Stachytarpheta jamaicensis
Descrição : Da família das Verbenaceae, também conhecida como aguará-podá, aguarapondá, chá-do-brasil, ervão, gerbão, gervão, gervão-azul, gervão-folha-de-verônica, gervão-legítimo, orgibão, rinchão, uregão, urgebão, urgervão, vassourinha-de-botão, verbena, verbena-azul. Arbusto de folhas ligeiramente ovais, flores pequenas e azuis.
Parte utilizada: Folhas, raízes.
Habitat: É nativa de toda a América tropical, sendo considerada uma invasora, mas também é cultivada como ornamentai, por suas belas flores e folhagem. A Família Verbenaceae conta com 100 gêneros e 2.600 espécies.
História: É usado pela população indígena e na medicina popular de todas essas regiões há centenas de anos, sendo documentado desde 1898.
Princípios Ativos: verbascosídeo, ácidos clorogênico, g-aminobutírico, cafêico e ursólico; dopamina, N-dotriacontano, hentriacontano, ipolamida, N-nonacosano, N-pentriacontano, a-espinasterol, tafetalina, fridelina, hispidulina, escutelareína, estarquitafina, citral, geraniol, verbenalina, dextrina e ácido salicílico.
Propriedades medicinais: Analgésica, antibacteriana, antidiarreica, antiemética, antiespasmódica, anti-hemorroidária, antiartrítica, anticatarral, antilítica, anti-inflamatória, antirreumática, antiasmática, antidisentérica, anti-hipertensiva, anti-hepatotóxica, antioxidante, antipirética, béquica, cicatrizante (raiz), detersiva, diurética, emenagoga, estimulante das funções gastrointestinais, febrífuga, hepática (raízes), inibidora da secreção gástrica, indutora da motilidade intestinal, laxante, sudorífica, sedante, tônica eupéptica, vermífuga, vulnerária.
Indicações: Amebíase, afecções renais e gástricas, bronquite, cefaleia, contusão, debilidade orgânica, distúrbio nervoso, eczema, erisipela, ferida, fígado, furúnculo, hepatite, inchaço do baço, inseticida, machucadura, prisão-de-ventre, rouquidão, resfriado, úlceras, tumores, vitiligo.
Uso pediátrico : As mesmas Indicações possíveis,
Uso na gestação e na amamentação : Contra indicado, por seus efeitos abortivos. Em alguns sistemas herbalistas é usada como lactagoga.
Contraindicações: Gestação; Hipotensão arterial - por suas propriedades vasodilatadoras; Em pacientes com história de alergia à aspirina - a variedade S. cayenensis (mas não a S).(jamaicensis) contém ácido salicílico que é um precursor natural da aspirina.
Posologia : Adultos: 4 a 6ml de tintura divididos em 2 doses diárias, diluídos em água; 2g de planta fresca ou 1 9 de planta seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decoto 2 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Cápsulas: 1 a 2g 2 vezes ao dia; Crianças: tomam de 1/6 a Y2 dose de acordo com a idade e o peso corporal.
Interação medicamentosa : Por apresentar, às vezes, salicilatos, pode potencializar a ação da aspirina e outros medicamentos cardíacos e para pressão arterial.
Farmacologia : Vários desses princípios ativos já tiveram atividade biológica comentada, que justificam seu uso popular, especialmente para afecções hepáticas e respiratórias.
O primeiro foi o glicosídeo iridóide chamado verbascosídeo ou acetosídeo, presente em várias espécies. Um antioxidante potente, revelou-se hepatoprotetor, antiviral, bactericida, hepatoprotetor, cardioativo e antitumoral em pesquisas clínicas.
Um flavonoide chamado escutelareina teve atividades cardioprotetoras, anti inflamatória e antivirais documentadas. Outro flavonoide - hispidulina - presente na verbena e é considerado o mais ativo componente das 3, com atividade antiasmática, broncodilatadora, antiespasmódica, hepatodepurativa e normalizadora da viscosidade sanguínea; Os primeiros estudos publicados em 1962, por pesquisadores indianos, relatam a atividade antiespasmódica e vasodilatadora da planta em pequenos animais; Em 1990, 2 estudos clínicos relataram que extratos da folhas tiveram efeito larvicida. Em 1998, o efeito anti-inflamatório e analgésico foi demonstrado em cobaias - animais pré-tratados com gelvão não desenvolveram inflamação induzida por agentes químicos.
Os componentes isolados, verbascosídeo e ipolemiida, testados individualmente, demonstraram efeito anti-inflamatório marcante de 94% e 70% respectivamente, inibindo a reação da histamina; Num estudo brasileiro de 1995 foi demonstrado o efeito antidiarreico em cobaias.
Também no Brasil, em 1997, foram demonstrados efeitos antiácidos, antiulcerosos e laxativos em cobaias: o extrato aquoso da planta inteira aumentou a motilidade intestinal, protegeu contra úlceras de vários agentes químicos e inibiu a secreção gástrica. Os pesquisadores observaram as mesmas propriedades histamina-bloqueadoras nesse modelo com úlcera que foi observado no modelo anti-inflamatório, com outras possibilidades de ação. A conclusão foi que: "quaisquer mecanismos envolvidos, os dados confirmam a eficácia da"; planta como antiácido. antiulceroso e laxativo ".
Nos estudos realizados com animais (realizados até agora) não foi observada nenhuma toxidade no Uso oral em até 2g1Kg de peso corporal; Hoje em dia a medicina herbalistas considera o Gelvão um remédio natural seguro quando preparado em infusos e decoto para uso interno e externo; Há 1 relato de um pesquisador panamenho que fez injeções intraperitoniais em cobaias de dosagens variadas do extrato da folha relatando efeitos tóxicos e morte nas dosagens mais altas; Os herbalistas e a população da América do Sul já conhecem bem o Gervão como remédio natural para problemas digestivos, respiratórios, como anti-histamínico e anti-inflamatório; Na América do Norte os herbalistas estão começando a aprender sobre seus muitos Usos - Sua popularidade aumentará certamente à medida que mais pessoas souberem de sua eficácia comprovada.