Conforme a região do brasil, muitas são as pimentas com o nome popular de “pimenta de cheiro”. O nome é muito mais uma característica local, não se podendo atribuir nenhum nome científico a esta categoria de pimenta. Os frutos são alongados, triangulares e levemente arredondados, podendo também se apresentar campanulados e retangulares, com inclinação ereta ou pendente.
A cor é amarelo-leitosa, passando a alaranjado, vermelho até pretos quando maduros. A pungência é picante, doce e pode ser fraco até forte.
Muito aromáticas, estas pimentas são usadas em condimentos para receitas com carnes e peixes.
Nome Técnico: Foeniculum vulgareNomes Populares: aniz-verde, erva-doce, funcho Família: Angiospermae – Família Apiaceae Origem: Europa e Ásia
Descrição:
O Bulbo característico da erva doce
Planta herbácea de caule flexivel, talos longos achatados na base, folhas verde-escuras filiformes.
As flores são bem pequenas, reunidas em inflorescência do tipo umbela, que atraem borboletas e abelhas. Toda a planta é perfumada.
Pode ser cultivada em todo o país. A verdadeira erva-doce tem o nome de Pimpinella anisum e tem um odor semelhante, pertencendo também à mesma família do funcho.
Modo de Cultivo:
A erva doce plantada
Local ensolarado ou à meia sombra, solo bem drenado e fértil.
Plantio por sementes, diretamente no local ou em saquinhos com substrato de casca de arroz carbonizada ou uma mistura de terra e areia.
Transplantar com 20 cm de altura para canteiros preparados, destorroados e adubados com adubo animal de curral bem curtido, incorporado à terra do canteiro. Os frutos têm a tendência de cair facilmente assim que mudam de cor da cor verde para marrom.
Em produção comercial eles são colhidos tão logo se desenvolvem, evitando a queda. Coloque sobre jornal limpo e deixe à sombra para secarem. Guarde em vidros bem tapados.
Uso culinário e medicinal
Normalmente se utiliza somente o bulbo da planta
O funcho é usado em chás aromáticos para degustação e para combater males de digestão e flatulência. Empregue em pães, bolos, receitas de peixes, saladas e molhos. Tem uso medicinal comprovado para ajudar na digestão, melhorar cólicas intestinais em crianças, reduzir o sentimento de inchaço depois de comer muito. Ajuda também na diurese (fazer xixi) e potencialmente pode melhorar a hipertensão. Há relatos que o funcho melhore a produção de leite materno, mas não há evidências científicas.
Nome Técnico: Vanilla planifolia Andr. Sin.: Vanilla fragrans (Salis) Nomes Populares: Baunilha Família: Angiospermae – Família Orchidaceae Origem: Sul do México até a Bolívia
Descrição:
Orquídea de folhas rígidas verdes quase sésseis, lanceoladas e agudas no ápice, carnosas, que saem de nós no caule flexível.
As flores são pequenas, amarelo pálido e se reúnem em inflorescência tipo racemo.
O fruto é uma cápsula cor amarela pálida que escurecem até marrom bem escuro quando maduras e abrem-se em válvulas longitudinais. Numerosas sementes bem pequenas cor marrom escuro perfumadas.
MODO DE CULTIVO:
Aprecia climas com temperaturas diurnas e noturnas entre 20 e 30ºC, em clima úmido e abaixo de 800m, com chuvas regulares ao longo do ano e umidade de 80%.
O local de cultivo deve ser à meia sombra para não queimar as folhas e é costume usar a produção consorciada com plantas mais altas, usando-se estacas no chão para que a orquídea ali se desenvolva.
O substrato de cultivo deve ser poroso e bem drenado, com muita matéria orgânica, proveniente de composto orgânico de folhas onde foi adicionado adubo animal de curral bem curtido, acrescentando areia para que a mistura fique de textura grosseira, facilitando a drenagem.
Uso culinário
A baunilha é, na verdade, as sementes mais a mucilagem em torno delas, apreciada no mundo inteiro para fabrico de doces e pastelaria. Seu custo é alto e similares químicos costumam aproximar o cheiro e sabor da verdadeira baunilha e são bem mais acessíveis.
Nome Botânico:Cinnamomum zeylanicum Nees Sin: Laurus cinnamomum L. Nomes Populares: canela, caneleira Família: Angiospermae – Família Lauraceae Origem: Originária da Índia e Sri Lanka.
Descrição:
Árvore de até 9,0 metros de altura, casca grosseira e folhas simples, opostas com nervuras longitudinais bem marcadas, página superior brilhante.
As flores são pequenas, amarelo-esverdeadas, perfumadas reunidas em inflorescência terminal.
O fruto é uma baga ovóide de cor escura.
Modo de Cultivo:
As caneleiras necessitam de locais ensolarados, temperaturas altas para se desenvolverem. Os estados produtores no país são Rio de Janeiro e os da Região Norte e Nordeste. Temperaturas ideais de cultivo em torno de 27 e 29ºC.
A caneleira também é muito ornamental e poderá ser usada em arborização de jardins, parques e ruas
Sua propagação é feita por sementes ou estaquia de ramos, colocados em ambiente protegido.
Semear em sementeiras próprias ou tubetes, com substrato de casca de arroz ou vermiculita, mantendo úmido até a emergência.
Quando a muda estiver com 10 folhinhas transplantar para sacos e manter em cultivo de sombra a 50% até a hora de levar para o campo ou comercializar. Para culturas as mudas muito novas necessitam de sombreamento, recomendando-se a consorciação com frutíferas.
No plantio abrir uma cova com o dobro do tamanho do torrão, colocar areia no fundo e cerca de 2 a 3 litros de adubo animal de curral bem curtido misturado com composto orgânico.
Em regiões quentes, regar o fundo da cova antes de colocar o torrão. Preencher ao redor da muda com mistura de composto orgânico e adubo animal misturados, regando a seguir. Fazer uma bacia com a terra que sobrou do buraco, para ajudar nas regas iniciais.
Regar diariamente por um mês. Depois espaçar as regas ou usar rega por gotejamento eu plantio.
Nome Botânico: Ocimum basilicum L Nomes Populares: Manjericão, basílico, alfavaca, entre outros.
Família: Angiospermae – Família Lamiaceae
Origem: Originário do sul da Ásia.
Descrição
Planta herbácea até 1,0 m de altura, bastante ramificada, forma irregular, de folhas ovais cor verde-claro, perfumadas.
Flores pequenas brancas reunidas em espigas que surgem principalmente no verão.
Cultivo
Necessita de local ensolarado, solo fértil em matéria orgânica, solto e bem drenado.
As regas deverão ser regulares, pois é sensível à falta de água. A adição de composto orgânico oriundo de vegetais decompostos mais adubo animal curtido é essencial para seu cultivo.
Pode ser semeado em sementeiras preparadas com terra comum, feitas logo após a colheita dos frutos.
Colocar a terra bem solta na sementeira ou caixote e semear, colocando afastadas as sementes uns 2 cm entre elas. Cobrir com areia ou terra peneirada, regar de leve e cobrir com plástico para manter a umidade e deixar à sombra.
Nos primeiros dias após esta repicagem manter longe do sol, levando gradualmente a local mais ensolarado para acostumar a planta com os raios solares diretos. Quando atingir 10cm poderá ser levada para o canteiro ou jardineira para cultivo.Quando notar que começa a germinar, retirar o plástico e manter o substrato úmido. Assim que tiver 6 folhinhas poderá ser transplantadas para sacos ou vasinhos individuais.
Também poderá ser utilizada a técnica de estaquia de ramos para a propagação.
Se a ponta do ramos estiver florida, cortar o pendão floral que exige muito nutriente da planta. Colocar a estaca em areia, vermiculita ou casca de arroz carbonizada mantidas úmidas até enraizamento. Não esquecer de cobrir com plástico.
Sabemos que a muda “pegou” quando iniciar a emitir novas folhas. Preparar o vaso ou canteiro e plantar.
Uso culinário e medicinal
Os frutos colhidos e secos dão excelente tempero para carnes, com acentuado sabor picante.
As folhas podem ser colocadas in natura em molhos e temperos de carne ou grãos, como no brasileiríssimo feijão. Secas, poderão ser guardadas em vidros fechados que conservarão o odor.
As folhas de manjericão entram na composição do famoso pesto dos italianos, que contém também sementes de pinoles e óleo de oliva bem macerados. Na medicina caseira o manjericão é considerado como calmante dos nervos
Ficha Técnica: Zingiber officinalis Nome Técnico: Zingiber officinalis Roscol
Nomes Populares: gengibre
Família: Angiospermae – Família Zingiberaceae
Origem: Originária da China.
Gengibre (Zingiber officinalis) – Descrição:
É uma planta herbácea de altura em torno de 1,30 m, mas em vasos fica com apenas 0,60 m.
As folhas estreitas parecem gramínea, saindo diretamente do rizoma, que é engrossado, fibroso e úmido de sabor e perfume característico.
As flores que por ventura surgem, em geral são estéreis, em inflorescência do tipo espiga e que se assemelham às das orquídeas.
Gengibre (Zingiber officinalis) – modo de cultivo:
Gengibre (Zingiber officinalis)
Cultiva-se o gengibre à meia-sombra, sob árvores ou cultivo protegido com sombra a 50%.
O solo deverá ser fértil, solto e ser mantido úmido.
Para canteiros, destorroar e remexer numa profundidade de 20 cm, acrescentando adubo animal de curral bem curtido e areia.
Plantar os rizomas quase à superfície e manter o canteiro úmido com regas frequentes.
Para vasos, proteger o furo de drenagem com pedras ou um pedaço de não-tecido, colocar areia e uma mistura de composto orgânico e adubo animal de curral bem curtido mais areia em partes iguais, misturar bem e plantar da mesma forma que no canteiro.
Manter o substrato úmido e cultivo protegido.
Esperar para colher os rizomas quando estiver bem desenvolvido.
A propagação é feita através dos rizomas, você pode comprar destes que tem no mercado no balcão de hortaliças.
Corte em pedaços e reserve um para usar em receitas.
Uso culinário e medicinal
O gengibre é conhecido por seu uso em pratos orientais, dando um acento inigualável.
Mas pode ser empregue em bolos e pães, ralados bem fino.
Para creme branco então, dá um toque especial ao leite.
Mas o gengibre tem uma propriedade ainda pouco explorada, que é seu uso para resfriados e dores de garganta, associado a raminhos de alecrim, num chá para tomar ou gargarejar.
Origem: Acredita-se que é originária da Ásia, chegando no Brasil trazida pelos colonizadores.
Descrição:
Planta herbácea perene muito ramificada, rasteira, de folhas aromáticas , de inserção oposta nos ramos, de textura áspera, com a forma oval de base arredondada e de pecíolo curto.
As flores são brancas com sombra violeta pequenas e dispostas em inflorescência tipo espiga terminal nos ramos.
Muito cultivada em hortas domésticas para confecção de chás.
Tem possibilidade de ser usada em paisagismo de áreas sem pisoteio, pois seu caráter invasivo poderia ser melhor aproveitado para substituição de gramados ao redor de árvores e pequenos bosques.
Cultivo:
Pode ser cultivada em canteiros junto a hortaliças ou plantas ornamentais. Desenvolve-se também em vasos.
Necessita de sol, solo fértil em matéria orgânica e boa drenagem.
Prepara-se o canteiro como de costume, destorroando, retirando pedras e tocos e plantas fenecidas. Arejamento de até 15 cm de profundidade com enxada ou pá, adicionando nesta ocasião composto orgânico de folhas e adubo animal de gado ou aves bem curtido. Revolver bem e umedecer o solo.
Após o plantio das hortaliças ou plantas ornamentais, colocar as mudas de hortelã na borda do canteiro,pois desenvolve-se melhor nesta posição.
Tende a ser invasiva e seu controle deve ser feito desbastando os ramos dirigidos para dentro do canteiro, senão abafará as outras plantas.
O plantio da hortelã em vaso é bem simples:
Num vaso de tamanho médio colocar proteção de manta geotêxtil no fundo ou pedrinhas com areia úmida, para garantirem a drenagem. Adicionar o composto orgânico, plantar o torrão e regar.
A adição de composto misturado com adubo animal de gado ou aves curtido será opção, pois se cultivar a planta dentro de casa não poderá colocar, devido ao odor desprendido.
Não esquecer, neste caso, de colocar o vaso junto a janelas onde haja sol direto que a planta necessita.
A hortelã plantada junto a alfaces e outras ervas aromáticas intensifica o sabor e perfume destas e é considerada planta companheira belos benefícios descritos. Tem também o poder de ser uma planta repelente de insetos de hortaliças como pulgões e besourinhos e poderemos usar deste poder para fazer um chá repelente que não tem nenhuma propriedade tóxica para animais em geral e humanos.
Veja, ao lado, nossa receita do chá de hortelã como repelente de insetos organico para hortaliças ou plantas ornamentais.
Uso culinário e medicinal:
A hortelã é usada em receitas culinárias de muitos países pelo mundo todo, em chás, em adorno de pratos e composição de saladas.
Na cosmética entra nas fórmulas de dentifrícios, sabonetes, cremes de massagem e para barba, desodorantes bucais e um sem números de aplicações.
Contém muitos elementos químicos de uso farmacêutico utilizados para remédios.
Na medicina popular é considerada excelente para tratamento de problemas estomacais, pois é digestiva, além de ajudar no tratamento de diarréias infantís e dores abdominais.
Planta herbácea anual de altura até 40 cm, ciclo de 90 dias no verão e 120 dias no inverno, com folhas finas filiformes na cor verde.
As flores são pequenas em umbelas também pequenas, que formam um grande racemo na ponta dos ramos.
Floresce na primavera e as sementes, que são tortas e côncavas, podem ser colhidas no verão.
Como plantar o cominho
Pode ser cultivada em todo o país. Na Região Sul é semeado de outubro a dezembro, mas nas demais regiões é cultivada o ano inteiro.
A semeadura é feita diretamente em canteiros preparados.
Após delinear os espaços de cultivo, revolver o solo em profundidade de 25 cm, destorroando e retirando inços.
Agregar 3 litros/m² de adubo animal de curral bem curtido ou de cama de galinheiro, a metade deste volume.
Incorporar bem na terra do canteiro nivelando com o ancinho.
Semear com espaçamento de 40 cm entre linhas e 15 cm entre plantas.
Como as sementes do cominho são muito pequenas, cerca de 300/grama, podem ficar num espaçamento bem menor e após a germinação aguardar até que tenham 10 cm para proceder ao desbaste.
Curiosidade:
Desde os tempos do Egito antigo esta planta era conhecida, pois foram encontradas sementes em tumbas datadas de 3700 aC. Foram os árabes que trouxeram para a América o hábito de colocar este tempero nas receitas.
Uso Culinário
As sementes desprendem um forte odor, pois contêm óleo essencial e aldeídos.
São utilizadas moídas, em receitas de licores, bebidas, queijos, salsichas, pães, conservas, aperitivos.
Nome Botanico:Origanum majorana L. Sin. Mayorana hortensis Moench.
Nomes Populares: manjerona.
Família:Angiospermae – Família Lamiaceae
Origem:Nativa do Oriente Médio
Descrição:
Borboleta em flor de manjerona
Planta herbácea de folhas perfumadas, formato indefinito, altura até 0,60 m.
Folhas bem pequenas ovaladas verde claras e flores brancas minúsculas que surgem no verão.
Nos entrenós os talos que tocam o chão ocorrem o enraizamento espontâneo.
Pode ser cultivada em todo o país.
Cultivo da manjerona:
O local deve receber sol pelo menos uma parte do dia, mesmo quando cultivada dentro de casa.
Colocar na preparação do canteiro de cultivo adubo animal de curral bem curtido, cerca de três kg/m², misturando com húmus de minhoca ou composto orgânico de folhas. Misturar bem e nivelar o canteiro.
Retirar a muda do saco ou bandeja de cultivo, fazer um buraco do mesmo tamanho do torrão e acomodar a muda. Aconchegar a terra ao redor e apertar de leve para fixar.
O espaçamento em canteiros é de 0,30 entre linhas e 0,20 m entre plantas.
A manjerona é invasiva tomando conta de grande dimensão de solo, o que não é um fator desfavorável, pois ajuda na proteção da camada superficial do solo com menor evaporação da água de regas.
Plantio da manjerona em vaso:
Escolher o vaso de cultivo com até 30 cm de altura, mas de boca mais larga.
Proteger o furo de drenagem com pedrinhas ou manta geotêxtil e areia úmida.
Colocar um substrato misturado de húmus de minhoca e adubo de aves, cerca de 50 gramas para um vaso de tamanho médio.
Colocar parte do substrato, retirar a muda do saco de cultivo e acomodar no recipiente.
Preencher com mais substrato e apertar de leve para fixar.
Regar após.
Deixar cerca de 1 cm da borda do vaso até o substrato evitando que a água das regas seja derramada.