áreas esparsas de São Paulo ao Pará.
HistóriaDe uso corrente pela população cabocla, embora sejam plantas tóxicas, cujo uso envolve riscos. Tradicionalmente, ambas as plantas são usadas alternando-se as indicações.
É comum, entre raizeiros e mateiros, dizer-se que "Angico é tudo igual, serve pra mesma coisa..."
Princípios ativos:
Casca: taninos ; Corantes; Resinas; Mucilagens;
Goma: Oxidase; Galactana, arabana, Açúcares: angicose, arabinose; Mucilagens;
Indicações e utilização: Fraqueza orgânica, falta de apetite, raquitismo; Afecções pulmonares: tosses, catarro, bronquites, asma, coqueluche, faringite, tuberculose; Contusões, cortes, úlceras; Diarreias e disenterias; Úlceras, leucorreias, feridas, escrófulas, hemorragias, metrorragias.
Uso pediátrico: contraindicação absoluta.
Contraindicações: Gravidez, lactação, crianças e idosos. Em diarreia crônica.
Posologia: Adultos: 20ml de tintura da casca diluída em 5OO ml de água para compressas em ferimentos e lavagens vaginais; 5g de erva fresca (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) de cascas ou goma em decocto (trato respiratório) até 2 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Banhos, gargarejes e lavagens são feitos com 50g de cascas frescas em 11 de água.
Precauções: Em pessoas com intestinos sensíveis.
Efeitos colaterais: Plantas tóxicas para o homem e para o gado. Sementes e folhas secas são alucinógenas. O uso pode provocar escoriações no septo nasal e nas mucosas da boca.
Superdosagem: Caso ocorra, além de lavagem gastrointestinal, tratamento sintomático e monitoramento clínico podem ser necessários.
Farmacologia: É comprovado cientificamente que a bufotemina possui propriedades alucinógenas.
A quantidade de taninos presentes, assim como mucilagens e saponinas, provavelmente são as justificativas de seu uso.
Não encontramos relatos de pesquisas ou estudos clínicos sobre estas espécies, mas como seu uso empírico junto à população cabocla ainda é muito difundido, listamós as informações disponíveis.
Cambuí Verdadeiro

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